Um novo estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society of London conclui que há uma boa chance de que os humanos sejam a única forma de vida inteligente em nossa galáxia. Segundo eles, há uma chance entre 53 a 99,6% de estarmos sozinhos na galáxia e de 39 a 85% de sermos a única vida inteligente em todo o universo.
Os autores do estudo são Anders Sandberg, pesquisador do Instituto Futuro da Humanidade da Universidade de Oxford, o professor de Filosofia Tod Ord e o engenheiro Eric Drexler. Os pesquisadores buscam entender porque nunca fomos procurados se existem bilhões de possibilidades de que haja civilizações inteligentes por aí.
Através da análise de uma das bases matemáticas do paradoxo de Fermi, criada em 1961 para estimar o número de civilizações detectáveis na Via Láctea, os estudiosos foram capazes de apresentar uma versão atualizada da equação de Drake.
No passado a equação de Drake foi utilizada para tentar identificar os lugares possíveis onde poderia haver vida e que produziriam grandes civilizações. Porém, as aplicações acabaram por revelar parâmetros altamente incertos, segundo os pesquisadores.
“Nós examinamos esses parâmetros, incorporando modelos de transições químicas e genéticas nos caminhos em direção à origem da vida, e mostramos que o conhecimento científico existente corresponde a incertezas que abrangem várias ordens de magnitude. Isso faz uma grande diferença”, disse Sandberg.
A partir da revisão da equação, os autores puderam concluir que há chance entre 53 a 99,6% de estarmos sozinhos na galáxia. Também existe uma probabilidade entre 39% a 85% de que os humanos estejam sozinhos no Universo. “Encontramos uma probabilidade substancial de que não haja outra vida inteligente em nosso universo observável. E portanto, não deveria haver surpresa quando não detectamos quaisquer sinais disso,” afirma o cientista.
Mas isso não representa um sinal para desistir das buscas por vida inteligente no universo. “Não estamos mostrando que essa busca por vida extraterrestre seja inútil. Pelo contrário. O nível de incerteza que temos de reduzir é enorme. A astrobiologia e a SETI (projeto que tem por objetivo a constante busca por vida inteligente no espaço) podem desempenhar um papel importante na redução dessas incertezas”, declarou Sandberg.
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