Ciência e Tecnologia

5 maiores trolagens da história da ciência

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Quando se fala em cientistas, nós costumamos pensar em pessoas sérias e dedicadas ao seu trabalho. Por trás de ternos, jalecos e pesquisas que gastam infinitas horas, podendo durar vários anos, porém, pode existir um senso de humor bem peculiar, os colocando como responsáveis por feitos bem questionáveis.

Alguns deles levaram piadas tão a sério em suas carreiras que foram marcados por isso mesmo anos depois de sua morte. Piadas por vingança ou por simples diversão foram responsáveis por ajudar a deixar o nome dos cientistas na história, nem sempre de forma tão positiva.

Confira algumas das estranhas histórias por trás de piadas e trollagens realizadas por alguns renomados profissionais da ciência ao longo dos anos.

1 – Bala de testículos

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Existe uma história sobre a Guerra Civil dos Estados Unidos que diz que uma garota ficou grávida de depois de ser baleada na barriga. Isso porque a bala em questão teria sido fabricada a partir de testículos humanos. A lenda foi criada pelo Dr. Legrand Capers, um médico que achou que seria uma boa ideia inventar essa história e enviar para uma publicação científica da época, a American Medical Weekly. A história foi publicada na edição de novembro de 1974 do jornal e a reputação do médico foi arruinada a partir daí: Capers passou de respeitado cirurgião para o autor da história de bala de testículos. Mais de 130 depois, a piada continua sendo levada a sério em vários ambientes, inclusive sendo reproduzida em programas de TV dos EUA.

2 – Animais falsos

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Charles Waterton era um naturalista especializado em taxidermia – a arte de montar ou reproduzir animais para exibição. Como passatempo, Waterton gostava de criar as suas próprias criaturas por meio da fusão e mistura de partes de vários animais mortos. Em algumas ocasiões, ele chegou a misturar partes de vários animais, criando seus próprios bichos, como uma interpretação da sociedade ou do cenário político, assim como alguns artistas fazem por meio de pinturas ou ilustrações. Em 1821, depois que retornou de uma viagem à América do Sul, Waterton apresentou uma criatura humanoide que dizia ter encontrado na floresta amazônica. O problema é que ninguém conhecia a criatura e ela tinha uma grande semelhança com um oficial com quem o naturalista já havia tido problemas. Além do falso macaco, Waterton ficou conhecido por falsos ornitorrincos e outras criaturas montadas somente por sua diversão, ainda que ele nunca tivesse admitido isso oficialmente.

3 – Guerra dos trolls

Human Fertilization

Quem já navega por fóruns ou seções de comentários da internet sabe que as guerras de opiniões e polêmicas é frequente, podendo durar meses. Anos antes da invenção da internet, o cientista John Hill provocou a mesma situação na Real Sociedade de Londres. Mesmo depois de publicar várias pesquisas, Hill não conseguiu ser nomeado para o grupo de cientistas, então tomou uma controversa decisão: passou a publicar falsos textos sobre reuniões da Real Sociedade, dizendo que o grupo agora debatia questões como o brilho dos peixes, a presença de demônios em minas de carvão ou se espermatozoides deviam ser tratados como pequenos seres humanos. Depois dos falsos textos, Hill foi banido para sempre da possibilidade de se juntar à Sociedade. No fim, ele não conseguiu um espaço no grupo de renome, mas entrou para a história por suas provocações.

4 – Mensagens para guardas

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A maior conquista da carreira universitária de Richard Feynman foi ser convidado para participar do Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica. Quando foi convidado para o projeto, Feynman tinha uma namorada em outra cidade, com quem não podia se comunicar, graças às estritas regras do trabalho. Mesmo assim, o casal trocava cartas codificadas, o que acabou causando uma advertência ao jovem estudante. Como Feynman era um dos mais importantes participantes do projeto, não podia ser deixado de lado, o que fez com que ele continuasse trocando mensagens com a mulher, sempre com mensagens e códigos destinados aos superiores que iriam interceptar suas cartas. Sua habilidade com códigos e senhas era tão grande, que frequentemente ele acessava informações secretas e as deixava soltas pelos laboratórios, só para ver o desespero de seus colegas cientistas.

5 – Fora do Big Bang

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Em 1948, Ralph Alpher trabalhava em sua dissertação de doutorado que mais tarde veio a ser popular em todo o mundo: a teoria do Big Bang. O trabalho seria assinado por Alpher e pelo seu orientador, o professor George Gamow, até que um detalhe foi alterado. Gamow percebeu que poderia acrescentar um renomado físico como co-autor do trabalho para criar uma infame piada. Adicionando Hans Bethe, a publicação seria creditada a Alpher, Behte e Gamow (que se você ler em voz alta, se parece com as primeiras letras do alfabeto grego: alfa, beta e gama). Por causa disso, Alpher foi colocado ao lado de dois cientistas experientes e renomados, sendo praticamente deixado de lado ao longo da história.

Dá pra acreditar que cientistas sérios por trás de trabalhos de respeito fizeram essas coisas? Impressionante, não é mesmo? E qual dessas histórias você mais gostou? Responda na seção de comentários!

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