Todo mundo tem sua própria opinião sobre a indústria do sexo e se ela deve ser legalizada. Muitas pessoas presumem que todas as prostitutas são pobres e infelizes vítimas que tiveram um passado problemático. Mas, Sarah Greenmore, que trabalha em um bordel legal chamado Moonlite Bunny Ranch, em Nevada, EUA, discorda.
A prostituta de cabelo rosa, que dorme com até sete clientes por noite e ganha cerca de 13.500 reais por semana e diz que “ama o seu trabalho”. Entretanto, ela mesmo destaca que nem tudo são flores e que existem momentos bastante complicados nessa profissão.
A profissional do sexo respondeu algumas perguntas ao site Daily Star sobre os mitos que cercam a profissão de prostituta. Confira a seguir os equívocos mais comuns sobre a prostituição:
1. “Os trabalhadores do sexo são perturbados e têm problemas psicológicos.”
“Todo mundo tem seu passado e seus problemas de origens variadas. Há pessoas com problemas psicológicos em todos os setores da sociedade.”
2. “Só pessoas desesperadas procuram esse serviço”
“Eu atendo funcionários do governo, militares, empresários e até agentes secretos. Eventos como despedidas de solteiro, festas de aniversário e formaturas também são locais de trabalho comuns para profissionais do sexo.”
3. “As prostitutas são sujas e espalham doenças sexualmente transmissíveis”
“Os trabalhadores não são facilmente seduzidos a participar de atividades sexuais que não envolvam proteção. Manter os nossos corpos no melhor estado de funcionamento é fundamental para o nosso sucesso.”
4. “Os trabalhadores do sexo aceitam qualquer pessoa.”
“A maioria dos trabalhadores desse ramo recusam clientes com base em normas de higiene. Alguns fazem uma verificação genital antes de aceitar o dinheiro e se uma pessoa não é higiênica ou demonstra sinais visíveis de DST, podem ser recusadas de imediato.”
5. “Os trabalhadores do sexo odeiam seus empregos.”
“Eu amo meu trabalho, e muitas pessoas não podem dizer isso sobre seus empregos. Há altos e baixos, como qualquer outro trabalho, mas eu acordo todos os dias animada sobre minhas novas oportunidades de trabalho.”
Prostituição
Leis contra a venda de sexo são bastante novas – apenas cerca de 100 anos de idade na maioria dos país. A prostituição é considerada a profissão mais antiga do mundo, e por boas razões. A prostituição está presente desde o início da história registrada. Quando as primeiras sociedades humanas conhecidas surgiram no lado fértil da Mesopotâmia, o comércio sexual evoluiu ao lado templos, mercados e leis.
Ironicamente, as práticas religiosas da Mesopotâmia deram origem ao negócio da prostituição. As mulheres que serviam Ishtar tinham ajudavam homens que ofereciam dinheiro a terem acesso aos dons “sagrados” de seus corpos. Conseguir comunicação com a deusa da sua fertilidade era tarefa exclusiva dessas trabalhadoras que tinham uma posição religiosa.
Assim, os templos de Ishtar se tornaram centros de conhecimento a respeito do nascimento, controle de natalidade e sexualidade. Sacerdotisas tornaram-se enfermeiras e terapeutas sexuais sagradas dessas sociedades primitivas. Homens de todos os lugares poderiam contratar estas mulheres e, por sua vez, fazer uma oferenda à deusa que tinha como servas as prostitutas.
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