História

7 piores incidentes envolvendo produtos químicos

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Muitos produtos químicos podem causar graves problemas ao corpo humano. Os mais perigosos costumam ser chamados de agentes nervosos. São substâncias químicas altamente venenosas que impedem o bom funcionamento do sistema nervoso de seres vivos.

Alguns dos produtos químicos mais perigosos são o Sarin, Tabun, VX e Soman. Os itens citados anteriormente agem de maneira semelhante. Eles superestimulam o sistema nervoso, fazendo com que seus músculos se contraiam incontrolavelmente. Isso inclusive pode levar à morte.

Estes não são produtos químicos fáceis de se fazer. Não precisa pensar que uma pessoa em um laboratório improvisado conseguiria confeccionar estes produtos químicos letais.

Essas drogas são feitas em laboratórios industriais. Felizmente, isso também as torna rastreáveis, o que pode funcionar a favor da polícia. Somente os EUA e a Rússia admitiram ter agentes nervosos, embora outros países sejam suspeitos de ter estoques destes produtos químicos mortais.

A seguir você vai acompanhar alguns casos terríveis de incidentes envolvendo agentes nervosos.

1 – Matança de ovelhas no Vale das Caveiras (EUA)

Uma instalação militar em Utah, chamada Dugway Proving Ground, foi usada para testes de agentes nervosos. Eles usaram o agente VX em uma área de pastoreio de ovelhas. Os animais agonizaram terrivelmente por dias.

Muitos fazendeiros sacrificaram os animais, para evitar que eles continuassem sofrendo. Cerca de 6000 ovelhas morreram. Este incidente com a arma química vazou na mídia. O caso fez com que o presidente Nixon começasse uma campanha para banir armas biológicas e químicas.

2 – Experimento de Porton Down (Inglaterra)

Uma instalação usada para experimentos com armas químicas também foi alvo de polêmica na Inglaterra. O local em Wiltshire fazia experimentos com inúmeros agentes nervosos. Em 1953, Ronald Maddison, um soldado de 20 anos, foi ao local pensando que faria parte de um experimento para a cura da gripe comum.

Ronald Maddison foi enviado para uma câmara com um respirador onde aplicaram 200 miligramas de sarin em sua pele. Ele sofreu com os graves efeitos do agente químico e morreu. Somente em 2004 que a família de Ronald Maddison finalmente recebeu uma indenização por sua morte.

3 – O acidente no Programa de Pesquisa Russa

Andrei Zheleznyakov era um cientista soviético especializado em armas químicas. Além disso, ele é a verdadeira prova de que sobreviver à exposição a um agente nervoso pode ser pior que a morte.

Em 1987, ele estava trabalhando em um instituto de pesquisa para produzir o agente nervoso Novichok. Certa manhã, um dos dutos de ventilação apresentou problemas e ele foi exposto a uma pequena quantidade de Novichok-5.

Ele recuperou-se após semanas em coma e vários meses aprendendo a andar novamente. Meses depois o cientista desenvolveu hepatite tóxica, epilepsia e incapacidade de se concentrar. Em 1993, ele teve uma convulsão cerebral fatal enquanto jantava.

4 – A morte de um banqueiro russo e de sua secretária

Ainda há muitos mistério sobre as mortes do presidente de um banco russo, Ivan Kivelidi, e sua secretária, Zara Ismailova. Um crítico ávido da máfia local, Kivelidi fez muitos inimigos.

Depois de suas mortes, foi declarado que o vice-presidente do banco havia comprado veneno e usado para matar as duas pessoas. Acredita-se que esse veneno tenha sido uma substância parecida com o agente nervoso Novichok.

Uma bola de algodão foi usada para esfregar uma quantidade minúscula do agente nervoso letal sob uma tampa de borracha no bocal do telefone de Kivelidi. Duas horas depois de chegar ao trabalho, ele apresentou sintomas de um ataque cardíaco. Ele sofreu uma falha catastrófica de órgãos, entrou em coma e morreu três dias depois. No dia seguinte, sua secretária foi internada no hospital com sintomas semelhantes e também morreu. Não se sabe se há envolvimento da máfia neste caso.

5 – Assassinato no Aeroporto de Kuala Lumpur (Malásia)

Um caso terrível onde foi usado o agente nervoso VX aconteceu no Aeroporto de Kuala Lumpur e resultou na morte de Kim Jong Nam, o meio-irmão mais velho do líder norte-coreano Kim Jong Un.

Kim Jong Nam era o ovelha negra da família e morava fora da Coreia do Norte. Para evitar problemas, ele viajava com um nome falso. Em 13 de fevereiro de 2017, duas mulheres se aproximaram de Kim Jong Nam e jogaram no seu rosto o produto químico.

Kim morreu 20 minutos após o ataque. As mulheres que o assassinaram alegaram que pensaram que estavam participando de uma pegadinha para a TV. Após investigações, descobriu-se a Coreia do Norte estava envolvida. Ironicamente, Kim Jong Nam estava carregando um antídoto para o agente nervoso VX em sua mala no dia do assassinato.

6 – Envenenamento em Amesbury (Inglaterra)

A cidade de Amesbury tem apenas 11.000 habitantes. Entretanto, ela virou manchete global após dois de seus cidadãos serem envenenados. O agente nervoso usado foi o Novichok.

Tudo aconteceu em 30 de junho de 2018. Dawn Sturgess e seu parceiro, Charlie Rowley, foram levados para o hospital após passarem mal em casa. O casal era conhecido por serem viciados em drogas. Inicialmente acreditou-se que eles acabaram tendo uma overdose.

Uma das teorias mais aceitas é que o assassino do russo Sergei Skripal descartou a garrafa com o agente nervoso em um lugar qualquer e, pelo infeliz força do destino, Dawn Sturgess ou Charley Rowley a pegaram.

7 – Ataque com Sarin no Metrô de Tóquio (Japão)

O culto Aum Shinrikyo orquestrou um ataque mortal nas casas de três juízes da região de Matsumoto em 1994. O líder do culto, Shoko Asahara, estava irritado com a decisão desfavorável que teve nos tribunais.

Pensando em vingança, ele decidiu testar a eficácia do Sarin. Ele queria envenenar o tribunal, mas quando viu o local fechado, optou por envenenar a vizinhança onde os juízes moravam.

Oito pessoas morreram e centenas ficaram feridas com o ataque. Isso sem contar os animais mortos na região afetada. Um ano depois, o objetivo mudou.

O culto decidiu atacar o metrô de Tóquio. Doze pessoas morreram e milhares ficaram doentes devido aos efeitos catastróficos do agente nervoso. Shoko Asahara e seis outras pessoas foram executados 23 anos depois, em 6 de julho de 2018.

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