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7 detetives com histórias melhores que a de Sherlock Holmes

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Ora ora, se não é um Sherlock Holmes por aqui. A expressão muito vista em memes nas redes sociais é usada quando alguém faz constatações óbvias sobre determinado tema. É uma referência direta ao personagem fictício da literatura britânica, criado pelo escritor Arthur Conan Doyle. Sherlock Holmes é um investigador do final do século XIX, considerado o melhor detetive de todos os tempos no mundo da ficção.

Mas, e na vida real, quem são os verdadeiros detetives com histórias verídicas, às vezes tão surpreendentes quanto as retratadas nos livros e telas de cinema? A realidade, por vezes, pode ser mais estranha do que a ficção. No entanto, são poucos os reais investigadores que conseguem tamanha fama de personagens fictícios, como Hercule Poirot e Sam Spade.

Como existem muitos detetives com carreiras fascinantes que merecem ser mencionadas, hoje listamos aqui 7 deles para você conhecer um pouco mais sobre o trabalho de investigação na vida real.

1 – Charlie Siringo, o detetive cowboy

Charlie Siringo, nasceu em 1855 no Condado de Matagorda, no Texas e viveu duas décadas da sua vida como detetive da agência de investigação e segurança particular de Pinkerton. Durante esse período, ele se especializou em trabalhar disfarçado e participou de alguns dos casos mais notórios da agência.

Em toda a sua longa e variada carreira, ele investigou ladrões, assassinos, tentativas de assassinato e sindicatos do Alasca ao México. Ele ficou mais conhecido por seu trabalho durante a greve trabalhista de Coeur d’Alene, em 1892, em que ele se infiltrou entre os mineiros para enviar informações sigilosas aos donos das minas.

Posteriormente, Siringo começou a perseguir Wild Bunch, do Butch Cassidy, depois do assalto ao trem Wilcox, em 1899. Essa investigação lhe custou 4 anos de trabalho e mais de 25.000 milhas viajadas, o que o ajudou a capturar alguns dos membros mais implacáveis do grupo, como Kid Curry.

2 – Dave Toschi

Conhecido por seu estilo único, Davi Toschi, um notável detetive de São Francisco, gostava de usar laços em seus ternos xadrez, que se tornou a sua marca. Ele foi uma inspiração para os policiais dos anos 1960 e 1970, quando ele participou da investigação sobre o assassino do zodíaco.

Ele se juntou ao Departamento de Polícia de São Francisco em 1953, depois de servir na Guerra da Coreia. Ele entrou na busca pelo serial killer em 1969, logo após o assassinato de Paul Stine, a única vítima conhecida do criminoso em São Francisco. Toschi ficou obcecado pelo caso, tendo visitado a cena do crime inúmeras vezes durante anos em busca de alguma pista ignorada e que poderia revelar a identidade do notório assassino.

Toschi também participou de investigações menos famosas que o assassino do zodíaco. Ele ajudou a resolver uma série de assassinatos de cunho racial no início dos anos 1970, por um grupo chamado de “Anjos da Morte”, que fizeram, pelo menos 15 vítimas.

3 – Kate Warne

Após ficar viúva aos 23 anos de idade, Kate Warne precisava de um emprego. Em 1856, ela entrou no escritório da Agência de Detetives Pinkerton para falar com o próprio Allan Pinkerton, o proprietário da agência. Ele ficou espantado ao descobrir que Kate não estava ali pelo cargo de detetive anunciado no jornal.

Por ser uma mulher, Pinkerton não a queria na função, mas Kate o convenceu de que ela poderia obter informações de maneiras que os homens não poderiam, além de que, por ser mulher, ela poderia se infiltrar facilmente em outros ambientes, fazer amizade com esposas de suspeitos, e até mesmo convencer os próprios homens a se vangloriar de suas ações. Ela conseguiu o cargo, e se tornou a primeira detetive feminina.

