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Neurônios zumbi revelam detalhes sobre como cérebro aprende

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cérebro é, sem dúvidas, um dos órgãos mais importantes, complexos e incríveis do corpo humano. Ele é o responsável por tudo que fazemos. Pela forma com que percebemos, o que está em nossa volta, por guardar informações, por desenvolver sentimentos, enfim. São inúmeras suas funções.

E até hoje, a forma como o aprendizado acontece no cérebro é um mistério para os cientistas. Por isso que uma equipe decidiu investigar mais detalhes a respeito de como esse processo acontece. Para isso, eles usaram experimentos com ratos. Como resultado, eles descobriram não somente quais estruturas estão relacionadas ao aprendizado, e também como um conjunto de estímulos transforma neurônios “zumbi”.

Cérebro

BSSP

Que o cérebro é essencial para o aprendizado os cientistas já sabem. O que eles não sabem é como esse processo acontece. De acordo com o Medical Xpress, a estrutura do cerebelo tem mais da metade dos neurônios do cérebro, e tem parte importante na coordenação dos movimentos e equilíbrio do corpo, essencial para possibilitar tarefas diárias.

Outra função dele também é vista no aprendizado. Um exemplo disso é quando uma pessoa pega um copo cheio e consegue beber o líquido dentro dele sem derramar. Isso quer dizer que o cérebro aplicou uma força com base no peso do objeto e colocou em prática vários movimentos.

Para que o aprendizado continue, o cerebelo faz um monitoramento constante do movimento exterior. E quando a pessoa erra, como derrubar o que tem dentro do copo, por exemplo, ele envia informações para que a ação seja ajustada.

O estudo então quis entender melhor essa atividade cerebral que dá a possibilidade desse aprendizado associativo.

Estudo

Olhar digital

Os pesquisadores aplicaram uma técnica de aprendizagem por estímulo e resposta tradicional, o condicionamento do piscar de olhos. Através dela um rato aprendeu a piscar os olhos como uma forma de responder a um determinado sinal, no caso, uma luz que vem antes de outra coisa, como um sopro suave contra o olho.

Assim, os ratos aprenderam a associar a luz com o evento e para que ele fosse evitado, piscavam.

Nesse estudo, os pesquisadores usaram um método que controla algumas células do cérebro e usaram a luz para ligá-las ou desligá-las em momentos diferentes. Até porque, a luz fazia com que os ratos pensassem que receberiam o sopro no olho mesmo sem recebê-lo.

Como conclusão, eles viram que as células que foram testadas, as “fibras de escaladas”, responderam aos estímulos sensoriais e estão relacionadas com o processo de aprendizado do cérebro.

Outro ponto notado foi que quando os pesquisadores desligaram a luz e desativaram essas fibras, os ratos não piscavam. Isso sugeriu que eles não tinham aprendido.

Análises

Olhar digital

Quando chegaram a essas conclusões, os pesquisadores foram analisar mais de perto os resultados. Para conseguir uma resposta sensorial dos ratos eles usaram uma proteína sensível à luz chamada Canalrodopsina-2 (ChR2) para manipular os neurônios.

E quando usaram o método tradicional, o do sopro e sem a luz, os ratos falharam no aprendizado de piscar como sendo uma resposta ao estímulo. Isso fez com que os pesquisadores concluíssem que quando a proteína sensível à luz era introduzida nas fibras cerebrais relacionadas ao aprendizado, ela acabava bloqueando parte da capacidade de aprendizado.

Em outras palavras, por mais que as fibras estivessem perfeitamente saudáveis, um conjunto de estímulos específicos, relacionados com a introdução das proteínas, acabou inutilizando os neurônios para a função de aprendizado. Por conta disso eles foram chamados pelos pesquisadores de “neurônios fantasmas”, já que são funcionalmente vivos, mas não interagem com o circuito cerebral como deveriam.

O ponto é que para o aprendizado associativo, as fibras são essenciais. O próximo passo dos pesquisadores é tentar desvendar o porquê da proteína levar à “zumbificação” dos neurônios.

Fonte: Olhar digital

Imagens: BSSP, Olhar digital

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