Ciência e Tecnologia

5 coisas que você precisa saber sobre a NASA ter encontrado água em Marte

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A NASA, por meio de um anúncio muito excitante, confirmou a presença de água em estado líquido em marte. Tanto o público em geral quanto a imprensa ficaram divididos ao meio, com reação que vão desde “Já podemos enviar um astronauta?” a “ok, ótimo, mas e quanto a aliens?” Na verdade, muita gente ficou confusa, e pode ter interpretado mal a novidade.

A possibilidade da descoberta de vida em Marte é uma hipótese com a qual a NASA já trabalha há alguns anos, e toda descoberta relativa ao planeta vermelho leva as pessoas a povoarem o seu imaginário com imagens de alienígenas verdes andando por aí. O anúncio realizado no dia 28 de setembro foi, sim, extremamente importante, mas é bom esclarecer um pouco quanto às questões mais discutidas. Será que já é hora de mandar gente para Marte? Ou ainda é cedo para isto?

5 – Água em Marte não é um conceito novo

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A ideia de que nós descobrimos que Marte tem água corrente é um pouco equivocada. Basicamente, o que descobrimos é que Marte ainda tem água. Isto porque nós já sabemos que Marte teve água líquida, para não mencionar todo um ciclo de água, há alguns bilhões de anos atrás. O planeta costumava ser quente e úmido, e em algum momento teve vastos oceanos e rios poderosos esculpindo sua paisagem – cujos vestígios ainda podem ser vistos.

Naquela época, Marte também tinha uma atmosfera. Devido ao tamanho menor do seu oceano e, portanto, à gravidade mais fraca, a atmosfera era muito mais vulnerável a ser perdida no vácuo do espaço. A perda dela resultou um efeito duplo para o pequeno planeta vermelho: em primeiro lugar, abaixou o ponto de ebulição da água em sua superfície. Além disto, as temperaturas globais caíram, congelando a água restante.

4 – Vida também não

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Sim, há uma série de cientistas que pensam que a ideia de existir vida em Marte também não é um conceito novo. Com um clima temperado, estações e água corrente, a vida microbiana em desenvolvimento no planeta vermelho é considerada por alguns cientistas como sendo praticamente tão provável quanto o desenvolvimento de vida microbiana na Terra. Na verdade, a vida em Marte poderia ter sido semeada ao mesmo tempo que na Terra, talvez via compostos orgânicos que podem ser encontrados em asteroides.

O planeta teria sido um lugar muito acolhedor para um micróbio, então a questão de saber se existe vida em Marte é semelhante à questão de saber se exite água em Marte; é preciso acrescentar um importante “ainda” na equação.

3 – Então… Existe vida em Marte ou não?

https://youtu.be/v–IqqusnNQ

Até onde sabemos, toda a vida no universo precisa de água em estado líquido para sobreviver. A descoberta de água líquida na superfície de Marte, portanto, aumenta muito as chances de encontrarmos vida por lá também – ou pelo menos algo que reconheceremos como vida. A razão pela qual os cientistas sempre tiveram fascínio pela descoberta de vida em Marte é devido ao fato de ele ser muito parecido com a Terra, para não mencionar tão perto. Faz muito mais sentido começar por lá.

A água líquida na superfície de Marte, no entanto, é incrivelmente salgada, e pode não abrigar vida no fim das contas. Na conferência, foi dito que, na verdade, um micróbio em Marte está muito mais propenso a viver abaixo da superfície. Dito tudo isto, é difícil saber com certeza. Este é o ponto da descoberta – não é um fim em si, mas uma parte fundamental do processo de descoberta.

2 – Podemos enviar pessoas?

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De fato, o fato de existir água corrente em Marte significa um pulo para frente quando se trata do envio de seres humanos. Poderíamos purificá-la para torná-la portável, decompô-la para produzir oxigênio e até mesmo fazer combustível. Tudo muito emocionante, mas a descoberta de água é muito mais sobre possibilidades do que ações. Ainda deve se levar em conta a questão da contaminação, levantada durante a conferência. Nada disto mudou, e o envio de astronautas para o planeta vermelho continua nos mesmos planos de antes.

1 – Então, qual o propósito?

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Na busca por vida em Marte, por que nos preocupamos em ir lá em cima? Não poderíamos simplesmente simular as condições do planeta aqui na Terra (em um freezer ou algo parecido) e ver se alguma coisa nasce? Bom, não. Uma das razões pelas quais o anúncio é tão emocionante é que a descoberta destes fluxos líquidos prova um importante conceito para os cientistas da NASA.

Estamos tentando encontrar vida, não para que possamos ganhar alguns novos amigos verdes, mas a fim de estabelecer como ela é comum em todo o universo. Se pudemos comprovar que a vida se formou em dois dos oito planetas do sistema solar, as chances de isso ter acontecido em outros planetas pelo universo, no mínimo, duplicam.

Fonte: What Culture

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