Por Um grupo de arqueólogos encontrou os destroços de um avião da Segunda Guerra Mundial e conseguiram identificá-lo. A descoberta aconteceu no condado de Suffolk, no Reino Unido, e faz quase 80 anos que a queda ocorreu.
Além da fuselagem, foram encontrados estojos de munição e outros objetos, de acordo com o jornal britânico The Telegraph.
Uma equipe de 40 pessoas, incluindo ex-militares do Reino Unido e militares americanos em serviço, escavou o local durante meses. A organização Cotswold Archaeology se responsabilizou por guiar os voluntários na busca e resgate dos artefatos.
Via UOL
Avião da Segunda Guerra
O avião de guerra B-17 conhecido como “Little Blue Boy” foi partido ao meio em uma colisão em 19 de julho de 1944, enquanto tentava retornar a uma formação aérea.
Oito dos dez tripulantes americanos perderam a vida. Os corpos do piloto Walter Malaniak, natural da Pensilvânia, com 26 anos, do copiloto Aaron Brinkoeter, do Texas, com 24 anos, e do operador de rádio Ronald Grey, de Nova York, com 27 anos, não foram recuperados na época.
Recentemente, a equipe encontrou artefatos importantes do acidente, incluindo uma etiqueta de identificação de Brinkoeter.
A líder da equipe e gerente de engajamento da Cotswold Archaeology, Rosanna Price, comentou o caso. Segundo ela, a investigação tem sido uma experiência emocionante para todos os envolvidos.
Como arqueólogos, raramente eles têm a oportunidade de recuperar objetos de indivíduos com identidades conhecidas e parentes vivos.
A Guerra
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um dos conflitos maiores da história, envolvendo nações de todo o mundo.
Um dos aspectos cruciais da guerra foi o uso massivo de aviões, especialmente bombardeiros, que desempenharam um papel vital nas estratégias militares de ambos os lados.
Os aviões de bombardeio eram aeronaves que serviam para atacar alvos terrestres com bombas. Existiam vários tipos, como os bombardeiros leves, médios e pesados, cada um com capacidades diferentes de carga e alcance.
Durante a guerra, esses aviões atacavam alvos militares, industriais e, em alguns casos, civis, na tentativa de minar a capacidade de combate do inimigo e quebrar sua moral.
Alguns dos bombardeiros mais famosos da guerra incluem o B-17 Flying Fortress e o B-29 Superfortress dos Estados Unidos, o Lancaster do Reino Unido, e o Heinkel He 111 da Alemanha.
Via Wikimedia
Quedas
No entanto, a maioria dos transportes aéreos sofreram com avarias, quedas e desaparecimentos. No contexto da guerra, era normal que isso acontecesse.
Isso porque os bombardeiros muitas vezes tinham que atravessar territórios fortemente defendidos, onde eram alvos de caças inimigos e de baterias antiaéreas. Esses ataques derrubavam os aviões ou deixava danos graves.
Contudo, não foi somente esse fator que influenciou no desaparecimento dos caças. Por exemplo, muitas missões de bombardeio eram realizadas em condições climáticas extremas, o que poderia dificultar a navegação e a visibilidade, levando a acidentes ou desorientação. Isso também dificultava as operações de resgate em caso de queda.
A tecnologia da época não era de alto nível, como hoje, e os aviões frequentemente sofriam falhas mecânicas. Motores podiam parar de funcionar, bombas poderiam detonar prematuramente e sistemas de navegação podiam falhar.
Além disso, a navegação aérea na época se baseava em métodos relativamente básicos, como mapas e bússolas, além de rádio-navegação, que poderia se interromper ou distorcer os dados.
Isso fazia com que muitos aviões se perdessem, especialmente em longas missões sobre o mar ou territórios desconhecidos.
E até onde se sabe, algumas missões aconteciam à noite para evitar defesas inimigas, mas a escuridão tornava a navegação ainda mais perigosa, resultando em colisões ou perda de rumo.
Dessa forma, não é incomum encontrar vestígios de avião da Segunda Guerra Mundial, apesar desse contexto ser mais raro, com identificadores e até mesmo família para contatar.
Apenas mostra as cicatrizes da guerra até os dias atuais, e como ainda há muito para se descobrir.
Fonte: UOL
