História

10 monarcas loucos que mudaram a história

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Na ficção, reis e rainhas que sucumbem à loucura são divertidos e engraçados. Na realidade, nem tanto. Já que não é nada divertido ter enormes pedaços de terra controladas por alguém que é irracional e instável.

Muito menos que essa pessoa tiver poder total e não puder ser questionada. Conheça o caso de dez reis e rainhas, cuja loucura mudou o curso dos acontecimentos históricos mundiais.

1. Ivan, o Terrível (1530-1584)

ivan

O pai de Ivan morreu quando ele tinha apenas três anos, e sua mãe foi envenenada quando ele tinha oito. Durante sua infância alguns nobres governaram o reino, enquanto o menino e seu irmão permaneciam com fome, eram agredidos e negligenciados. Aos 16 anos, Ivan marchou para a sala do trono, pegou o líder dos nobres, e jogou o homem para cães de caça treinados por ele mesmo.

O reinado de Ivan foi marcado por paranoia violenta. Quando o rei suspeitou que um nobre queria o trono, ele vestiu o homem como um rei, o colocou no trono, e o eviscerou ali. Ivan criou uma força especial da polícia que fazia rondas com cães que  poderia matar qualquer um, a qualquer momento, em público. Uma vez, surgiu um boato de que uma cidade chamada Novgorod era rebelde, ele matou todas as pessoas na cidade, costurou arcebispo da cidade em uma pele de urso e colocaram os seus cães para caçá-lo.

Ivan tinha convulsões e acessos de raiva. Durante uma crise, ele chutou uma mulher grávida no estômago e fez com que ela abortasse. Seu filho, um governante capaz e promissor, gritou com ele. Então Ivan bateu no seu filho com seu cetro até a morte, em seguida, entrou em paroxismos de remorso. Foi nesse momento que ele mudou a história. Ivan era um membro da antiga linha Rurik de nobreza. Com o único herdeiro do trono varrido para fora do caminho, a Rússia caiu no caos depois da sua morte.

2. Pedro, o Grande  (1672-1725)

pedro

Pedro, o Grande, era, em muitos aspectos, um soberano maravilhoso. Apaixonadamente comprometido com seu país e sua própria educação. Ele passou grande parte de sua infância (preso e sob ameaça constante de sua meia-irmã Sofia) aprendendo táticas de exército a projetar navios. Quando adulto, ele excursionou pela Europa, aprendendo sobre os últimos avanços nas ciências para que ele pudesse levá-los para a Rússia.

Ele aplicava as suas aprendizagens em pessoas próximas. Quando ele estava aprendendo odontologia, por exemplo, ele praticava em seus nobres. Uma vez, quando um grupo de criados ficaram incomodados enquanto assistiam a dissecação de um cadáver, ele ordenou que eles caminhassem até o cadáver e lhe dessem uma mordida. Em seguida, houve a sua terrível paranoia. Peter era o filho da segunda esposa do ex-czar. Quando tinha dez anos, ele viu os parentes de primeira esposa do czar serem atirados do telhado de uma torre para o pátio, onde foram dilacerados por “soldados leais”. Ele era tão fanático por lealdade, ao ponto de ordenar que  seu próprio filho fosse torturado até a morte por fugir temporariamente para a Suécia.

A vida de sua esposa Catherine era uma história de Cinderela em um filme de terror. Capturada pelo exército russo, ela foi levada por soldados e acabou conhecendo Pedro, que se encantou por ela. O czar tinha acessos de terror, e durante esses ataques, Catherine era a única que conseguia acalmá-lo. Ela falava com ele, ou o mantinha completamente imóvel, segurando-o, até que ele adormecesse. Peter decretou que um monarca deve ser capaz de nomear seu próprio sucessor, e embora ele nunca tenha especificado que Catherine deveria sucedê-lo, ela o fez. Este decreto marcou uma guinadana na maneira de sucessão, que até então era por laços de sangue e filhos primogênitos, e iniciou uma crença de que qualquer governante poderia fazer, desde que fosse um bom russo.

3. Pedro III (1728-1762)

pedro iii

Pedro era um governante totalmente desprezível, mas ele também era uma figura digna de pena. Como muitos dos Romanovs na linha para o trono, ele quase não tinha contato com seus pais. Em vez disso, ele foi criado por um tutor que estava era abusivo com o aluno lento. Peter era espancado e humilhado regularmente. Ele desenvolveu-se em uma mistura assustadora de homem imaturo e sociopata.

Ele não consumou seu casamento com Catarina, uma pequena e bonita mulher alemã que havia sido importada como uma égua de cria, quando tinha cerca de nove anos, porque ela passou toda noite na cama, brincando com soldados de brinquedo. Quando ele queria um pouco de poder, ele forçava a mulher a se vestir como um soldado e colocava para praticar exercícios militares.

