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O que acontece se um avião tem uma emergência enquanto sobrevoa o oceano?

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Viajar de avião para muitos é um sonho, e quem já viajou sabe o quão confortável e prática essa experiência pode ser. As distâncias parecem menores e o tempo que se leva para chegar ao destino final é muito mais rápido do que em qualquer outro meio de transporte.

Por mais que o avião seja considerado um dos meios de transporte mais seguros, isso infelizmente não o faz imune a acidentes. No caso de voos transcontinentais, as aeronaves têm que sobrevoar o oceano durante horas. Mas e se acontecer alguma emergência bem nesse momento, o que acontece?

Mesmo nos casos graves, quando um dos motores para de funcionar, o avião ainda consegue voar somente com um motor. Nesses casos, o tempo de voo permitido depende do modelo da aeronave e da companhia aérea. Geralmente, são três horas, mas alguns aviões podem voar por mais de seis horas, mesmo tendo algum problema.

Emergência sobre o oceano

Go outside

O ponto que pode deixar muita gente apreensiva é que em viagens do Brasil para a Europa, por exemplo, o avião fica muito tempo sobre o oceano atlântico. Para se ter uma ideia, de São Paulo para Londres são quase 11 horas de voo e o avião passa quase oito horas em cima do oceano.

Nesse caso em específico, o avião está, no máximo, a duas horas de distância de algum aeroporto. E em outras rotas, na maior parte dos casos, esse tempo máximo é de três horas.

O curioso é que mesmo a falha de motor ser o motivo principal de pânico entre os passageiros, a maioria dos pousos de emergência são causados por outras coisas. De acordo com o levantamento feito pelo site Global Incident Map, uma das causas mais comuns para que aconteçam pousos de emergência são os odores fortes na cabine e problemas com os banheiros da aeronave.

Um exemplo de situação crítica é quando um passageiro passa mal a bordo. Nesse caso, os comissários fazem os primeiros socorros. Mas se o passageiro tiver algo mais sério, como infarto ou AVC, o piloto desvia o voo para o aeroporto que estiver mais perto. Quando o avião está sobrevoando o oceano, na pior das hipóteses, o passageiro terá que esperar somente por aproximadamente duas horas para ter um atendimento com mais recursos.

A certificação para essa variação de tempo máximo que um avião pode ficar longe de um aeroporto, sendo entre 120 e 370 minutos, chama-se Etops. Hoje em dia, ela incluiu aviões com mais motores e começou a ser chamada apenas de operações de alcance prolongado.

Para ter essa permissão, as fabricantes têm que comprovar quanto tempo o avião consegue voar somente com um motor.

Avião

Bianch pilot shop

Além da dúvida sobre o que acontece quando uma emergência ocorre com a aeronave sobre o oceano, o que muitas pessoas gostam de saber é qual é o assento mais seguro para sentar.

De acordo com pesquisas, o lugar mais seguro é em um assento do meio, aqueles lugares perto da parte de trás da aeronave. Por mais que testes de queda ou colisão não sejam feitos com frequência, tanto que é por isso que a produção do Discovery o fez, em 2012, especialistas fizeram um.

Eles usaram um Boeing 727 também com manequins como passageiros e colocaram câmeras em todos os lugares. Esse teste também foi feito no deserto do México.

Nele, os especialistas simularam um pouso de emergência. Como resultado, os assentos da frente do avião se mostraram os piores porque na ocasião a cabine do piloto foi arrancada da aeronave.

Além disso, alguns dos assentos da frente chegaram a voar metros de distância. E com o impacto, a chicotada sofrida e toda a destruição, quem estivesse sentado na frente da aeronave poderia ficar gravemente ferido ou até mesmo morrer.

Segundo uma análise feita pela revista Time, a respeito do Banco de Dados de Acidentes de Aeronaves CSRTG, da Federal Aviation Administration, em acidentes como esse, as pessoas que estão sentadas em assentos na parte traseira do avião têm um índice de mortalidade de 32%.

Esse índice cai para 28% quando as pessoas estão nos assentos intermediários, próximos à parte traseira. Já os passageiros que estão no terço médio do avião têm sua taxa de mortalidade em 39%. Por fim, quem se senta nos lugares do corredor, ou no meio do avião, têm a taxa de mortalidade de 44%. E os que se sentam nos lugares no terço da frente do avião têm a taxa de 38%.

Por mais que alguns especialistas acreditem que os assentos mais seguros sejam os do corredor, a análise feita pela Time mostrou que os assentos do meio são os menos seguros. Mas os do meio na parte de trás do avião são os mais seguros.

Fonte: UOL

Imagens: Go outside, Bianch pilot shop

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