Muitos crimes acontecem todos os dias ao redor do mundo. Só no Brasil por exemplo, 56 mil assassinatos aconteceram em 2013. Nós já relatamos aqui na Fatos Desconhecidos alguns assassinatos misteriosos que nunca foram e nunca serão resolvidos. Agora, você confere alguns relatos de crimes que ocorreram ao redor do mundo e, tiveram reviravoltas impressionantes para que fossem resolvidos. Confira e se surpreenda com as histórias.

Assassinato descoberto após descobrir filho ilegítimo de homem morto

Na noite de 26 de novembro de 2010, a adolescente de 13 anos, Yara Gambirasio, desapareceu enquanto ia para casa em Brembate di Sopra, Itália. Seu corpo foi encontrado em um campo três meses depois. Ela havia sido esfaqueado várias vezes antes de morrer. Uma extensa investigação foi feita. Mais de 15.000 testes de DNA foram realizados em pessoas que moravam na região e comparados com amostras de DNA encontrados na cena do crime.

Um homem chamado Damiano Guerinoni apresentou DNA semelhante com o colhido na cena do crime. O único problema era que Guerinoni tinha morrido 11 anos antes do assassinato de Gambirasio. Por isso, vários testes de DNA foram realizados em membros de sua família, incluindo um de seus tios, Giuseppe Guerinoni.

Pelo DNA ser muito semelhante, tudo indicava que o assassino seria algum filho do falecido mas seus três filhos foram eliminados como suspeitos. Os investigadores logo descobriram que Guerinoni tinha fama de ser mulherengo e poderia ter sido pai de um filho ilegítimo com outra mulher.

Mais de 500 mulheres foram investigadas até se chegar à Ester Arzuffi. Ester havia sido casada com seu marido desde 1967 e teve três filhos com ele, incluindo um par de gêmeos. O marido de Arzuffi sempre assumiu que ele era o pai biológico dos gêmeos, mas o que ele não sabia era que ela tinha tido um caso com Giuseppe Guerinoni, e ambos os gêmeos eram seus filhos ilegítimos.

Assim, o teste DNA confirmou que um dos gêmeos, Massimo Giuseppe Bossetti, era o assassino de Yara Gambirasio. Ele foi acusado do assassinato em junho de 2014.

Condenado, absolvido e condenado novamente pelo mesmo crime

Em 12 de maio de 1985, Kathryn Eastburn, foi encontrada estuprada e morta à facadas em sua casa. Suas duas filhas, Kara, 5 anos  e Erin de 3 anos também foram brutalmente assassinadas. O único que foi poupado foi seu filho de 22 meses que quase morreu desidratado no berço.

Investigadores acharam um suspeito principal para o crime: Timothy Hennis. Poucos dias antes dos assassinatos, Hennis foi na residência de Eastburn para adotar seu cão e uma testemunha afirmou ter visto ele na vizinhança na noite do crime. Em 1986, Hennis foi considerado culpado de assassinato em primeiro grau e condenado à morte.

Devido as provas contra Hennis serem muito circunstanciais, muita polêmica cercou o veredito e seus advogados foram capazes de obter um novo julgamento três anos depois. Desta vez, Hennis foi absolvido e ele retomou sua carreira no Exército como sargento. Mas este não foi o fim da história.

Em 2007, o inquérito foi reaberto e testes de DNA foram realizados em amostras de sêmen da cena do crime. O DNA pertencia à Timothy Hennis. Em circunstâncias normais, Hennis não poderia ser acusado dos assassinatos novamente por causa das leis dupla penalização. No entanto, como Hennis foi convocado para o Exército, ele poderia ser julgado um tribunal militar. Em 2010, Hennis foi considerado culpado e foi condenado à morte. Atualmente, ele se está no corredor da morte em Fort Leavenworth.

Homem de 34 anos encontra-se em site de crianças desaparecidas

Marx Panamá Moriarty Barnes desapareceu junto com sua mãe, Charlotte Moriarty, quando saíram para passear em  Hau’ula, Hawaii. Pouco tempo depois de fugir com o filho, Charlotte Moriarty foi presa depois de invadir uma casa. Ela disse à polícia que seu nome era “Jane Amea” e que o nome de seu filho era Tenzin.