Quando Catherine estava dando à luz a uma criança definitivamente ilegítima, um ministro fiel colocou fogo na sua própria casa para que o tsar tivesse que sair para ver as chamas, deixando Catherine sozinha.

4. Carlos VI, o louco (1380-1422)

carlos vi

Carlos VI foi rei por um tempo muito longo, durante o qual um país unido, próspero e poderoso caiu em uma guerra civil e no caos. Carlos era paranoico, mas não agressivo. Certa vez ele se convenceu de que era feito de vidro e iria quebrar se se movimentasse rapidamente, ele chegava a passar horas a fio sem se mexer.

Ele tornou-se incoerente e paranoico. Talvez por ressentimento, ele cresceu apaixonado pela esposa de Luís, seu irmão, e exigia que ela ficasse com ele em todos os momentos. Durante esses períodos de crises do irmão, Louis tornou-se rei. Isso fez dele um oponente formidável.

5. Imperador Qin fei da dinastia Song Liu (449-465)

qin fei

Os membros da dinastia Song Liu matavam dois tipos de pessoas: a sua família e a família de todo mundo. Qianfei começou sua vida como um prisioneiro de seu próprio tio. O jovem Qianfei ficava sob ameaça constante até que seu pai matou seu tio, e o menino ficou livre. O que acabou sendo um erro, tanto historicamente quanto pessoalmente. O rapaz mostrou a sua gratidão odiando o seu pai. Quando ele se tornou imperador com 15 anos, exigiu que todos os retratos de seu pai fossem pintados com um grande nariz feio. Ele também revogou todas as leis de seu pai de uma vez, jogando o país no caos.

Nunca é um bom sinal quando as últimas palavras de uma mãe são: “Alguém me traga uma espada e me corte para ver como esse animal saiu de mim”. Qianfei matou quase todos em sua família, começando com seu irmão, que era o terceiro filho, além disso ele matou o terceiro filho dos últimos imperadores também, apenas porque era supersticioso. Ele deixou alguns de seus tios vivos, mas enjaulados e expostos publicamente. Um nobre que conspirou contra ele teve os olhos arrancados.

Qianfei colocou os olhos do nobre  no mel em conserva. Entre as séries de assassinato ele se envolveu em depravação sexual, ordenando às suas parentes que fizessem sexo na frente dele. Se elas se recusassem, ele matava as suas famílias. Como a paranóia de Qianfei aumentando, ele matou um servo porque ele se parecia com uma mulher que lhe havia dito, em um sonho, que ele seria morto.

O imperador acabou morto por seus servos. Um dos tios enjaulados foi colocado no trono, mas pouca coisa mdou. O tio matou todos, exceto o sobrinho mais novo, que o sucedeu, mas que foi morto aos quatorze anos, por seu general. O general começou a dinastia Qi.

6. Maria, a louca  (1734-1816)

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Maria, ao contrário de quase todos os outros nesta lista, teve uma infância normal. Seu pai, o rei de Portugal, era louco por ela e suas irmãs. Ele passou a maior parte de seus dias presenteando e fazendo as vontades das filhas. Para qualquer outra pessoa, isso poderia gerar uma vida feliz, mas não é o tipo de coisa que se pode ter quando se é rei.

Enquanto o Rei viajava com seu ministro, o Marquês de Pombal geria o país. Mas na opinião do Marquês, gerir o país significava aprisionar todos e interrogá-los, e matar quem restasse. Quando houve uma tentativa de tirar a vida do rei, o Marquês capturou seus inimigos políticos mais fortes, que foram torturados e mortos.

Isto poderia não ter tocado Maria tão profundamente se a mania religiosa não fosse típica em sua família. Quando ela subiu ao trono, passou a ser atormentada pela ideia de que seu amado pai estava no inferno por ser um mau rei, e que ela estava prestes a se juntar a ele. Ela anistiou todos os presos políticos, e deu a eles muitos cargos na corte.

Em um mesmo ano, seu filho mais velho, sua única filha e dois de seus ministros mais próximos morreram, então Maria sucumbiu de vez. O país não estava em forma para enfrentar Napoleão em 1807, então toda a família real fugiu para o Brasil.

7. Sultão Mustafá (1592-1639)

mustafá

Tal como aconteceu com os czares russos e a dinastia Song Liu, os sultões do Império Otomano tem histórias complicadas, principalmente pelo grande número de mulheres e muitos filhos.  Nossa história começa com três irmãos, os mais proeminentes eram Ahmed I e Mustafá. Ahmed, querendo poder apenas para si, colocou o irmão Mustafá, de apenas onze anos de idade, em uma torre sem janelas e sem contato humano.

