Veja como a qualidade de vida de 38 países mudou ao longo dos últimos 50 anos

Foi elaborada um pesquisa em nível global para medir a qualidade de vida de vários países. Essa análise foi feita por uma organização não-governamental dos Estados Unidos. A ideia era entender a porcentagem de melhora e piora de cada país nos últimos 50 anos. Nesse tempo, muita coisa no mundo aconteceu e muitas transformações sociopolíticas ocorreram. Se observamos, veremos que muitos países que passaram por períodos de muita tensão, acabaram tendo boas posições pela perspectiva de sua população. Isso prova que a pesquisa em si está ligada diretamente com a cultura, sociedade e economia. Não somente isso, o contexto histórico desses países pesam muito nos resultado apresentados pela organização.

Hoje a Fatos Desconhecidos traz para você essa pesquisa bastante interessante sobre como as pessoas enxergam seus países nos últimos 50 anos. O instituto que fez a pesquisa disponibiliza a mesma em seu site, que está neste link. Como será que o mundo se enxerga hoje em dia? Vemos um mundo melhor e mais otimista ou achamos que o planeta vem piorando? Uma coisa é fato, muita coisa mudou nesses últimos anos, e nem precisamos ir tão longe no tempo para vermos isso.

O quanto o mundo mudou?

(Worse = Pior / Better = Melhor)

Esse ano foi publicado um estudo onde 38 países foram avaliados quanto ao crescimento da qualidade vida nos últimos 50 anos. Quem realizou a pesquisa foi a organização não governamental chamada Pew Research Center, que atua com estudos demográficos e de opinião. É necessário entender o contexto mundial para compreender essa pesquisa pois cada país apresentado possui um contexto político e histórico muito particular.

Devemos lembrar que 50 anos atrás o mundo era bem diferente, nós ainda estávamos sob a influência da Guerra Fria, não tínhamos as tecnologias da informação que temos hoje, e havia uma tensão crescente devido conflitos internos e externos em diversos países. Nota-se na pesquisa que alguns países como o Vietnã, tiveram uma melhora gritante. Para entender isso basta pensarmos um pouco sobre o contexto do país.

Índices de qualidade de vida

Os países que mais se destacaram nessa pesquisa foram o Vietnã, Índia e a Coreia do Sul, com um melhora de 88%, 69% e 68%, respectivamente. O que podemos observar é que esses três países passaram por fortes mudanças econômicas desde a década de 60. Um exemplo disso é o fim do conflito armado no Vietnã, evento que marcou fortemente o país décadas atras. Isso vale também para países desenvolvidos como Japão, Alemanha e Suécia, que tiveram um crescimento de 60% no índice de qualidade de vida.

A América latina, no entanto, teve um crescimento muito baixo e com muitas pioras. O Brasil é um dos países que estão dentro dessas estatísticas de redução de qualidade de vida nos últimos 50 anos. Isso vale para países que estão passando ou passaram por conflitos. Itália, Grécia, Nigéria, Venezuela e o México tiveram uma queda gritante de 50% no índice apresentado. Um exemplo do que se mostra aqui é a Venezuela, que teve uma queda de 72% nos últimos 50 anos.

O Brasil

(Better = Melhor / Worse = Pior / No consensus = Sem Consenso)

Como dito anteriormente, o Brasil também está no grupo de pioras. O índice que se aplica ao país, se comparado aos demais da America Latina é 49% menor no quesito na qualidade de vida. Isso se deve as diversas crises políticas e econômicas que o país vem passando nos últimos tempos. De forma similar, os Estados Unidos da América possui uma piora de 43% na qualidade de vida.

No Brasil, existe 35% de pessoas que acreditam que o país melhorou nos últimos 50 anos. Isso se dá pelo fato da ditadura militar, que causou grande alvoroço durante um bom tempo. Devemos lembrar que esses dados variam de acordo com a perspectiva e a cultura de cada país. Cada uma dessas nacionalidades tem uma visão muito particular de seu país. Não só isso, mas como cada um desses países apresenta um contexto muito diferente. O índice de melhora dos Estados Unidos, por exemplo, também é muito similar ao do Brasil, com 37%.

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