Curiosidades

Revolução da longevidade, novo campo na medicina se concentra em descobrir como adiar a velhice

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A longevidade tem aumentado significativamente nas últimas décadas. Os avanços na área da tecnologia e saúde têm garantido uma vida mais longa e em melhores condições. Apesar disso, ainda não são muitas as pessoas que conseguem passar da marca dos 100.

Entretanto, essa situação parece que mudará. Isso porque metade dos bebês nascidos hoje nos países ricos viverá mais de cem anos com uma boa saúde. Essa é uma nova era em que a velhice vai deixar de ser inevitável.

Claro que essa longevidade maior é devido, em grande parte, aos avanços da ciência e tecnologia. E nesse constante aumento de anos de vida por que não sonhar em ir mais além? Que uma pessoa consiga chegar saudável e sem depender de ninguém até os cem anos ou mais.

Os pesquisadores estão realmente estudando esse tópico. Para se ter uma ideia, apenas em 2021, as pesquisas sobre longevidade receberam 2,5 bilhões de dólares. Esse assunto tem mobilizado cientistas, investidores e atraído a curiosidade do público em geral.

Tanto que, um novo campo da medicina é concentrado em descobrir o adiamento da velhice. Tudo isso para fazer uma verdadeira revolução da longevidade.

Aumentar a longevidade

Mobiclin

 

Viver mais tempo e envelhecer com saúde são dois grandes desafios enfrentados pela medicina e pela ciência. Grandes avanços já foram feitos, com anos a mais na expectativa de vida. Só que ainda se sabe muito pouco sobre o processo do envelhecimento.

Mas os cientistas podem ter feito uma grande descoberta. Mesmo que não tenha sido em humanos, os cientistas do Laboratório Biológico MDI (EUA), do Instituto Buck de Pesquisa em Envelhecimento e da Universidade de Nanjing viram os caminhos celulares para a longevidade e conseguiram ampliar a expectativa de vida dos vermes C. elegans em cinco vezes.

Os cientistas escolheram esse verme porque ele é bastante usado como modelo, nas pesquisas sobre o envelhecimento. Isso porque tais criaturas compartilham vários genes com os humanos.

Por terem uma expectativa de vida bem curta, entre três e quatro semanas, isso faz com que fique mais fácil de os pesquisadores verem os efeitos das intervenções genéticas e ambientais na longevidade. Assim, os genes já tinham sido estudados em outras análises anteriores.

“Apesar da descoberta de vias celulares que governam o envelhecimento em C. elegans, não tinha ficado claro, como essas vias interagiam. Ao ajudar a caracterizar essas interações, nossos cientistas estão abrindo caminho para as terapias necessárias para aumentar a expectativa de vida de uma população que envelhece rapidamente”, disse Hermann Haller, presidente do Laboratório MDI.

Estudo

Eu sem fronteiras

Para fazer o estudo, os cientistas modificaram geneticamente as vias de sinalização da insulina e da proteína TOR, nos vermes estudados.

Os cientistas já sabiam que a alteração das vias da insulina fazia com que acontecesse um aumento de 100%, na vida útil dos vermes, e que a proteína TOR aumentava 30%. Com essas porcentagens, o que os pesquisadores esperavam era que os C. elegans modificados tivessem 130% de longevidade a mais.

Mas para a surpresa da equipe, os vermes viveram 500% de tempo a mais. Se colocado nos seres humanos, isso representaria viver até os 400 ou 500 anos.

“O efeito não é um mais um é igual a dois, é um mais um é igual a cinco. Nossas descobertas demonstram que nada na natureza existe no vácuo. Para desenvolver os tratamentos antienvelhecimento mais eficazes, precisamos olhar para as redes de longevidade e não para caminhos individuais”, disse Jarod A. Rollins, do MDI.

Com essa descoberta, pode ser que terapias antienvelhecimento, combinadas, sejam mais eficientes. Cada uma delas vai afetar um caminho celular diferente. O mesmo que alguns tratamentos contra o câncer e HIV já fazem hoje.

Essa interação sinérgica pode explicar por que os cientistas não conseguiram identificar o gene responsável pela longevidade.

Fonte: G1, Instituto de longevidade MAG

Imagens: Mobiclin, Eu sem fronteiras

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