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A rainha Elizabeth II morreu na tarde desta quinta-feira (8), aos 96 anos de idade no castelo de Balmoral, na Escócia. O anúncio da morte foi feita pelos canais oficiais da família real. Assim sendo, a monarca era a mais longeva da história do Reino Unido, com incríveis 70 anos no trono, atravessando crises e guerras.
“A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei [Charles III] e a rainha consorte [Camila] permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã”, informou a Casa Real britânica no Twitter. Dessa forma, com a morte da rainha, seu filho mais velho, agora o rei Charles, assume o trono do Reino Unido e de mais 14 países que têm o monarca britânico como chefe de Estado, como é o caso da Austrália e Canadá.
Charles disse, em seu primeiro comunicado oficial sem seu título de príncipe, que “a morte da minha amada mãe, a Vossa Majestade a Rainha, é um momento de grande tristeza para mim e para todos os membros da minha família”. Assim que o estado frágil de saúde da rainha Elizabeth II foi anunciado, os quatro filhos, Charles, Anne, Andrew e Edward foram até a Escócia.
Além disso, um de seus netos, o príncipe William, foi ao castelo de Balmoral. Pela tarde, veio a notícia do falecimento após 70 anos de reinado.
Saúde
Getty Images
Nos últimos meses, desde outubro do ano passado, a saúde da monarca se tornou um ponto de discussão que levantava preocupação. Isso porque foi revelado que ela passou uma noite hospitalizada para ser submetida a “exames” médicos que nunca foram detalhados. Desde então, a rainha reduziu consideravelmente sua agenda, diminuindo as aparições e sendo vista caminhando com certa dificuldade, com o apoio de uma bengala.
Desse modo, o evento mais recente que levantou preocupação em relação à sua saúde foi a cerimônia de nomeação da nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, na terça-feira (6). Na ocasião, a rainha Elizabeth II transferiu, pela primeira vez na história, a cerimônia para o Palácio de Balmoral, onde ela se encontrava. Isso porque, até então, todos os premiês haviam sido nomeados no Palácio de Buckingham, em Londres.
Jane Barlow/Pool via REUTERS
Uma foto do encontro em que a rainha cumprimenta Truss, divulgada pelo Palácio de Buckingham, provocou ainda mais inquietação. Na imagem, é possível ver a mão da rainha, que parecia estar muito arroxeada. Em maio, Elizabeth II foi substituída pelo seu filho, Charles, na abertura oficial dos trabalhos no Parlamento do Reino Unido. Também foi a primeira vez que a monarca não presidiu a sessão.
No entanto, apesar de ser notável a agenda cada vez mais reduzida, incluindo durante a comemoração do Jubileu de Platina da rainha, o Palácio de Buckingham falou muito pouco sobre o estado de saúde, sempre se referindo aos problemas como indisposições.
Castelo de Balmoral
Foto: Reprodução
A rainha Elizabeth II chegou ao Castelo de Balmoral no dia 21 de julho, para passar as férias de verão do hemisfério norte. Porém, Balmoral não se trata apenas de um destino de veraneio para a rainha, visto que é um lugar de repouso. Por lá, a família real viveu momentos importantes, como a infância da rainha ao lado da irmã, Margaret, o pedido de casamento do príncipe Philip e muitas férias. Por essa razão, pode ter sido a escolha da própria rainha ficar por lá em seus últimos dias.
Há mais de 150 anos, o Castelo de Balmoral é um local de descanso para a família real, sendo uma propriedade privada da família que não pertence à Coroa. São cerca de 50 mol acres e 150 construções, criações de gado, jardins, lagos e muita área verde tranquilizante.
Era no Castelo de Balmoral que a rainha estava, acompanhada do príncipe Charles, William e Harry quando recebeu notícias da morte da princesa Diana. “Eu acho que a vovó é mais feliz lá. Eu acredito que ela realmente ama as Terras Altas. É um lugar amável para a vovó e para o vovô, onde podemos visitá-los e ter espaço para respirar e correr”, disse a princesa Eugenie, neta da rainha, sobre a relação da monarca com o local, no documentário “Our Queen At Ninety”.
Fonte: O Globo
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