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Placa tectônica do Pacífico começa a rachar

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As placas tectônicas do nosso planeta são grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. Todas estão conectadas umas às outras e quando uma se move, interage com outra placa localizada no lado oposto do planeta. Ao todo, a Terra se divide em 14 placas tectônicas principais.

Já faz cerca de 3,3 a 4,4 bilhões de anos que as placas tectônicas se movimentam em torno da superfície da Terra. E com esse movimento contínuo ao longo do tempo elas também sofrem.

Um exemplo disso é a placa tectônica do pacífico que começou a rachar. Os pesquisadores da Universidade de Toronto descobriram que existem falhas significativas na placa oceânica do Pacífico. O que eles sugeriram é que essas falhas estão sendo causadas por conta da deriva e o mergulho da placa em direção ao manto da Terra.

Falhas na placa tectônica

Olhar digital

Essa descoberta vai contra o que se entende sobre a geologia das placas tectônicas e sugere que as placas que estão submersas podem ser menos sólidas do que se imaginava anteriormente.

Com a descoberta, os pesquisadores usaram modelos computacionais e dados coletados para estudar as regiões que vão do Japão até o Havaí e da Nova Zelândia até a Austrália. Como resultado, eles descobriram rachaduras com milhares de metros de profundidade e centenas de quilômetros de comprimento.

Encontrar esses danos foi algo estranho porque o mais comum era que eles fossem vistos no interior das placas continentais e longe das fronteiras tectônicas. Então, Gün e seus colegas disseram que descobrir que as placas submersas são menos sólidas do que se acreditava é um refinamento do conhecimento a respeito das dinâmicas das placas tectônicas do nosso planeta.

Para deixar mais compreensível, os geologistas compararam a placa do pacífico com uma toalha de uma mesa puxada. Isso quer dizer que à medida que ela estica, as áreas mais frágeis têm riscos maiores de rasgar. Esses rasgos seriam os platôs com as falhas encontradas.

Ainda conforme os pesquisadores, essas falhas podem também estar relacionadas com as atividades sísmicas e de vulcões nessas regiões.

Movimentos

Os cientistas conseguiram condensar, em um dos modelos mais completos de movimento de placas tetônicas, um bilhão de anos de movimento em um vídeo de 40 segundos. No vídeo, podemos ver como as placas gigantes de rocha interagiram ao longo do tempo.

Conforme as placas tectônicas vão se movimentando, elas afetam o clima, os padrões das marés, os movimentos dos animais, sua evolução, a atividade vulcânica, a produção de metais e várias outras coisas. Isso tudo mostra que essas placas são mais do que somente uma cobertura para o planeta. Elas são, na verdade, um sistema de suporte de vida, que afeta tudo que vive na superfície.

“Pela primeira vez, um modelo completo de tectônica foi construído, incluindo todas as fronteiras. Em uma escala de tempo humana, as coisas se movem em centímetros por ano, mas, como podemos ver na animação, os continentes estiveram em todos os lugares no tempo. Um lugar como a Antártica, que vemos como um lugar frio, inóspito e gelado hoje, na verdade já foi bastante um bom destino de férias no equador”, disse o geocientista Michael Tetley, que concluiu seu doutorado na Universidade de Sydney.

É possível ver que o movimento e deslizamento das placas é uma visão e tanto. As massas de terra que, antes, eram como irmãos se tornando primos distantes e vice-versa. Além de também surpreender o quão recentemente os países e continentes, que conhecemos hoje, foram parar na posição que conhecemos e estão hoje.

Para os cientistas, saber esses movimentos e padrões é crucial se eles desejam prever quão habitável a Terra será  no futuro e onde os humanos encontrarão os recursos metálicos que precisam para garantir um futuro de energia limpa.

Um estudo do registro geológico estima o movimento da placa. E o magnetismo que dá os dados sobre as posições históricas dos substratos, em relação ao eixo de rotação da Terra e os tipos de materiais presos em amostras de rocha. Eles ajudam a combinar as peças de quebra-cabeças de placas geológicas anteriores.

A equipe se esforçou para escolher e combinar os modelos mais adequados disponíveis atualmente. Eles foram feitos observando os continentes e as interações ao longo dos limites das placas.

“O planeta Terra é incrivelmente dinâmico, com superfície composta por placas que se chocam constantemente de uma forma única entre os planetas rochosos conhecidos. Essas placas se movem na velocidade do crescimento das unhas, mas quando um bilhão de anos é condensado em 40 segundos, uma dança hipnotizante é revelada. Os oceanos se abrem e fecham, os continentes se dispersam e periodicamente se recombinam para formar imensos supercontinentes”, disse o geocientista, Sabin Zahirovic, da Universidade de Sydney.

Os cientistas admitem que o trabalho ainda falta alguns detalhes mais sutis. No entanto, eles esperam que mesmo assim, seu trabalho possa servir como um recurso útil e ser uma base para estudos futuros sobre os movimentos e impactos que as placas tectônicas têm na Terra.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital, YouTube

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