Mundo Animal

7 criaturas vivas que patenteamos ou tentamos patentear

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Para quem está por fora do assunto, o objetivo de uma patente é proteger um produto criado por alguém contra pessoas que possam colocá-los no mercado por um preço bem abaixo do que tal produto realmente vale. É como se fosse ter uma maneira de provar que a invenção é sua, evitando cópias e que você não ganhe dinheiro com sua própria invenção.

Já houve algumas vezes onde pessoas conseguiram ou mesmo tentaram patentear seres vivos, mas será que patentar seres vivos é algo correto? Para algumas pessoas sim, para outras não, na verdade isso é um debate que já existe há anos. Então, caros amigos, concordando ou não, confiram agora a nossa matéria com as 7 criaturas vivas que patenteamos ou tentamos patentear:

1 – OncoMouse

O OncoMouse é o primeiro animal patenteado do mundo. Ele foi criado por pesquisadores da Universidade de Harvard para estudar a formação e o tratamento do câncer em seres humanos. Ao contrário de um rato normal, o OncoMouse foi infectado permanentemente com o vírus do tumor mamário do rato. Isso faz o OncoMouse suscetível ao desenvolvimento de tumores cancerosos.

Em abril de 1988, a Universidade de Harvard recebeu uma patente do animal, que foi classificada como “Mamífero não humano transgênico”. A patente gerou algumas controvérsias entre os ativistas dos direitos dos animais, que questionaram a moralidade em patentear uma criatura viva, já os pesquisadores consideraram essa uma proteção legal como um ato de privatizar ratos de laboratório. Antes disso, as organizações de pesquisa haviam compartilhado livremente ratos de laboratórios mutantes entre si.

2 – Uma nova espécie de bactéria Pseudomonas

Uma nova espécie de bactéria Pseudomonas, que se alimenta de óleo, foi a primeira criatura geneticamente modificada já patenteada. Em uma única espécie foi inserido o DNA de quatro espécies de bactérias. Antes da modificação, as quatro espécies eram necessárias para limpar o derramamento de óleo, pois cada uma delas consumia uma parte diferente do óleo. Porém, em vez de limpar o óleo, as espécies competiam e deixavam o trabalho indevidamente feito.

O cientista Ananda Mohan Chakrabarty e sua equipe, colocaram fim a essa competição com suas bactérias geneticamente modificadas que consumiriam óleo sem problema algum. Chakrabarty solicitou uma patente para sua “invenção”, o que gerou uma batalha na justiça que acabou chegando ao Supremo Tribunal dos EUA.

O debate não se tratava apenas em patentear a bactérias, mas sim de patentear qualquer criatura viva, uma vez que o sucesso da aplicação de Chakrabarty seria uma aprovação indireta para pesquisadores que desejassem patentear outros organismos geneticamente modificados. Chakrabarty obteve uma patente em 1981 depois que seus advogados argumentaram que a Constituição dos EUA permitia patentear qualquer processo original, o que inspirou a patente para o OncoMouse alguns anos depois.

3 – Coelhos

Biochemical and Pharmacological Laboratories, Inc. tem uma patente de um coelho. Não é um coelho geneticamente modificado, mas um coelho normal, cujos olhos foram deliberadamente danificados com uma solução de açúcar ou sal e permanentemente abertos para fins de pesquisa e lucro.

O dano faz com que o coelho tenha sintomas semelhantes ao “olho seco”, que geralmente leva a uma falta de lágrimas, e em seguida, ao dano epitelial da córnea em seres humanos. Os coelhos seriam usados para pesquisar tratamentos para essa condição. A patente também se aplica para outros animais que foram danificados com a mesma técnica, como galinhas, por exemplo.

4 – Ovelha Dolly

A ovelha Dolly é o primeiro mamífero do mundo produzido pela clonagem. Em vez de ter sido “produzido” por um ovo fertilizado, se material de DNA foi retirado de outra ovelha. Isso fez de Dolly um clone perfeito, pois as duas ovelhas tinham a mesma composição genética. Dolly foi clonada em 1996 e viveu uma vida normal até ser sacrificada em 2003.

Os pesquisadores do Instituto Roslin que fizeram a clonagem tentaram patentear Dolly, sua prole e o processo de clonagem. Alguns diziam que Dolly e os outros animais não podiam ser patenteados porque continham o mesmo material genético que os animais que foram clonados, mas o Instituto Roslin da Universidade de Edimburgo foi autorizado a patentear o processo utilizado na clonagem de Dolly.

5 – Beagles

Mais de 75 mil cães são utilizados em experiências nos EUA a cada ano. Os beagles são usados na maioria das vezes devido ao tamanho portátil e comportamento submisso. Na virada do século, a Universidade do Texas inventou uma maneira de dar aos beagles uma infecção pulmonar que os mataria, e o pedido de patente subsequente abrangia qualquer animal em que o método fosse utilizado.

O US Patent and Trademark Office (USPTO) inicialmente concedeu a patente, mas eles a retiraram para revisão em 2004, depois que o American Anti-Vivisection Society e o Center for Technology Assessment contestaram sua legalidade no tribunal. A Universidade do Texas terminou a saga deixando os pedidos de patente de lado antes que a USPTO chegasse a uma conclusão.

6 – GloFish

O GloFish é o primeiro animal de estimação geneticamente modificado do mundo. É um peixe zebra patenteado que brilha sob luz ultravioleta. Quando visto sob luzes regulares, parece com qualquer peixe zebra normal. Inicialmente, esse peixe não foi feito como um animal de estimação, mas como uma espécie de instrumento biológico para detectar poluição da água. O primeiro GloFish foi feito por cientistas que queriam peixes que brilhavam sempre que a água estava poluída.

Idealmente, os peixes geneticamente modificados se tornam estéreis, de modo que não podem se reproduzir se escaparem para a natureza. De todo jeito eles não poderiam se reproduzir, já que seu “fabricante”, a Yorktown Technologies, afirma que o peixe não podem sobreviver as águas frias dos EUA.

7 – Porcos

Em 2005, a empresa de biotecnologia agrícola Monsanto, atraiu a ira do público quando tentou patentear um porco que tinha supostamente criado. A patente também se aplicava à prole do porco e as técnicas de reprodução associadas. Foi aí que, digamos assim, o tempo fechou para a Monsanto. Primeiro, a Monsanto nem tinha criado ou modificado geneticamente nenhum porco. Tudo o que eles haviam criado era um kit de teste que os agricultores podiam usar para identificar um gene que estava presente em porcos. Uma vez detectado, os porcos com os genes seriam emparelhados para produzir leitões. Isso definitivamente não era uma invenção, mas sim uma seleção natural.

E aí, já sabiam de todos esses casos de patentes? Comentem!

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