Vulcão na Colômbia: o que está acontecendo com o vulcão Puracé?

Um vulcão nada mais é do que uma estrutura geológica que surge a partir do escape de magma, gases e outras partículas quentes para a superfície. É provável que você nunca tenha tido a oportunidade de ver um deles em atividade. Especialmente porque o nosso país não sofre com esse tipo de evento. Mas isso não faz com que essas formações sejam menos interessantes.

Em um país próximo do nosso, na Colômbia, existe uma área vulcânica no Parque Nacional Natural Puracé. Nele, não nascem somente rios que são importantes para o país, mas também o vulcão Puracé.

Esse vulcão fica no departamento de Cauca, a 1 hora e 10 minutos de voo de Bogotá, capital da Colômbia, e é parte da Cadeia Vulcânica de Coconucos, composta por 15 centros eruptivos sendo o Puracé o mais setentrional e o mais jovem, segundo o Serviço Geológico da Colômbia (SGC).

Essa formação geológica em específico tem o formato de cone e é feita de uma cratera interna e uma externa, tendo 500 e 900 metros de diâmetro respectivamente. Dentro do vulcão, a atividade fumarola, que é o processo pelo qual os gases são emitidos, é concentrada principalmente em uma fenda que atravessa o fundo do vulcão.

Vulcão

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O Puracé é tido com um dos mais ativos dentre os vulcões da Colômbia. Segundo o boletim semanal do SGC, ele teve um aumento no seu número de eventos e sismicidade desde o último dia 29 de abril.

Tanto que, no dia seis de maio, o governo colombiano emitiu um boletim extraordinário falando que o vulcão tinha entrado em um estado de alerta laranja, ou seja, os fenômenos podem passar de moderados para altos. Isso pode acontecer por vários fatores como, por exemplo, deformação da superfície ou ruptura das rochas no interior do vulcão, mudanças nos níveis de desgaseificação, entre outros.

Enquanto isso, a atividade de movimento de fluidos no vulcão continua aumentando com relação à energia que é liberada. Isso pode fazer com que aconteçam manifestações superficiais, como pequenas erupções vulcânicas, odores fortes e irritantes em sua volta, e liberação de gases magmáticos que podem matar os animais que estiverem perto.

Conforme o SGC, o alerta laranja se refere a um vulcão com mudanças significativas nos parâmetros monitorados. Portanto, pode ser que aconteça uma atividade sísmica e os níveis de liberação de gases diminuam ou oscilem, e irem aumentando e diminuindo no decorrer dos dias.

“Para retornar a um status de alerta mais baixo (amarelo), é necessário um tempo razoável para avaliar todos os parâmetros monitorados e determinar tendências que possam indicar maior estabilidade”, conclui o boletim.

Nascimento

Por mais que a maior parte das pessoas pensem que um vulcão é algo antigo e que novos não surgirão, isso não é a realidade. Tanto é que um novo eclodiu em 2023 em uma região remota da Península de Reykjanes, na Islândia.

O momento do “nascimento” dele foi captado por câmeras aéreas. Através das imagens é possível ver o momento em que a lava eclode e corre pelas proximidades. De acordo com Magnús Freyr Sigurkarlsson, especialista em desastres naturais do Met Office da Islândia, isso aconteceu devido a uma agitação de terra prolongada na região. Por conta dela, a borda da cratera acabou se rompendo.

Claro que um vulcão em erupção é uma preocupação para quem mora à sua volta. No entanto, nesse caso, os especialistas acreditam que a lava não deve chegar nos povoados da região.

Mesmo assim, o centro de pesquisas sismológicas da Islândia pontuou algumas preocupações associadas com a erupção, sendo a principal delas um avanço eventual da lava e também o risco de novas fissuras se abrirem sem nenhum aviso prévio.

Fonte: National geographic Brasil,G1

Imagens: National geographic Brasil, YouTube