Ciência e Tecnologia

Você sabia que pode estar comendo alimentos que sofreram radiação?

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Você comeria algum alimento que sofreu radiação? Se a resposta for não, é melhore repensar, pois você provavelmente come alimentos expostos a ela cotidianamente. Calma, não se trata de contaminação por acidente nuclear, nem nada do tipo.

Muita gente não sabe e até mesmo se assusta quando descobre, mas a radiatividade é utilizada para aumentar a vida útil dos alimentos. Assim como ocorre com o calor, utilizado na pasteurização, e o frio, utilizado para congelar alimentos, por exemplo.

O processo que utiliza radiação para fazer com que frutos, vegetais e carnes durem mais é conhecida como irradiação e o seu uso é permitido pela legislação alimentar e sanitária brasileira, exceto no caso de alimentos orgânicos. A técnica ainda hoje causa certa polêmia e levanta muita discussão.

Como funciona?

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Na irradiação, os alimentos são submetidos a uma pequena quantidade de radiação ionizada, tudo isso claro com controle total. Assim como a quantidade de radiação, o tempo também é levado em conta. Cada tipo de alimento é submetido aos raios ionizantes por um período diferente, de acordo com as suas características.

Durante o processo, a radiação mata bactérias maléficas, fungos e leveduras, o que evita que o alimento estrague facilmente. Além disso, o tratamento também evita o brotamento em vegetais como a cenoura e a batata. Outra vantagem é que a irradiação retarda o amadurecimento e o envelhecimento dos alimentos.

Depois de irradiado, o alimento se torna ideal para a exportação, armazenamento ou transporte que demande um tempo maior. Imagine como é difícil exportar bananas para Europa, ou de um canto ou outro do Brasil, por exemplo. As frutas são sensíveis, amadurecem e se decompõe rapidamente, mas com a ionização elas podem durar mais e chegar ao consumidor final com maior qualidade.

Para realizar a irradiação de alimentos, são utilizados equipamentos específicos, os irradiadores, como o mostrado na figura acima. Enquanto são ionizados, os produtos são levemente aquecidos, como acontece no microondas, mas não há alterações das suas características e a radiação não fica retida no alimento, ao contrário do que muita gente pensa.

Há riscos para a saúde?

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Assim como em todos os processos de conservação de alimentos, a irradiação faz com que haja uma pequena perda nutricional e também ocorrem algumas alterações na cor, textura e cheiro. Apesar disso, a irradiação não causa nenhum dano à saúde. Como já foi dito, a radiação não fica no alimento, ou seja, ele não se torna radioativo.

O grande problema é que vários acontecimentos negativos associados à radiação, como ataques com bombas nucleares e acidentes, fazem com que as pessoas temam o uso da radiação para o tratamento de alimentos. Fique tranquilo, de acordo com especialistas não há do que ter medo.

Justamente por isso, desde 2001 a resolução número 21 da Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite e regulamenta o uso desse tipo de tratamento de conservação de alimentos. O regulamento técnico apresenta as normas a serem seguidas, todas elas, é claro, garantindo a segurança do consumidor.

Como saber se o alimento foi irradiado?

selo

Mesmo com permissão da Anvisa e com o aval de especialistas, muitos pessoas preferem não ingerir alimentos irradiados. Entender como foi feito o alimento e optar por um tipo ou outro é um direito do consumidor. Por isso, existe um selo que deve constar obrigatoriamente em todos os produtos que passaram por esse processo.

Então, já sabe, se não gostar muito da ideia de comer alimentos que sofreram radiação, fique de olho no símbolo verde acima. Optar por alimentos orgânicos também pode ser uma saída, já que eles não podem ser irradiados em nenhum momento da sua produção.

Apesar de poder ser usada para o bem, como no caso dos alimentos, às vezes a radiação pode provocar muitos malefícios, especialmente ao corpo humano. Veja o que acontece com o corpo humano quando ele é exposto à radiação.

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