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7 coisas que você não sabia sobre os anjos caídos

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É importante que nós entendamos que nossas percepções sobre anjos caídos estão intimamente ligadas aos escritores de ficção. Até porque anjos caídos continuam sendo… anjos. No entanto, com o tempo, começamos a associá-las com criaturas demoníacas horrendas. E o porquê disso? A resposta, de acordo com a National Geographic, tem a ver com Paradise Lost, de John Milton, e sua representação de Lúcifer.

Mas é mais complicado do que isso. Milton – que estava escrevendo no século 17 – aproveitou o que era essencialmente uma representação da cultura pop de um anjo caído e que não era descrito na Bíblia. Pensando nisso, vamos voltar um pouco às origens? Entender detalhes da narrativa que não tínhamos conhecimento? Conheça 7 coisas que você não sabia sobre os anjos caídos.

No século XIV, Dante descreveu Lúcifer como a criatura mais obscura do inferno e deu-lhe asas de morcego. A partir, começamos a criar uma imagem mental de como seria esse anjo caído.

Milton subiu a bordo um pouco mais tarde – quando Satanás havia se transformado de um adversário ativo. Ele descreveu os anjos caídos como imaginamos hoje, existentes em “Correntes Adamantinas e Fogo Penal”. Vamos à lista?

1- Queda

Os anjos caídos são basicamente criaturas que desistiram de seguir o caminho virtuoso. Por isso, se voltaram para o mal. Certo? Mas, em algumas religiões, existem mais detalhes sobre esse conceito de “queda dos anjos”.

De acordo com Whitney Hopler, do Centro para o Avanço do Bem-Estar da Universidade George Mason, as tradições judaica e cristã acreditam que os anjos caídos eram originalmente tão sagrados quanto os outros.

No entanto, caíram quando o mais belo de todos – Lúcifer – decidiu se rebelar e atraiu outros junto com ele. A rebelião e a derrota para Miguel os tornaram maus,. Muitos deles – cerca de um terço de todos os anjos – caíram com Lúcifer.

Nas tradições hindus, é um pouco diferente. Eles acreditam que o deus criador, Brahma, criou alguns seres angelicais bons e ruins. Por quê? Porque serve para ilustrar a ordem natural das coisas e equilibrar o universo.

2- Conhecimento sobre anjos caídos

Muito do nosso conhecimento sobre os anjos caídos vem do não canônico Livro de Enoque, que foi escrito por volta de 350 a.C. Segundo os manuscritos, Enoque foi levado para o céu e contou os segredos mais profundos do universo. Ele mostrou exatamente o que aconteceria durante o julgamento final da humanidade.

Enoque aparece em outros textos e, de acordo com a Biblioteca da Sociedade Gnóstica, há uma tonelada de histórias sobre isso. Ele viveu até os 365 anos de idade, eventualmente contando suas histórias para seu filho, Matusalém, que alcançou impressionantes 969 anos na Terra.

Estranhamente, embora as histórias de Enoque tenham sido influenciadas pela mitologia de lugares como a Babilônia, o único lugar em que todos os 100 capítulos do livro sobreviveram foi a Etiópia. Entre esses capítulos, havia uma explicação fascinante dos anjos caídos.

3- Destruição dos anjos segundo o livro de Enoque

De acordo com a Biblioteca da Sociedade Gnóstica, o Livro de Enoque conta a história de anjos que são destruídos pela luxúria. Antes do Dilúvio, anjos e humanos se encontravam e se misturavam muito comumente. O inevitável acontecia: filhos. Essas crianças eram herdeiros e herdeiras de 200 anjos, ressignificados em uma raça de gigantes.

Os anjos começaram a ensinar aos seus descendentes caminhos malignos. Deus não apenas os aprisionou, mas os sujeitou ao julgamento e enviou o dilúvio para recomeçar a história. Enoque tentou falar em nome dos anjos e seus filhos gigantes, mas muitos dos textos são incompletos.

4- A desobediência por meio do amor

A teoria desenvolvida pelos pensadores da Idade Média diz que os anjos caíram não porque odiavam a Deus. Eles, na verdade, amavam Lúcifer imensuravelmente.

Deus era em, grande parte, uma figura ausente e distante. Em vez de se condenarem a lutar pela aceitação de um pai inacessível, talvez tenham seguido o irmão rumo ao declínio terrestre.

5- Os primeiros deles

De acordo com o Livro de Enoque, os primeiros anjos caídos foram responsáveis por influenciar a humanidade no caminho do pecado. Asbeel deu o mais maligno dos conselhos aos “santos filhos de Deus” e apresentou-os às maravilhas – e ao pior dos males – que acompanhavam as mulheres.

Kasdeja foi quem trouxe o conhecimento da humanidade sobre espíritos e demônios, e quem lhes mostrou “as feridas do embrião no útero”. A criação de uma raça de gigantes (meio-anjos, meio humanos) teria sido obra de um anjo em particular: Shernihaza.

Foi ele quem levou ao aprisionamento final dos caídos e ao fim do mundo com o Dilúvio. O Livro dos Gigantes conta a história de alguns de seus filhos – como Ohya e Hahya. Mas, infelizmente, muito do manuscrito foi perdido.

6- Gadreel

Gadreel foi responsável por muitos problemas. Ele é o único creditado por seduzir Eva com o fruto proibido. Também é aquele que deu à humanidade “todas as armas da morte”, juntamente com escudos e armaduras.

Isso é completamente diferente do que a imagem que muitos têm sobre o que aconteceu no Jardim do Éden. Afinal, é um ato de tentação que geralmente é creditado ao Satanás sob a forma de uma cobra.

Mas, de acordo com a Sociedade de Arqueologia Bíblica, isso não estava na mente de ninguém quando foi escrito. Ainda mais porque não havia conceito do diabo como pensamos hoje.

7- Como eles eram antes?

Os anjos caídos pareciam praticamente iguais aos seus homólogos mais sagrados. Segundo a Biblioteca Britânica, esta imagem começou a se transformar em algo muito mais grotesco na Idade Média.

Eles foram projetados para serem criaturas malignas de uma forma tradicionalmente angelical. Ainda assim, os anjos caídos mantiveram a capacidade de disfarçar sua verdadeira forma e isso é extremamente assustador.

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