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Quem tem diabetes tem risco maior de desenvolver transtorno alimentar

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O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente, ou então pela má absorção, de insulina. Por sua vez, a insulina é o hormônio que regula a glicose no sangue. É ela também que garante energia para o organismo. O diabetes pode causar o aumento de glicemia, e se as taxas forem muito altas, podem gerar complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. Em casos mais graves, pode levar à morte.

Além disso, as pessoas que têm diabetes têm de 2,5 a três vezes mais chances de desenvolver distúrbios alimentares quando comparados às pessoas que não têm a doença. Infelizmente, esse problema pode não ser percebido pelos médicos.

Transtorno alimentar

Clube do diabetes

O mais preocupante disso são nos jovens que têm diabetes tipo 1, já que eles podem ter um quadro chamado diabulimia, que é quando eles param de tomar insulina para perder peso.

Esse problema é tão sério que, no dia dois desse mês, no Dia Mundial de Alerta para os Transtornos Alimentares, a Sociedade Brasileira de Diabetes lançou a campanha #DiabulimiaNao com o objetivo de chamar atenção para o problema.

Mesmo que esse problema não seja muito conhecido, ele geralmente surge na pré-adolescência e adolescência e pode afetar até um terço das meninas diabéticas entre 16 a 22 anos.

Quem sofre com a diabulimia, além de não tomar ou pular as doses de insulina, eles podem ter os conhecidos comportamentos compensatórios, como por exemplo, tomar laxantes ou diuréticos, fazer atividade física em excesso ou vomitar.

“Nessa idade, costuma haver uma insatisfação com corpo e a própria natureza do diabetes, com mais atenção à alimentação, à contagem de carboidratos, ao planejamento da dieta, acaba deixando mais vulneráveis aqueles que têm predisposição”, explicou a endocrinologista Claudia Pieper, coordenadora do Departamento de Psiquiatria, Psicologia e Transtornos Alimentares da Sociedade Brasileira de Diabetes e Membro da Academy for Eating Disorders.

Diabetes fora do controle

BBC

Por conta da falta de insulina, essas pessoas acabam tendo um excesso de açúcar no sangue, o que por sua vez gera mudanças metabólicas e faz com que o organismo das pessoas use as reservas de gordura, gerando uma perda de peso. Com isso, a pessoa também elimina a glicose e as calorias em excesso pela urina.

Contudo, ter o diabetes fora do controle gera riscos sérios e potencialmente fatais para a saúde, como por exemplo, comprometimento do crescimento, desnutrição, mais chances de complicações crônicas precoces, danos aos rins, neuropatia diabética, e outras coisas.

Mesmo sendo tão prejudicial, ter a diabulimia diagnosticada não é uma coisa fácil. Por isso que se deve prestar atenção aos sinais de alerta que o paciente apresenta, como frequentemente esquecer o aparelho que mede a glicemia, não querer se pesar, não anotar os resultados das dosagens de forma certa, pedir uma dieta mais restritiva, ter níveis altos de glicemia, fazer atividade física em excesso, ser internado com glicemia alta, e demorar para terminar com os frascos e as canetas de insulina.

Os pacientes que têm essa condição devem ser tratados com uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos e psiquiatras. “São duas doenças muito estigmatizadas, mas elas têm tratamento e é possível se recuperar de um transtorno alimentar”, disse a especialista.

Embora a anorexia seja o transtorno alimentar mais conhecido, que é quando a pessoa tem um verdadeiro pavor de engordar e restringe cada vez mais a quantidade de alimento que ela ingere, o que mais prevalece no mundo é a compulsão alimentar, em que a pessoa come descontroladamente, mas não tem comportamentos compensatórios. Esse quadro faz com que a pessoa ganhe peso e favorece a obesidade, o que faz com que ela tenha um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2.

Fonte: VivaBem

Imagens: Clube do diabetes, BBC

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