Curiosidades

Rover perfurou buracos em Marte e encontrou uma coisa estranha

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Desde que o homem foi à lua, as expedições e explorações do espaço sempre pairaram a humanidade. Ademais, os humanos sonham em ir para Marte, praticamente desde quando o planeta foi descoberto. Nesse sentido, desde 2012 o o rover Curiosity, da NASA, tem explorado Marte.

Ele foi criado para explorar a cratera Gale no Planeta Vermelho. Seu objetivo era investigar o clima e a geologia marciana, além de avaliar se o lugar já tinha, em algum momento, condições favoráveis à vida microbiana. Teve como objetivo também ver a influência da água no local.

Em teoria, a missão dele duraria dois anos, mas ela já dura quase uma década. Nesse ínterim, descobrir carbono em outros planetas deixa os cientistas muito animados, porque ele é a base para toda vida no nosso planeta. Por sua vez, o rover encontrou em Marte uma mistura  incomum do elemento químico que poderia hipoteticamente apontar para a existência de vida no Planeta Vermelho.

Rover

NASA

Claro que isso não é certo, mas é uma possibilidade. Ele é um dos três cenários diferente que os especialistas acreditam que pode ter produzido esse carbono encontrado nos sedimentos da cratera Gale. Esses sedimentos foram coletados pelo rover durante nove anos, de agosto de 2012 a julho de 2021.

Ao todo foram 24 amostras de pó aquecidas pelo rover para separar produtos químicos individuais. Como resultado, revelou-se uma grande variação nos termos da mistura de isótopos de carbono 12 e carbono 13. Esses dois isótopos de carbono estáveis podem revelar como o ciclo do carbono pode ter mudado ao longo do tempo.

Desse modo, o que faz com que essas variações sejam fascinantes é que elas apontam para processos não convencionais, diferentes dos que são criados pelo ciclo de carbono na era moderna do nosso planeta.

“As quantidades de carbono 12 e carbono 13 em nosso sistema solar são as quantidades que existiam na formação do sistema solar. Ambos existem em tudo, mas como o carbono 12 reage mais rapidamente que o carbono 13, observar as quantidades relativas de cada um nas amostras pode revelar o ciclo do carbono”, disse o geocientista Christopher House, da Universidade Estadual da Pensilvânia.

Descoberta

Mars

Uma das explicações para essas assinaturas de carbono encontradas pelo rover é uma nuvem molecular gigante de poeira. O sistema solar passa por uma delas a mais ou menos cada duzentos milhões de anos. Nessa passagem, o efeito de resfriamento que ela cria deixa depósitos de carbono no seu rastro. Por isso que esse é um cenário plausível, de acordo com os pesquisadores. Contudo, ainda é preciso mais investigações.

Em contra partida, a conversão do CO2 em compostos orgânicos através de processos abióticos poderia explicar o que o rover descobriu. Nesse caso em específico, a luz ultravioleta pode ter sido o gatilho.

Isso foi algo que os cientistas levaram em consideração. No entanto, essa hipóteses também precisa de mais estudos para que se confirme se realmente é isso ou não que está acontecendo.

Além dessas duas hipóteses, existe outra. A terceira diz que a luz ultravioleta ou micróbios uma vez converteram o metano produzido por processos biológicos. Com isso, estamos olhando para o carbono criado como resultado da vida. Da mesma forma que nas outras hipóteses, mais evidências também são necessárias para que se tenha certeza disso.

“As amostras extremamente empobrecidas em carbono 13 são um pouco como amostras da Austrália retiradas de sedimentos com 2,7 bilhões de anos. Essas amostras foram causadas por atividade biológica quando o metano foi consumido por antigos tapetes microbianos, mas não podemos dizer necessariamente isso em Marte porque é um planeta que pode ter se formado de materiais e processos diferentes da Terra”, disse House.

Missão

Day to news

Portanto, a missão do rover continua. Se ele descobrir restos de tapetes microbianos, plumas substanciais de metano, ou vestígios de geleiras há muito perdidas, isso ajudaria os cientistas a descobrirem qual das três hipóteses é mais provável.

Até o momento, não se sabe o suficiente a respeito de Marte e da sua história. Portanto, não é possível chegar a uma conclusão sobre como essas assinaturas de carbono surgiram.

Fonte: Science Alert

Imagens: NASA, Mars, Day to news

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