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O que é a superbactéria que matou 5 bebês em hospital de Cuiabá?

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Hoje em dia, infecções bacterianas matam 700 mil pessoas, todos os anos, no mundo inteiro. Isso acontece por conta de uma evolução das bactérias que têm se mostrado cada vez mais resistentes aos tratamentos disponíveis. Um caso recente envolveu cinco bebês em Cuiabá. Todos eles morreram por conta da super bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), no Hospital Estadual Santa Casa.

Os bebês estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e acabaram falecendo entre os dias 16 e 21 de fevereiro. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), os cinco bebê chegaram no hospital vindos de outras unidades de saúde e já estavam infectados com a bactéria. Contudo, na nota da secretaria ela não disse de onde esses pacientes vieram.

“Para receber os pacientes, o Hospital Estadual realizou exame protocolar de cultura de vigilância para determinação do tipo de leito, isolamento de contato e proteção. O exame identificou a existência da infecção. A infecção não foi o motivo da internação. A infecção pela bactéria só foi identificada no momento em que os pacientes deram entrada no hospital”, disse.

Caso

G1

Ainda de acordo com o estado, a infecção dos bebês tinha que ter sido identificada e tratada enquanto eles ainda estavam nas outras unidades de saúde. Isso porque, em casos assim, o quanto mais cedo se age, maiores são as chances de que não aconteça um agravamento da situação.

A Secretaria de Saúde disse que quando os bebês deram entrada na Santa Casa, a infecção pela bactéria já estava em seu estágio grave. “Todos os medicamentos necessários para o tratamento da infecção foram disponibilizados pelo hospital. Os leitos ocupados pelos pacientes infectados foram bloqueados, desinfectados e já estão em pleno funcionamento”, pontuou.

Além disso, equipes da Vigilância do estado e do município, do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram notificadas pelo governo para ajudar em todo processo para conter essa infecção.

Super bactéria

G1

Essa bactéria que infectou os bebês, a KPC, é parte de um grupo multirresistente, conhecido como superbactérias. Como o próprio nome dá a entender, ela é imune à maior parte dos antibióticos comuns, por conta disso ela tem que ser combatida com remédios mais fortes. Para se ter uma ideia da gravidade dessa bactéria, em 2017 a Organização Mundial da Saúde (OMS) a colocou na categoria “crítica”, que é a mais preocupante.

Essa evolução aconteceu com o passar do tempo, quando bactérias como a Klebsiella e Escherichia aprenderam a inativar a ação dos medicamentos comuns através de enzimas. Por conta disso, tratá-las ficou mais caro e difícil porque agora é preciso usar antibióticos que tenham um impacto maior.

Essas superbactérias podem se desenvolver através da transmissão de plasmídeos, que são fragmentos de material genético (DNA) que passam de um micro-organismo para o outro. Através disso, o “conhecimento” passa para outras bactérias e acaba fazendo com que mais delas se tornem resistentes.

Infelizmente, infecções por essas superbactérias são uma coisa comum nos hospitais. Nesses locais, a propagação acontece por conta do contato com fluidos de quem está infectado, como por exemplo, através dos cateteres e das sondas.

Resistente

Universo racionalista

Os cientistas já sabem há muito tempo que as bactérias podem sofrer mutações genéticas ao longo das gerações. No entanto, uma equipe de pesquisadores observou uma nova forma, bastante preocupante, de como as bactérias estão evitando os antibióticos no corpo humano mudando de forma.

“Descobrimos que as células do Caulobacter crescentus podem recuperar suas taxas de crescimento pré-estímulo e sofrer mudanças dramáticas na forma celular. Após a remoção do antibiótico, as células recuperam suas formas originais ao longo de várias gerações”, escreveu a equipe de pesquisadores.

Os pesquisadores acreditam que o aumento da largura da célula ajuda a diluir a quantidade de antibiótico dentro da bactéria. E a curva e a largura dela podem diminuir a relação superfície/volume. Isso faz com que os antibióticos atravessem a superfície da célula.

“Este resultado sugere um novo modo mecanístico de adaptação que as bactérias podem aproveitar para combater os antibióticos e abre portas para futuros estudos moleculares sobre o papel da forma da célula na resposta aos antibióticos”, concluiu a equipe.

Fonte: G1

Imagens: Universo racionalista, G1

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