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Hubble tirou foto impressionante de uma explosão de uma estrela bebê

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O telescópio Hubble foi lançado no dia 24 de abril de 1990, e até os dias atuais está fazendo descobertas e registros importantes, como por exemplo, essa explosão épica de uma estrela bebê que ainda estava em seu processo de formação.

A imagem mostra a estrela, que está a aproximadamente 1.250 anos-luz de distância, na região de formação estelar da nuvem molecular de Orion, com seus jatos perfurando a nuvem em velocidades supersônicas, aquecendo o gás e fazendo com que ele brilhe intensamente. Tudo isso tem como resultado uma estrutura de vida curta, bonita e luminosa conhecida como objeto Herbig-Haro.

As estrelas são alguns dos corpos celestes mais importantes do universo. Na maioria das vezes, pensamos em estrelas como massas enormes, quentes e redondas compostas de hidrogênio e hélio, e que têm milhões, milhares ou até bilhões de anos. Mas nem sempre elas são assim, podendo, também, ter fenômenos bem interessantes.

Dentre eles, o nascimento de uma estrela é um acontecimento magnífico. Ele acontece ao longo de milhões de anos, em nuvens frias de gás molecular e poeira, onde os aglomerados de estrela se formam. Esse processo não é um que nós seremos capazes de observar do começo ao fim, mas a explosão de uma estrela pode ser observada.

Fenômeno

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Esse, mais especificamente, é chamado HH 34. Ele é um dos fenômenos mais espetaculares que se pode observar na Via Láctea. Além disso, essas explosões carregam pistas que podem ajudar os pesquisadores a descobrir como nascem a estrelas bebês.

Isso porque, para que um objeto Herbig-Haro se forme, é preciso um conjunto específico de circunstâncias. O primeiro deles é uma estrela bebê, também conhecida como protoestrela. Essa estrela se forma a partir de densos aglomerados de gás e poeira em uma nuvem molecular que colapsa sob sua própria gravidade.

Conforme esse berço celestial vai girando, a protoestrela começa a acumular material da nuvem a sua volta. Nesse processo, ela pode explodir poderosos jatos de plasma de seus polos. Os pesquisadores acreditam que o material girando em volta da protoestrela é canalizado ao longo de suas linhas de campo magnético.

Estrela

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As linhas de campo magnético aceleram as partículas de maneira que, quando o material chega nos polos, ele é lançado ao espaço com velocidades consideráveis no formato de jatos colimados. Por conta das temperaturas altamente insanas, o material é ionizado e transformado em plasma.

Em um objeto Herbig-Haro, os jatos viajam centenas de quilômetros por hora e  batem com força na nuvem molecular em volta dele. Por sua vez, as  temperaturas quentes fazem com que o material brilhe intensamente.

Tudo isso faz com que seja mais fácil rastrear e observar esses jatos. Conforme a protoestrela vai crescendo, ela começa a produzir um vento estelar bastante poderoso. Esses ventos e os jatos, juntos, são chamados de feedback protoestelar. Ele tem um papel direto na massa final da estrela totalmente crescida.

Observações

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O caso do HH 34 é interessante porque ele tem múltiplos choques de proa que definem a extensão dos seus jatos. O Hubble o fotografou várias vezes ao longo dos anos. Em 1994, 1998, 2007 e 2015. Agora, essa é a imagem mais recente.

Os objetos Herbig-Haro evoluem bem rápido. Por isso, os cientistas conseguem observar as mudanças na série e ver como o jato se expande ao longo do tempo. E isso pode ajudá-los a fazer o mapeamento da nuvem em volta da estrela jovem.

Embora o Hubble ainda faça grandes descobertas e seja muito importante, o Telescópio Espacial James Webb foi recém lançado e irá revolucionar a compreensão sobre esses jatos. Isso porque o novo telescópio tem capacidade de infravermelho, que fará com que ele perscrute a região densamente empoeirada ao redor de uma protoestrela. Com isso, os pesquisadores saberão mais sobre os jatos lançados.

Fonte: Science Alert

Imagens: Science Alert

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