À parte de discussões humanitárias que questionem a lógica do Código de Hamurabi, a pena de morte é usada como uma forma final de manter a sociedade teoricamente segura, e existe em diversas sociedades há milênios.
Apesar disso, os métodos utilizados são variados e ligados às tradições religiosas de cada país, o que comprova que o simples desaparecimento instantâneo desse tipo de prática seria algo extremamente improvável.
A agência de notícias BBC fez um levantamento recente sobre a pena de morte em todo o planeta e listou que coisas que nós não sabíamos sobre a pena capital. Confira:
Em 2013 (últimos dados disponíveis da Anistia Internacional), houve 778 execuções no mundo, 96 a mais do que em 2012.
1.925 pessoas foram condenadas à morte em 57 países em 2013.
Há cerca de 23 mil pessoas em corredores da morte pelo mundo.
Os métodos de execução variam. Decapitação (Arábia Saudita), eletrocução (Estados Unidos), enforcamento (Afeganistão, Bangladesh, Índia, Irã, Iraque, Japão, Kuwait, Malásia, Nigéria, Autoridade Palestina – Hamas, Sudão do Sul, injeção letal (China, Vietnã e Estados Unidos), fuzilamento (China, Indonésia, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Somália, Taiwan e Iêmen).
Execuções públicas ocorrem em quatro países: Irã, Coreia do Norte, Arábia Saudita e Somália.
Países que condenam à morte por tráfico de drogas incluem China, Indonésia, Irã, Malásia, Paquistão, Qatar, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes e Iêmen.
A China não divulga quantas pessoas executa anualmente e alega que o número é segredo de Estado.
O ministério da Saúde chinês ainda usa órgãos de prisioneiros executados em transplantes, segundo a Anistia Internacional.
80 pessoas foram condenadas à morte nos Estados Unidos em 2013, 39 foram executadas (43 em 2012).
Maryland tornou-se, em 2013, o 18º estado americano a abolir a pena de morte.
Mas um estudo de pesquisadores da Universidade de Houston concluiu que cada execução no Texas preveniu entre 11 e 18 homícios no Estado.
Um estudo da Universidade de Michigan indica que um a cada 25 condenados à morte nos EUA é inocente.
Mais de 80% dos 67 especialistas incluídos em um estudo nos EUA concluíram que a pena de morte não reduz crimes.