Ahmed tinha alguns filhos, mas morreu com uma idade muito precoce, 28 anos. Seus filhos eram jovens demais para ocuparem o trono, foi então que Mustafá foi libertado, 14 anos depois de aprisionado.

Depois de assumir o poder, Mustafá tinha o hábito de dar posições importantes para pessoas aleatórias que ele gostava, como, por exemplo, um homem em uma estrada que lhe ofereceu um pouco de água em um dia quente. Sem um governo central forte e organizado, o império começou a ruir.

Logo ele foi substituído pelo filho mais velho de Ahmed, Osman. O jovem poderia ter sido um governante decente. Ele tentou reorganizar o governo e colocar pessoas capazes no comando. Mas ele proibiu a bebida e o cigarro, especialmente para os soldados, e tentou castigar o guarda real de elite. Eles se rebelaram e condenaram o governante à morte, então Mustafá assumiu nova

8. Sultão Ibrahim (1615-1648)

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Mustafá foi sucedido por Murad IV, um dos sobrinhos que ele considerou matar. Murad IV era um governante cruel, mas eficaz. Seu último ato, antes de morrer, foi ordenar a execução de seu último irmão sobrevivente. Murad simplesmente acreditava que a linha de sucessão foi “amaldiçoado” pela loucura e precisava ser aniquilada.

Ibrahim, que também tinha passado toda a sua vida na gaiola, com contato ocasional com os seres humanos, assumiu o poder. Quando se libertou dos seus anos de privação, ele resolveu adquirir tudo o que podia.

Ele rapidamente acumulou 280 concubinas em um harém.Um dia, de maior loucura, mandou matar todo o seu harém, lançando as 280 mulheres nas águas do estreito do Bósforo, amarradas e dentro de sacos cheios de pedras.

Ele aumentou os impostos e fazia de tudo para conseguir cada vez mais riquezas, até que os seud janízaros se revoltaram e o enviaram para a gaiola novamente.

9. Justino II  (520-578)

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Justino II foi um imperador bizantino, que passou seus anos de formação perguntando se ele ia ser assassinado. Ele era um dos potenciais herdeiros do Império Bizantino enquanto ele era liderado pelo casal mais famoso do império, Justiniano e Teodora. Justino era um dos dois Justinos em toda uma safra de primos. Ele era o favorito de Theodora, então, depois que a mulher morreu, Justiniano permaneceu dedicado à esposa e este Justino foi coroado, o outro Justino foi morto.

Justino II herdou uma situação difícil. A política externa de Justiniano tinha consistido em expandir militarmente, tanto quanto pôde, e em seguida, pagar seus novos vizinhos não para atacá-lo. O império foi passando por alguns momentos difíceis financeiramente, e Justiniano pegou empréstimos para cobrir seus pagamentos anuais. Justino acreditava que ele faria melhor ao recusar o pagamento para os persas, no leste ao jogar as tribos do norte uma contra a outra.

Foi então que, sob a pressão de vários exércitos se aproximando, que Justin começou a se desintegrar. Enquanto ministros perguntavam-lhe o que deve fazer, ele ouvia vozes e se escondia debaixo da cama para escapar delas. Mas estes eram os dias bons. Nos dias ruins, ele atacava violentamente os servos, mordendo-os nos braços e cabeça. Diz a lenda que ele literalmente comeu um par de seus servos.

No final das contas Justino II se saiu muito bem, talvez melhor do que o esperado. Ele recuperou alguns dos seus sentidos, e entregou o poder a um de seus generais.

10. Luís II  (1845-1886)

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Luís II da Baviera gostou da ideia de ser um rei, mas não era particularmente bom no que fazia. Ele perdeu toda a sua nação em dois anos, quando Baviera foi tragada pela Prússia. O Rei Luís foi autorizado a manter o seu título e alguns poderes, mas para além do título, ele não estava muito interessado no governo.

Ele estava interessado nas coisas que fizeram dele, posteriormente, um monarca amado. Ele construiu uma sucessão de palácios deslumbrantes,  contratou gerentes de teatro para o teatro em Munique, estabelecendo novos padrões de drama para o mundo ocidental.

Foi essa dívida que causou um conselho que o declarou  louco e incapaz de governar. Isso é, de construir muitas coisas bonitas e para financiamento das artes. Hoje, muitas pessoas acreditam que Luís foi injustamente condenado. Ele foi encontrado morto em um lago raso, juntamente com o médico que lhe havia diagnosticado como louco.

Seja lá o que tenha acontecido, Luís II foi o único monarca louco que deixou a seu país um grande legado. Baviera permaneceu o centro cultural da Prússia nos próximos 60 anos, até hoje os palácios de Luís atraem milhões de visitantes.

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