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7 escritores que odiaram a versão para o cinema de seus livros

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Quem nunca leu um livro imaginando as vozes e aparências dos personagens e sonhando em como seria veraquela cena épica que está descrita ali? A leitura é algo tão mágico que impulsiona nossa mente a viajar e criar cenas sobre aquilo que lemos de uma forma tão vívida e particular que raramente algo vai conseguir representar fielmente.

Todos temos que entender que a linguagem literária é bem diferente da cinematográfica. Claro que as super produções que assistimos por aí nos fazem ter a impressão de que o cinema pode fazer tudo, mas é complicado adaptar cada mínimo pedaço de um livro e converter em cenas de um filme.

Nesse caso os autores das obras literárias simplesmente odiaram a adaptação cinematográfica. Confira:

A História sem Fim

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A História sem Fim é um livro de fantasia do escritor alemão Michael Ende, publicado pela primeira vez em 1979. Michael Ende sequer se considera o escritor da aventura que foi parar nos cinemas. Ele achou que a adaptação cinematográfica se distanciava tanto do seu livro, que tentou barrar a produção do filme ou pelo menos que mudassem o nome do longa. Quando não foi atendido, abriu um processo contra o estúdio, mas perdeu a causa. De qualquer maneira, ele já havia pedido a retirada do seu nome dos créditos de abertura (Ende só é creditado discretamente no final).

Mary Poppins

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Para a autora, P.L. Travers, a adaptação da Disney foi um verdadeiro pesadelo – o que, inclusive, foi assunto para um filme a respeito da conturbada relação da escritora com os estúdios, em ”Walt nos Bastidores de Mary Poppins”. Sim, ela aprovou o roteiro, mas o que foi filmado não era exatamente o que estava previsto no texto.

Travers odiou a alegria esfuziante da personagem na tela, já que o rigor da babá foi praticamente deixado de lado. Outra implicância tinha a ver com as sequências de animação, que ela simplesmente detestava. Resultado: Travers passou a maior parte da première chorando e jamais deixou Walt Disney tocar na história novamente.

A Fantástica Fábrica de Chocolate

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O escritor Roald Dahl classificou como “podre” (“crummy”) a versão cinematográfica de seu livro “A Fantástica Fábrica de Chocolate” para os cinemas em 1971. Quer saber o que ele achou da interpretação de Gene Wilder como Willy Wonka? “Pretensiosa” e “saltitante” foram as palavras que ele usou na época.

Laranja Mecânica

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O caso de Anthony Burgess vai um pouco além de desaprovar a versão cinematográfica de Laranja Mecânica. O autor passou a rejeitar o próprio texto que deu origem ao filme. “O livro pelo qual eu sou mais conhecido – talvez o único que conheçam, aliás – é um romance que eu estou preparado a repudiar: escrito há um quarto de século, ficou conhecido como a matéria prima para um filme que parece glorificar o sexo e a violência. O filme induziu os leitores à má interpretação da história, e essa confusão vai me perseguir até a morte. Eu não deveria ter escrito o livro por causa do perigo da interpretação errada”.

Um Estranho no Ninho

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Um Estranho no Ninho conquistou cinco Oscars: filme, diretor (Milos Forman), ator (Jack Nicholson), atriz (Louise Fletcher) e roteiro (Lawrence Hauben e Bo Goldman). Só não conquistou o autor do livro no qual o filme foi baseado. Ken Kesey estava inicialmente escalado para trabalhar na adaptação, mas abandonou o ninho depois de duas semanas e não concordava com a escalação de Jack Nicholson.

Ele ficou decepcionado também com a mudança do ponto de vista do personagem central. Assim, Kesey alegou nunca ter visto o filme. Mas sua esposa confessou, depois da morte do marido, que ele se orgulhava da história ter sido filmada – o que não quer dizer que aprovava.

O Iluminado

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Stephen King, sempre foi um crítico da versão cinematográfica de O Iluminado. Ele também não aprovou a atuação de Jack Nicholson. O autor queria que o protagonista não parecesse um maluco até chegar ao hotel mas, para ele, Nicholson incorpora o doido desde o início do filme.”O livro é quente, o filme é frio; o livro termina com fogo, e o filme, com gelo. No livro, existe um verdadeiro arco em que você vê este sujeito, Jack Torrance, tentando ser bom, mas que, pouco a pouco, vai se tornando maluco. E, quando assisti ao filme, Jack era louco desde a primeira cena”, afirma King.

Forest Gump

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O autor, Winston Groom, ficou irritado com a forma como Hollywood tratou a história, omitindo certas tramas e suavizando as cenas de sexo e a linguagem. O desabafo faz parte de uma treta que chegou à instância judicial. Groom processou os produtores do filme para garantir a quantia equivalente a 3% do lucro líquido com a receita do filme – o que estava previsto em seu contrato, mas os executivos alegavam que, descontados os custos de produção e com publicidade, o filme não havia dado lucro. Em retaliação, Groom não foi mencionado em nenhum dos seis discursos de agradecimento pelos vencedores do Oscar daquele ano. Nem mesmo Hanks, que recebeu um cachê de US$ 20 milhões.

 

 

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