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Saiba o que fazer para preservar e melhorar sua memória e cognição

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Por muitos séculos, o homem lutou para compreender como funciona o armazenamento das memórias em nosso cérebro. Entretanto, quanto mais se descobre e conforme as tecnologias foram avançando para ajudar nesse processo, mais evidente se tornou a estranheza de como funciona a memória.

Contudo, isso não impediu ou desmotivou os pesquisadores em buscar mais conhecimento sobre ela e como é possível melhorá-la. Uma coisa que traz benefícios para a saúde como um todo é o exercício físico. E com a cognição isso não é diferente. Tanto é que vários estudos mostram que os jovens que são mais ativos têm uma percepção melhor, e isso acaba contribuindo diretamente em um melhor desempenho na vida acadêmica.

No entanto, esse efeito foi visto em jovens. Será que adultos e idosos também têm esse mesmo benefício? Para isso, um estudo de Dooley et al. analisou os níveis de atividade física de 2.708 idosos com uma média de idade de 69,5 anos. O monitoramento foi feito através de um acelerômetro de pulso.

Estudo

memória

Trendsbr

Para o estudo, os participantes foram divididos em quatro grupos, indo dos mais ativos aos menos. Conforme mostraram os resultados, aqueles que eram mais ativos tinham uma função cognitiva melhor, com uma memória melhor, fluência verbal e função executiva. Além disso, em comparação com os que eram menos ativos, eles tinham 48% menos de chance de terem dificuldades em lembrar de alguma coisa e 51% menos risco de terem confusão mental ou lapsos de memória.

Isso mostra que se os adultos e idosos aumentarem seus níveis de exercícios físicos as pessoas que têm problemas cognitivos podem cair pela metade. Em outras palavras, o exercício é um potente remédio para a saúde mental. E ele é necessário na vida de quem quer uma vida longa com uma mobilidade e memória boas.

Memória

Universidad de Palermo

Quando o assunto é memória o que a maioria das pessoas e dos estudos procuram é uma forma de preservá-la e fazer com que as pessoas se lembrem da maior quantidade de coisas possíveis. Mas será que esquecer de algumas coisas também não é bom para a saúde da memória?

O cientista cognitivo Robert Jacobs estuda a percepção e cognição humana há mais de 30 anos. E ele e sua equipe estão desenvolvendo novas formas teóricas e experimentais de explorar a memória e esses esquecimentos.

Seriam eles ruins e resultados de falhas no processamento mental? Ou então poderiam ser uma coisa boa, um efeito colateral desejável do nosso sistema cognitivo que tem uma capacidade limitada?

Jacobs e sua equipe são inclinados mais para a segunda opção. Para eles, os erros de memória podem, na realidade, indicar uma forma pela qual o sistema cognitivo humano é ótimo e racional.

Os cientistas cognitivos pensam há décadas se a cognição humana é estritamente racional. E na década de 1960, os psicólogos Daniel Kahneman e Amos Tversky fizeram pesquisas pioneiras a respeito desse assunto. Eles concluíram que as pessoas tendem a usar estratégias mentais rápidas conhecidas como heurísticas.

Por mais que a técnica heurística normalmente tenha bons resultados, às vezes eles não são bons. Por conta disso, Kahneman e Tversky disseram que que a cognição humana não é ótima.

Já na década de 1980, as pesquisas começaram a aparecer na literatura científica sugerindo que a percepção e a cognição humana podem ser frequentemente ótimas.

Tanto é que vários estudos descobriram que as pessoas combinam informações de vários sentidos, como por exemplo, visão e audição, ou visão e tato, de uma forma estatisticamente ideal mesmo com o ruído desses sinais sensoriais.

Contudo, frequentemente existem restrições no comportamento mental humano. Algumas desses restrições são internas. Por exemplo, as pessoas têm capacidade limitada de prestar atenção, além de também terem capacidade de memória limitada. As pessoas não conseguem se lembrar de tudo com todos os detalhes.

Outras restrições são externas, como a necessidade de decidir e agir em um tempo hábil. Por conta dessas restrições, pode ser que as pessoas nem sempre tenham uma percepção ou cognição ideal.

E justamente esse ponto é o ponto-chave. Por mais que a percepção e cognição possam não ser tão boas quanto poderiam ser se essas restrições não existissem, elas podem ser tão boas quanto poderiam ser tendo essas restrições presentes.

A abordagem do estudo de Jacobs e sua equipe enfatiza essa otimização restrita que às vezes é conhecida como abordagem racional de recursos. Então, se o armazenamento de memória não puder manter fielmente todos os detalhes das coisas armazenadas, pela sua limitação, aconselha-se a se certificar de que os detalhes mantidos são os mais importantes. Ou seja, a memória deve ser a melhor possível dentro das circunstâncias limitadas.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas tendem a se lembrar dos detalhes relevantes para a tarefa e esquecer os irrelevantes. E elas também tendem a se lembrar da essência geral de algo colocado na memória e esquecer os pequenos detalhes.

Fonte: Metrópoles, Science alert

Imagens: Trendsbr, Universidad de Palermo

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