Kate foi bastante reconhecida por seu trabalho na investigação do Baltimore Plot, uma suposta conspiração para assassinar o então presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln.

4 – Jerome Caminada

Pelo fato de Sherlock Holmes ser o detetive mais famoso da ficção, existem debates sobre quem serviu de inspiração para o personagem icônico. Na vida real, havia alguns investigadores que se assemelhavam muito com o Sherlock dos livros, e que passaram a ser vistos como inspirações. Jerome Caminada foi um deles. Ele trabalhou como detetive em Manchester, e ganhou fama nacional em meados dos anos de 1880. Por usar disfarces durantes as investigações, ele também empregava uma rede de informações não oficiais, parecidas aos métodos irregulares usados por Holmes.

Seu caso mais conhecido foi em 1889, quando ele solucionou o caso chamado de “O mistério do táxi de Manchester”. John Fletcher era um empresário, e chamou um táxi com o qual saiu com um jovem não identificado. Uma hora depois, o motorista encontrou Fletcher morto e o jovem misterioso havia ido embora. Usando pistas, dedução e alguns conhecimentos do submundo do crime, Caminada identificou o assassino, Charlie Parton, de 18 anos.

Após se aposentar da força policial em 1899, ele passou a trabalhar como detetive consultor e participou de casos em todo o país.

5 – Chang Apana

O detetive de Honolulu, Chang Apana, serviu de inspiração para o personagem de ficção asiática, Charlie Chan. Ele nasceu em Waipio, no Havaí, mas voltou para a China quando tinha apenas três anos de idade. E 7 anos depois, quando tinha 10 anos, ele voltou para o seu país de origem. Em 1898, ele entrou para a força policial e se tornou detetive em 1916. Diferentemente dos outros investigadores da época, que carregavam uma arma para proteção, Chang usava um chicote, o qual ele aprendeu a usar enquanto trabalhava como caubói havaiano antes de se torna policial.

Ele trabalhou principalmente em Chinatown, onde participou de diversas investigações envolvendo casos de contrabando e jogos de azar. Por ser poliglota, ele desenvolveu uma rede de informantes inacessíveis aos outros policias do seu distrito.

6 – John P. St, John

John P. St. John foi um dos mais renomados oficiais da história americana. Durante 51 anos da sua vida, ele serviu ao Departamento de Polícia de Los Angeles, sendo que em 43 deles, ele desempenhou a função de detetive de homicídios. No seu currículo, ele conta com cerca de 1.500 casos de assassinatos, dos quais ele solucionou 1.000. Ao se aposentar, em 1993, ele recebeu da sua força o privilégio de carregar o distintivo número 1.

Um dos seus primeiros casos continua sendo um dos mais notórios crimes não resolvidos da América. Trata-se do assassinato de Elizabeth Short. Ele investigou casos de serial killers como Harvey Glatman, o “Perseguidor da Noite”, Richard Ramirez, e o Grim Sleeper. Em 1982, ele teve a honra de se tornar o segundo ganhador da Medalha de Serviço Distinto, por sua investigação de oito anos que levou a captura de William Bonin, um dos assassinos da Freeway.

7- William J. Burns

Vários detetives da vida real foram comparados com o personagem criado por Arthur Conan Doyle, mas somente William J. Burns foi mencionado como “Sherlock Holmes da América”, inclusive pelo próprio Doyle.

William iniciou sua carreira como assistente de um detetive particular, até se tornar um agente do Serviço Secreto. Pelo seu desempenho na função, ele decidiu seguir carreira solo, e fundou a Agência Internacional de Detetives William J. Burns. Sua agência investigou o bombardeio do prédio do Los Angeles Times em 1910, no qual 21 pessoas morreram, e também outros dois casos de terrorismo doméstico. Ele também investigou o Wall Street Bombing, entre outros eventos notórios. Com casos importantes e algumas conexões, William veio a se tornar diretor do Bureau of Investigation (BOI), o precursor do FBI, entre 1921 e 1924.

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