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O que a produtora de The Witcher aprendeu com Game of Thrones

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Na última sexta-feira chegou à Netflix, a tão aguardada The Witcher. Ao passo que a produção, estrelada por Henry Cavill, se baseia no gênero fantasia medieval, é impossível não compará-la com Game of Thrones. Assim como o sucesso da HBO, a nova aposta da gigante do streaming é inspirada em livros; e o George R. R. Martin da plataforma se chama Andrzej Sapkowski. Ademais, assim como David Benioff e DB Weiss assumiram a responsabilidade de trazer Westeros para as telas, a roteirista Lauren Hissrich também deu vida ao Continente. Existem diversos desafios envolvidos em trabalhar com adaptações. Todavia, a criadora da série revelou que aprendeu uma importante lição com D&D: como lidar com os fãs.

Baseada nos livros de Sapkowski, The Witcher conta com oito episódios, que apresentam as narrativas de três protagonistas: Geralt de Rivia, o bruxo; Yennefer de Vengerberg, a feiticeira e Cirilla, a princesa. Se por um lado, As Crônicas de Gelo e Fogo fazia sucesso entre as críticas e já havia conquistado um público antes mesmo de ser adaptada; por outro, Wiedzmin precisou ser impulsionada pelos games da CD Projekt Red, para chamar a atenção da mídia. Sendo assim, embora a série da Netflix tenha conquistado uma significativa parcela da audiência, a maior parte dela já era fã de Geralt por causa dos jogos. Aliás, isso elevou a dificuldade do trabalho de Hissrich, afinal, levar para as telas uma imagem já consolidada nas cabeças dos fãs é algo ainda mais desafiador.

Só para ilustrar, quando as primeiras imagens de Cavill como Geralt foram divulgadas, o público criticou amplamente o fato do bruxo estar carregando apenas uma espada. No entanto, como Hissrich já trabalhou em produções como Demolidor e Os Defensores, ela soube como agir.

O diálogo é a chave para uma boa relação

“É muito emocionante ter a base deste material. Adoro adaptar as coisas, as três últimas coisas que fiz antes disso, foram adaptações. Para mim, pegar material de origem que é tão amado e que tem uma base de fãs apaixonadamente entusiasmada e trazê-lo para um novo meio é emocionante,” disse Hissrich à Variety. De acordo com sua entrevista, ela realmente aprendeu muito, acompanhando as reações polarizadas a Game of Thrones. Enquanto Benioff e Weiss optaram por ignorar os fãs e diversas teorias criativas, Hissrich caminha na direção contrária. “Eu queria ter um diálogo com os fãs”, disse ela.

“Entrei no Twitter muito, muito cedo e anunciei quem eu era, o que estava fazendo e recebi todo tipo de reação, boa e ruim. Mesmo assim, fiquei por lá. O que eu quero que as pessoas saibam é que eu amo essa franquia. Isso não significa que vou fazer tudo o que os fãs querem que eu faça, ou fazê-lo da maneira que eles pensam que deve ser feito. Porém, desde que eles saibam que estou tentando honrar a mesma coisa que eles amam, porque eu também adoro, digo a mim mesma que vamos ficar bem”, concluiu ela.

Por experiência própria, sabemos que essa abordagem já é satisfatoriamente significativa. Assim como aconteceu com o visual de Sonic, muitas vezes, ouvir o público pode acarretar mudanças positivas. Inclusive, foi através do diálogo que a roteirista resolveu a questão da espada faltante. Afinal, ela disse que em muitas circunstâncias  ela precisará fazer mudanças exigidas pela adaptação para a tela.

Mas e então, já assistiu The Witcher? O que achou da primeira temporada? Quais suas expectativas para a segunda? Compartilhe sua opinião com a gente.

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