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Por que a expectativa de vida nos EUA teve a maior queda em 75 anos?

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Em geral, o que se entende por expectativa de vida é o número de anos que um grupo de pessoas nascidas na mesma época conseguirá viver. Ademais, essa expectativa é feita com um cálculo, uma média aritmética das idades que as pessoas de um determinado grupo analisado morreram.

Ademais, a relação da expectativa de vida com a qualidade de vida de um país é grande porque, com ela, é possível enxergar os investimentos na saúde. Além de poder observar questões de saúde pública, cuidados médicos, economia local, taxa de criminalidade, desigualdade de gênero, guerras, fome, entre outros fatores.

Como resultado, tudo interfere diretamente na qualidade de vida dos indivíduos, e consequentemente, na sua expectativa de vida. Por mais que pareça que a expectativa de vida das pessoas tenda a aumentar nos países desenvolvidos, viu-se o contrário nos EUA em 2020.

Expectativa de vida

Harvard

Nesse sentido, o país viu uma queda de 1,8 ano em sua expectativa de vida. Essa foi a maior queda em mais de 75 anos. Essa diminuição foi impulsionada, em grande parte, por conta da pandemia do coronavírus.

Segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a expectativa de vida ao nascer ano passado nos EUA era de 77 anos. Uma queda em relação à que foi vista em 2019, que era de 78 anos. Entre os homens, a expectativa era de 74,2 anos, já as mulheres tinham uma expectativa de vida de 79,9 anos.

Ademais, o COVID-19 foi a terceira principal causa de morte. A doença foi responsável por 350 mil mortes. Esse número é um pouco mais de um décimo de todas as mortes registradas.

Queda

ABC news

Além disso, algumas outras causas de morte aumentaram. Possivelmente, aquelas relacionadas às dificuldade de acesso aos cuidados de saúde provocadas pela pandemia. Foi a primeira vez que as mortes por diabete chegaram a 100 mil. As mortes por conta de lesões acidentais e não intencionais atingiram o número de 200 mil, também pela primeira vez.

Esses dados mais recentes foram divulgados depois que o Censo dos EUA divulgou um comunicado dizendo que a pandemia resultou no crescimento populacional mais baixo da história, justamente por conta das mortes pelo vírus e queda na imigração para o país.

“Nos 12 meses encerrados em 1º de julho, a população dos Estados Unidos cresceu 392.665 ou apenas 0,1%. A taxa mais baixa desde a fundação do país”, disse a agência.

“O crescimento populacional tem desacelerado há anos devido às taxas de natalidade mais baixas e à diminuição da migração internacional líquida, ao mesmo tempo que as taxas de mortalidade estão aumentando devido ao envelhecimento da população do país. Agora, com o impacto da pandemia COVID-19, essa combinação resultou em um ritmo de crescimento historicamente lento”, pontuou Kristie Wilder, demógrafa da Divisão de População do Census Bureau.

Observações

Global times

No entanto, a agência disse que mesmo com a imigração sofrendo uma queda nos últimos 12 meses, a migração internacional líquida excedeu, pela primeira vez, o aumento natural de nascimentos sobre mortes nos EUA. Ela atingiu o total de 244.622.

Por conta de atrasos na análise dos números da pandemia, o último relatório populacional do Census Bureau usou dados combinados que incorporaram estimativas do censo de 2020.

“Entre 2020 e 2021, 33 estados viram aumentos populacionais e 17 estados e o Distrito de Columbia perderam população. Onze dos quais tiveram perdas de mais de 10.000 pessoas. Isso foi um número historicamente grande de estados perdendo residente”, ressaltou a agência.

Fonte: Science Alert

Imagens: Harvard, Global times, ABC news

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