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Porca é treinada para fazer pet terapia com crianças em escolas e hospitais

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A presença de um animal em determinado ambiente pode fazer uma grande diferença. Esse é um fato conhecido e usado na chamada pet terapia. Para fazê-la, a porca Adalgysa, de somente três meses, está sendo treinada. Segundo Wilson Rodrigues Trindade, de 51 anos, tutor e presidente da ONG Instituto TauPet, o trabalho já até começou a ser feito em algumas escolas.

O próximo passo é levar a porca para visitar o setor de oncologia infantil de um hospital de Santos, no litoral de São Paulo. “Ela tem um objetivo. Todo mundo gosta de cachorro e gato, e a gente chama de pet, mas o que é o pet? O pet são os animais que a gente não come, o resto a gente come. Então, a ideia é mostrar que os outros animais também sentem dor e podem conviver com a gente para ter uma mudança de comportamento, respeito e alimentação”, contou Wilson.

Assim como um cachorro ou gato, a porca Adalgysa também deu um susto em seu tutor na última semana quando ficou desaparecida por algumas horas. “O portão aqui da ONG tem uma fresta, que a gente tampa com uma ripa grande. Apesar dela ter três meses, o porco tem muita força. Então, ela afastou esse caibro e passou. Ela foi para rua e, como é muito bonitinha, as pessoas passaram, viram, e já levaram na hora. A gente fez um monte de postagens nas redes sociais, e chegou até a pessoa que encontrou”, lembrou.

Pet terapia

G1

Sobre a pet terapia, o veterinário Danilo Sato Martins explicou que é um tratamento que ajuda no caso de alguns tipos de doença, principalmente naquelas que envolvem a parte cognitiva e emocional do paciente. Para esse tipo de tratamento, os animais mais usados são os cavalos e os cachorros. Entretanto, também existe o uso de pets não convencionais, como é o caso da porca Adalgysa.

“Os animais podem auxiliar na parte sensorial e na parte emocional, ajudando o paciente a interagir e melhorar a comunicação social. Diversos estudos comprovam a melhora do quadro do paciente, principalmente a melhora do bem-estar”, afirmou o veterinário.

No caso da porca, Wilson a leva e conversa com os pacientes sobre o respeito e amor pelos animais. “Muita criança não sabe o que é um porquinho, eles estão acostumados com aquela Peppa Pig na televisão. Então, teve criança que falou: ‘nossa, tio! Que cachorro diferente’. Hoje, a criança fica só no computador, tablet e celular”, disse.

O objetivo de Wilson é formar uma “trupe de animais” não convencionais, com um cabrito, ovelha, galinha e a porca Adalgysa, para fazer a pet terapia com as crianças em hospitais e escolas.

Porca

G1

Claro que a primeira reação da maioria das pessoas é estranhar ao ver um porco como animal de estimação e depois se perguntar sobre os cuidados com ele. De acordo com o tutor de Adalgysa, é mais fácil cuidar de um porco do que de um cachorro.

No caso de um porco, ele come de tudo, mas não tem saciedade. Por conta disso é preciso ter cuidado com a quantidade de comida que é dada ao animal. “Adalgysa come muita fruta e legumes. Ela tem uma alimentação bem balanceada e vegetariana”, afirmou Wilson.

Outro ponto que Wilson explicou foi que ele ensina, insiste e assim que a porca faz o que ele pediu, ela recebe um petisco como prêmio. E com as repetições dos comandos, Adalgysa memoriza.

Até o momento, a porca já aprendeu a sentar, obedecer, fazer as necessidades no lugar certo, e andar apenas do lado do tutor sem precisar estar com uma coleira. A única coisa que falta para Adalgysa aprender é sentar, porque os porcos têm dificuldade em ficar nessa posição.

O tutor também ressalta que Adalgysa é dócil e interage com todos os animais. Ele afirmou que tenta quebrar os preconceitos existentes com relação aos porcos. “As pessoas têm medo, mas eles são muito amorosos e limpinhos. Todo mundo fala que o porco é sujo, mas por que esse estigma? Quando estamos com calor, começamos a suar, transpirar, e o porco não sua. Então, para regular a temperatura corporal, ele deita na lama e na água”, finalizou.

Fonte: G1

Imagens: G1

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