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Telescópio Hubble mostra “sombras misteriosas” nos anéis de Saturno

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No dia 24 de abril de 1990 foi lançado o telescópio Hubble a bordo do ônibus espacial Discovery. Ele é um satélite astronômico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio. Seu nome dado na década de 1980 foi uma homenagem a Edwin Hubble, por causa das descobertas revolucionárias que ele tinha feito, como por exemplo, a expansão do universo.

Mesmo tendo sido lançado há tempos, o telescópio fez e ainda faz muitas descobertas. Um exemplo disso foi uma imagem capturada recentemente que revelou as sombras misteriosas e fantasmagóricas nos anéis de Saturno. Esse registro foi o mais recente do que se conhece como “raios”, que ainda hoje deixam os cientistas confusos.

Imagens do telescópio

CNN

A NASA divulgou a foto na última quinta-feira, mas o registro foi feito pelo telescópio no dia 22 de outubro. Nessa época, Saturno estava aproximadamente 1,37 bilhão de quilômetros de distância.

Esses raios de Saturno são conhecidos pelos astrônomos há tempos. Eles parecem aparições que patinam ao longo dos anéis e são vistos em vários lugares, variando conforme onde o planeta está em seu ciclo orbital.

Com o passar do tempo, as observações mostraram que o número e a aparência dos raios podem variar conforme o ciclo sazonal de Saturno. O planeta é parecido com a Terra e tem seu eixo inclinado e isso gera mudanças sazonais. No entanto, de acordo com a NASA, as estações de Saturno duram aproximadamente sete anos.

O telescópio deve observar esse fenômeno em seu pico. Nesse período, os pesquisadores querem desvendar os mistérios dele. “Estamos caminhando em direção ao equinócio de Saturno, quando esperaríamos atividade máxima de raios, com frequência mais alta e raios mais escuros aparecendo nos próximos anos”, disse Amy Simon, cientista-chefe do programa Outer Planet Atmospheres Legacy, ou OPAL, do Hubble.

Esse equinócio é esperado para acontecer no outono de Saturno que vai acontecer no dia seis de maio de 2025.

Raios de Saturno

CNN

A primeira evidência dos raios de Saturno foi capturada pela  espaçonave Voyager 2 da NASA na década de 1980. Já a missão Cassini, que tinha uma sonda especialmente para Saturno, observou o fenômeno em seu pico sazonal no fim dos ano 2000.

As observações mais recentes do telescópio Hubble aconteceram no começo desse ano. Elas são parte do esforço para conseguir identificar qual é a causa desses raios.

Mesmo que nas imagens eles pareçam ser pequenos, na realidade, conforme explica a NASA, eles podem ser maiores do que a Terra na largura e diâmetro.

“O suposto culpado pelos raios é o campo magnético variável do planeta. Os campos magnéticos planetários interagem com o vento solar, criando um ambiente eletricamente carregado. Na Terra, quando essas partículas carregadas atingem a atmosfera, isso é visível no hemisfério norte como a aurora boreal”, disse a NASA.

O esperado pelos pesquisadores é que os dados do telescópio comprovem ou refutem a teoria de uma vez por todas.

Registro

Inovação tecnológica

Além desses raios, o Hubble já fez outros registros impressionantes. O registro feito por ele é como se alguém estivesse em uma sala escura, com as janelas fechadas, e de repente visse um brilho misterioso e fantasmagórico no ambiente todo com uma luz bem fraca. O Hubble viu um brilho parecido com isso em nosso sistema solar.

Segundo os astrônomos, a luz vista é equivalente a dez vagalumes em um céu noturno. Então, para saber o que de fato era essa luz vista os cientistas analisaram 200 mil imagens dos arquivos do Hubble fazendo medições e investigando qualquer possibilidade de ser um brilho residual.

Através de edições de imagens eles conseguiram tirar a luz das estrelas, galáxias, planetas e um brilho fraco que é espalhado pela poeira interplanetária. Editando tudo isso eles conseguiram deixar somente o brilho fraco visto para que ele fosse analisado.

Mesmo assim, de acordo com o SciTech Daily, os cientistas ainda não conseguiram explicar o que esse brilho realmente é. No entanto, isso não quer dizer que eles não tenham algumas hipóteses.

Uma delas é que essa luz capturada pelo telescópio seja um reflexo da luz solar na poeira cósmica. No entanto, como esse brilho fantasmagórico é mais suave, eles acreditam que ele é, na realidade, outra coisa. O mais provável é que sua origem seja em algum cometa, já que eles são bolas de neve empoeiradas voando pelo espaço, e a poeira sai deles conforme o gelo vai sublimando com a luz do sol.

Uma outra possibilidade pode ter a ver com a descoberta feita por outra equipe de astrônomos em 2021. Através dos dados da espaçonave New Horizons, da NASA, eles conseguiram medir o fundo do céu do espaço.
Além disso, a nave também detectou um brilho pequeno, mais fraco, em uma fonte de luz ainda mais longe do que a vista pelo Hubble.

Assim como o brilho captado pelo telescópio, esse também não tem sua origem conhecida. Por conta disso, eles acreditam que seja uma luz extra dentro do sistema solar. E como o brilho que o Hubble detectou é mais forte, eles supõem que sua origem seja de dentro do nosso sistema. Por isso, possibilidades de que ele seja de fonte externa são descartadas.

Fonte: CNN, Escola educação

Imagens: CNN, Inovação tecnológica

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