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Regressão: vidas passadas podem ser confirmadas cientificamente?

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A palavra “regressão” pode representar várias coisas, muitas pessoas ligam os métodos terapêuticos pelos quais um paciente, que procura uma cura para seus problemas, busca memórias do que teria experimentado em outras vidas, anteriores à vida atual. Mas a técnica é apenas isso?

Para começar, é preciso ressaltar que existe até uma área específica, chamada de Terapia de Vidas Passadas (TVP), regressão, regressão de memória ou ainda retrocognoterapia, que utiliza essa técnica. Porém, o Conselho Federal de Psicologia não reconhece este método como legítimo dentro da profissão.

Isso porque a regressão, falando de maneira simples, é o resgate de memórias que estão perdidas no subconsciente e inconsciente de uma pessoa em hipnoterapia. Especialistas nesta técnica de hipnose apontam que existem duas formas de realizar a regressão.

Primeiramente, é preciso destacar que há uma diferença entre regressão de memória e regressão espiritual. O primeiro tipo pode não fazer você lembrar de momentos da vida passada e as informações acessadas na mente do paciente podem ser bastante recentes. Já a regressão de vidas passadas envolve bastante polêmicas em torno dos pacientes se lembrarem dessas memórias.

Veja abaixo como a ciência vê a terapia da regressão de vidas passadas.

A Terapia de Vidas Passadas

Foto: Reprodução

O nome Terapia de Vidas Passadas (Past Life Therapy) foi utilizado pela primeira vez pelo psicólogo Morris Netherton, em 1967, quando divulgou a criação de uma técnica baseada na hipnose. De acordo com ele, este tipo de terapia faria o paciente regressar a um passado guardado em seu inconsciente, onde estaria localizado o núcleo de um trauma. Por causa disso, acessá-lo faria com que o paciente liberasse uma energia psíquica, que o faria sentir uma sensação de alívio do seu sofrimento. 

No entanto, é preciso destacar que a ideia do psicólogo era a de resgatar uma memória, e não exatamente as “vidas passadas”, sugerida no espiritismo e em outras religiões. Com isso, surgiu a distinção entre a regressão da memória (proposta no conceito) e uma regressão espiritual – a Terapia de Vidas Passadas estaria propondo abordar a primeira.

O que a ciência diz sobre a regressão

Foto: Reprodução

Dentro da ciência, a ideia da regressão às vidas passadas não é vista como algo provável. Por causa disso, é algo que está situado no campo da religião e da espiritualidade. Porém, isso não quer dizer que o conceito de regressão não apareça em algumas linhas da psicologia.

Existe também uma explicação biológica para a regressão: como as memórias são armazenadas no hipocampo, muitas vezes o esquecimento funciona como um mecanismo de defesa, para proteger quem viveu o trauma. Algumas vezes, o cérebro recorre à imaginação para preencher esses locais deixados pelo esquecimento.

Relembrar um momento esquecido envolve definir um caminho pré-determinado pelo cérebro para acessar uma informação. A ocorrência de insights, o momento único em que tomamos consciência de algo que estava no inconsciente, e de flashbacks, a sensação de reviver um acontecimento pode apontar que algo “enterrado” está vindo à tona.

Já na psicanálise, a regressão pode ser compreendida como o resultado do processo de resgate dessas memórias, até chegar ao que Sigmund Freud chamou de “catarse”, o momento em que finalmente acontece a libertação ou a “purificação” da mente humana de algum tipo de padrão que estava provocando sofrimento.

Por causa disso, a regressão seria uma ferramenta legítima para o acesso ao inconsciente, observando padrões de comportamento que não são explicados através da mente consciente.

Por isso, é possível entender que a regressão pode ser uma técnica usada por terapeutas e psicanalistas para auxiliar os pacientes durantes os tratamentos, e que isso não está relacionado a crenças em vidas passadas,

Fonte: Mega Curioso

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