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Telescópio James Webb faz nova imagem dos “Pilares de Criação”

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O telescópio James Webb é o observatório espacial mais poderoso já construído. Seu lançamento foi muito aguardado e desde que finalmente começou sua missão, ele vem fazendo imagens impressionantes e que intrigam os cientistas.

Como por exemplo, essa imagem incrível, divulgada pela NASA na quarta-feira, que o telescópio capturou da Nebulosa de Águia, que fica a 6.500 anos-luz de distância do nosso planeta. Na nebulosa é possível ver os chamados Pilares da Criação. Eles são onde as estrelas são formadas em nuvens de gás interestelar e poeira densas.

Pilares da Criação

Teor tech

As imagens feitas pelo James Webb são tão nítidas que os pilares parecem ser rochas. Essa não foi a primeira vez que os Pilares da Criação foram registrados. Em 1995, o telescópio Hubble fez o primeiro registro deles, e depois novamente em 2004.

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No entanto, a visão que o James Webb deu aos cientistas irá ajudá-los a interpretar a formação de estrelas, já que elas podem ser observadas de forma bem mais nítida nesse novo registro. Isso é possível graças aos sensores do telescópio que captam luz infravermelha emitidas pelas estrelas.

Uma coisa que chama atenção nessa nova imagem são as ondulações nas bordas de alguns pilares. Ela são formadas por matérias ejetadas de estrelas em formação no gás e poeira. Esse tipo de estrela expulsa, de forma constante, jatos supersônicos que batem contra as nuvens de material, como por exemplo, os próprios Pilares da Criação.

Nessa imagem que o James Webb registrou não existem galáxias. É possível ver poeira, que na Via Láctea é conhecida como meio interestelar e é responsável por bloquear a visão do universo profundo, e gás translúcido.

James Webb

G1

Os registros feitos pelo telescópio são impressionantes para toda a comunidade científica, como esse que o James Webb fez de um exoplaneta, ou seja, um planeta fora do sistema solar. As fotos foram divulgadas pela NASA e pela ESA, as agências espaciais dos EUA e Europa, respectivamente, em setembro.

Na imagem se destaca o exoplaneta. De acordo com explicação da NASA, a estrela branca pequena em cada quadradinho marca a localização da estrela hospedeira do HIP 65426 b. Ela foi tirada digitalmente porque a sua luz forte bloqueava a visão do planeta.

Esse exoplaneta capturado pelo James Webb é um gigante gasoso a 355 anos-luz de distância e tem sua massa aproximadamente oito vezes a massa de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Além disso, por ele ser formado de gás, o exoplaneta não tem superfície rochosa e por isso não pode ser habitável.

De acordo com a NASA, as imagens, que são vistas através de quatro filtros de luz diferentes do James Webb, mostram o poder dos instrumentos desse super telescópio. Elas também comprovam que as futuras observações que ele fará revelarão mais informações do que nunca foram feitas a respeito desses exoplanetas.

“Este é um momento transformador, não apenas para o Webb, mas também para a astronomia em geral”, disse Sasha Hinkley, professora associada de física e astronomia da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

Como explica a agência americana, os astrônomos descobriram o planeta em 2017 usando o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul no Chile e já tinham tirado imagens.

Por mais que essas novas imagens pareçam de “baixa qualidade” para quem não é especialista, o diferencial é que como o James Webb enxerga em comprimentos de onda diferentes do VLT, os astrônomos têm a chance de observar novos detalhes a respeito desse gigante gasoso, que não seriam vistos por telescópios terrestres.

“Eu acredito que o aspecto mais emocionante disso é que estamos apenas começando”, afirmou Aarynn Carter, pesquisador de pós-doutorado da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, que liderou a análise das imagens.

Fonte: Teor tech, G1

Imagens: Teor tech, G1

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