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Vírus HIV pode permanecer dormente no cérebro humano, aponta estudo

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No mundo todo, aproximadamente 37 milhões de pessoas vivem com o vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV. Felizmente, vários países oferecem o tratamento tanto para prevenção, como para as pessoas que já vivem com o vírus. E quem vive com o vírus sabe que existe a fase de latência, na qual ele fica incubado no organismo. Assim, a pessoa pode ficar durante anos sem ter nenhum sintoma.

Quando o vírus está nesse estágio, as células imunológicas infectadas ficam em um estágio dormente. Por a pessoa não apresentar sintomas, isso pode parecer uma coisa boa. Contudo, esse estágio é um problema porque não existem tratamentos que conseguem eliminar o HIV latente. Então, se o tratamento antirretroviral for interrompido, esse vírus pode sair desse estágio e se desenvolver para a Síndrome da Imunodeficiência Humana, a AIDS.

Estudo

R7

Por conta dessa preocupação, os pesquisadores do Centro de Cura do HIV da Faculdade de Medicina da Carolina do Norte, da Universidade Emory e da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, fizeram um estudo para compreender melhor como essas células “dormentes” se comportam.

De acordo com os pesquisadores, o HIV é um vírus complicado de ser estudado porque ele consegue atingir os coordenadores principais de resposta imune. No caso, os linfócitos CD4+, ou linfócitos T. São eles que reconhecem as proteínas virais e ativam as células de defesa para que elas combatam esses patógenos. Contudo, com o passar do tempo, o vírus mata o suficiente de células CD4+ e causa a imunodeficiência.

Em outros estudos, os pesquisadores descobriram que o vírus do HIV pode se esconder e ficar latente dentro de alguns linfócitos que sobreviveram em determinados órgãos e também na corrente sanguínea. Outra descobertas desses outros estudos foi que, nas pessoas que vivem com o vírus e estão em tratamento antirretroviral, ele pode ficar no sistema nervoso central (SNC).

HIV no cérebro

Agência de notícias da Aids

Nesse novo estudo, os pesquisadores analisaram primeiro o cérebro de macacos com o vírus da imunodeficiência símia (SIV), que é bem parecido com o HIV. Com isso, eles queriam compreender melhor como extrair e purificar as células viáveis de tecido cerebral primata. Depois disso, eles isolaram e separaram as células mieloides cerebrais extremamente puras das células CD4+ que estavam ali pelo tecido cerebral.

Os pesquisadores também analisaram amostras cerebrais de pessoas que viviam com HIV e estavam inscritas no estudo “The Last Gift”, da Universidade da Califórnia em San Diego, antes de morrerem.

Com tudo isso, eles puderam confirmar que as células microgliais podem fazer as vezes de reservatório para o HIV latente. “Nosso método para isolar células cerebrais viáveis ​​fornece uma nova estrutura para estudos futuros sobre reservatórios do sistema nervoso central e, finalmente, esforços para a erradicação do HIV”, disse Yuyang Tang, primeiro autor do estudo.

Depois dessa descoberta feita, os pesquisadores estão pensando em formas de atingir esse reservatório. E como o HIV latente no cérebro é totalmente diferente do que é visto em outras áreas do corpo, os pesquisadores pensam que ele já se adaptou para conseguir se replicar no cérebro.

“Com o tempo, ele evoluiu para ter controle epigenético de sua expressão, silenciando o vírus para se esconder no cérebro da liberação imunológica. Estamos começando a desvendar o mecanismo único que permite a latência do HIV na microglia cerebral”, concluiu Guochun Jiang, autor sênior.

Fonte: Galileu

Imagens: R7, Agência de notícias da Aids

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