Viajar é uma coisa que a maior parte das pessoas gosta e, no futuro, essa atividade pode ficar ainda mais prática. Isso porque o embarque pode ser sem papel, fila ou passaporte porque o rosto da pessoa será a passagem aérea. Conforme um plano da Organização das Nações Unidas (ONU) para aposentar de vez os cartões de embarque, o aeroporto se transformará em um scanner de reconhecimento facial gigante.
Consequentemente, ao invés da pessoa mostrar os documentos e ter que esperar em filas grandes, os passageiros do futuro baixarão uma credencial digital no celular, e com o chamado “passe de jornada” permitirá que a pessoa circule por todo aeroporto usando seu rosto com identificação e atualizará sozinho caso as informações mudarem, como por exemplo, atrasar um voo.
O objetivo dessa iniciativa da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), ligada à ONU, é eliminar o check-in da forma que se conhece, diminuir custos, fraudes e até mesmo o tráfico de pessoas, além de prometer uma maior agilidade e segurança.
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A mudança para o rosto ser a passagem aérea no futuro vem por uma pressão do céu e dos números. Isso porque, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a quantidade de passageiros deve dobrar até 2040 e chegar a oito bilhões anualmente. Então, para conseguir manejar esse volume de pessoas sem travar os aeroportos, o setor tem como aposta essa digitalização.
Nesse ponto, alguns países, como Finlândia e Singapura, já testam sistemas biométricos. O aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, usa desde 2019 o reconhecimento facial em voos selecionados. Além deles, a companhia aérea Ryanair prometeu eliminar o cartão de embarque em papel em 2025.
Transformar o rosto na passagem aérea também é uma questão de segurança porque usando dados únicos, como impressões faciais, o sistema diminuiu as chances de fraude de identidade. Além disso, de acordo com a OACI, o sistema também tem o potencial de ajudar a combater o crime de tráfico humano.
Mesmo com todas as vantagens, nem todos acharam uma boa ideia ter o rosto com forma de passagem aérea. Na visão de especialistas em privacidade, isso traz riscos de vigilância em massa e uso indevido de dados biométricos. E a tecnologia possa se transformar em uma ferramenta de controle.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Olhar digital