Charlotte foi internada em um hospital psiquiátrico, enquanto Marx foi enviado para viver em um orfanato. Quando Marx tinha três anos, ele foi adotado por Steve e Pat Carter, um casal de Nova Jersey que estavam no Havaí. Eles não tinham idéia de que Marx tinha sido raptado de seu pai.

Em 2011, Marx, já com 34 anos, viu uma notícia sobre Carlina White, um bebê sequestrado que foi reencontro pela sua mãe biológica depois de 23 anos. Marx começou a suspeitar de que ele pode ter sido sequestrado e começou a procurar em sites de crianças desaparecidas, bebês que se encaixem no seu perfil. Testes de DNA confirmaram que ele era o filho desaparecido, e Marx se reuniu com seu pai biológico.

Assassino esconde evidências do crime por 54 anos

Na noite de 3 de Dezembro de 1957, Maria Ridulph de apenas 7 anos de idade desapareceu enquanto brincava em sua vizinhança no condado de Sycamore, Illinois. Em 26 de abril de 1958 os restos mortais de Maria foram encontrados 160 quilômetros distante de sua casa.  Um dos únicos suspeitos era o vizinho de 17 anos de idade, John Tessier, que se parecia com o homem visto pela última vez com Maria.

No entanto, Tessier tinha viajado de trem para Rockford para se alistar na Força Aérea na noite do desaparecimento de Maria. Aparentemente ele tinha um álibi. Somente 54 anos após a morte que uma série notável de eventos ajudou a desvendar o assassinato de Maria Ridulph.

Em 1994, a mãe de Tessier morreu e supostamente, em seu leito de morte, o filho teria confessado ser o assassino de Maria. Devido ao fato de uma das irmãs de Tessier ter sido abusada ​​sexualmente por ele durante sua infância, ela convenceu a polícia a reabrir o caso. Nessa altura, Tessier havia mudado seu nome para Jack McCullough.

Quando uma das ex-namoradas de McCullough forneceu a polícia uma fotografia emoldurada dos dois juntos, o bilhete McCullough tinha recebido para sua viagem de trem para Rockford estava escondido dentro. Os investigadores ficaram chocados ao descobrir que o bilhete não tinha sido usado.

Isso significava que McCullough na verdade nunca deixou Sycamore naquela noite. Em 2011, McCullough foi finalmente acusado de assassinato de Maria Ridulph, e graças ao testemunho ocular do amigo de Maria, ele foi condenado e sentenciado à prisão perpétua.

Vidente revela verdadeiro assassino para polícia

Em dezembro de 1980, Melanie Uribe, uma mulher que vivia no condado de Burbank, na Califórnia, desapareceu. Dois dias depois, a polícia recebeu uma surpreendente assistência de uma vidente chamada Etta Smith. Smith afirmou que teve a visão do corpo de Uribe abandonado em uma área rural. Smith seguiu seus instintos e através deles, localizaram em um local chamado Lopez Canyon o corpo de Melanie. Ela havia sido estuprada e espancada até a morte.

A polícia desconfiou imediatamente da história e a acusou de seu envolvimento com o assassinato de Uribe. Smith foi interrogada na delegacia por 10 horas seguidas, mas recusou-se a admitir qualquer envolvimento. Embora Smith tivesse passado por dois exames de polígrafo, os detetives a acusaram como cúmplice de assassinato. Ela passou quatro dias presa.

No entanto, a polícia logo rastreou e prendeu os três homens que mataram Melanie Uribe. Eles determinaram que Smith não tinha conexão com os autores do crime, por isso ela foi finalmente libertada. Enquanto algumas pessoas permaneceram céticas sobre as supostas habilidades psíquicas de Etta Smith, ela foi capaz de mover uma ação judicial por danos morais contra a polícia. Em 1987, um juiz determinou que Smith tinha sido injustamente presa sem provas e concedeu-lhe 26.000 dólares de indenização.