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Paciente vítima de erro médico em cirurgia plástica tem alta no Rio

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Graças à cirurgia plástica é possível que as pessoas mudem aquilo que não gostam em si mesmas, ou então reconstruam alguma parte que precisa ser reconstruída. E fazer esse procedimento pode ser o sonho de várias pessoas. No entanto, nem sempre a cirurgia pode dar certo, e ainda pode acarretar uma série de problemas.

Esse foi o caso da dona de casa Daiana Chaves Cavalcanti, de 35 anos. Ela foi vítima de erro médico depois de cirurgias plásticas feitas pelo médico equatoriano Bolívar Guerrero Silva, no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, no dia três de maio. Felizmente, a paciente teve alta na tarde da segunda-feira dessa semana.

A princípio, a dona de casa acusava o médico e sua equipe de cárcere privado por não terem feito sua transferência para outra unidade médica para tratar as complicações das cirurgias. Contudo, isso não ficou provado nas investigações feitas pela polícia e nem na denúncia feita pelo Ministério Público.

Alta da cirurgia

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Depois de apelos públicos, Daiana foi transferida e levada para o Hospital Federal de Bonsucesso. Nele, a mulher permaneceu por 38 dias, além de ter feito mais outros cinco procedimentos para tratar as cirurgias feitas por Bolívar.

Quando finalmente saiu do hospital, a dona de casa disse que estava bastante emocionada e com grandes expectativas de rever seu filho. “Estou muito feliz e agradecida por todo apoio que me deram no hospital. Ainda estou com um buraco aberto na barriga, mas estou feliz por estar viva e também por rever meu filho depois de quase quatro meses internada”, disse ela.

A emoção era tanta porque em todo tempo em que ela esteve internada, a dona de casa só pensava em ir para casa e voltar a ver seu filho, Bryan, de dois anos. A mãe e o filho estavam sem se ver pessoalmente há quase três meses, desde que Daiana voltou para a Clínica Santa Branca para novos procedimentos, no dia primeiro de julho, e depois sofreu complicações.

“Só queria rever meu filho. Dar esse abraço Graças a Deus esse dia chegou”, disse.

Recurso para cuidados em casa

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Em entrevista, o advogado de Daiana Chaves, Ornélio Mota, disse que mesmo tendo recebido alta, sua cliente ainda precisa de vários cuidados.

“O médicos deram alta médica para ela terminar de se recuperar com a sua família, mas disseram que os curativos na ferida aberta têm que ser feitos todos dos dias e devem ser impecáveis. Eles já fizeram contato com a Clínica da Família que atende a Rocinha, onde a Daiana mora, e eles se disponibilizaram a ir lá fazer esses curativos. Mas a clínica não funciona nos finais de semana. Neste sentido, estou peticionando que a Justiça libere parte do dinheiro bloqueado do Hospital Santa Branca para contratar um ‘home care’ para ela aos finais de semana”, disse ele.

Ornélio também explicou que a mulher está muito fragilizada e que por isso ele também pedirá que ela tenha acesso a um tratamento psicológico ou psiquiátrico para se recuperar de todo o processo que viveu com tantas cirurgias dando errado.

Caso da cirurgia

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O caso de Daiana começou a vir à tona depois de ela denunciar publicamente que estava sendo mantida em cárcere privado na Clínica Santa Branca, de propriedade do médico equatoriano Bolívar Guerrero Silva.

No dia três de maio, ela fez cirurgia plástica nas nádegas, costas e abdômen. Depois disso, a mulher teve complicações e voltou à clínica no dia primeiro de julho. Nesse momento, ela foi convencida a fazer uma abdominoplastia para corrigir os problemas da primeira cirurgia. Além de também fazer uma gigantoplastia, cirurgia que diminui as mamas e as reposiciona.

Com todos esses procedimentos, o quadro de saúde de Diana só piorou. Foi então que ela passou a pedir para ser transferida, inclusive na justiça. Mas o pedido dela não foi atendido nem pela clínica e nem por Bolívar.

No dia 18 de julho, o médico foi preso quando estava dentro do centro cirúrgico da Clínica Santa Branca, por não cumprir a ordem judicial de transferir Daiana. Por conta disso, os bens da clínica também foram bloqueados.

A transferência de Daiana só veio depois que o Hospital Geral de Bonsucesso ofereceu uma vaga no CTI para ela. Então, no dia 21 de julho ela foi transferida para a unidade federal, na Zona Norte do Rio.

Médico preso

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O médico segue em prisão preventiva. Além disso, no dia 18 de agosto, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 3ª Promotoria de Investigação Penal de Duque de Caxias, o denunciou por tentativa de homicídio por motivo torpe no caso de Daiana Cavalcanti.

“Entreguei a denúncia na 4ª Vara Criminal de Caxias por tentativa de homicídio por motivo torpe pelo que ele fez com a Daiana, mas estou pedindo que os inquéritos que estão na Deam, e que já são mais de 40, sejam entregues aqui na promotoria para que a gente possa dar continuidade nos casos”, disse a promotora Cláudia Portocarrero sobre outras denúncias contra o médico.

Fonte: G1

Imagens: G1

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