Não é porque os lugares são remotos ou pouco conhecidos que não sejam cheios de surpresas e mistérios. Inclusive é até mais provável que em lugares menos conhecidos existam mais coisas do que o olho vê.
Mordidas por insetos radioativos e explosões de grandes colisores são umas das maneiras que conhecemos de obtermos mutações genéticas muito fora do normal. Mas não é todo dia que você esbarra em uma aranha especial ou que uma explosão te atinge e te dá poderes. Em alguns lugares do mundo, mutações genéticas raras são comuns. Podem não ser super poderes mas são características únicas daquele povo.
1 – Resistência à malária
A mutação responsável por aumentar a resistência à malária não é das melhores. Tudo porque é em si trata-se de uma doença mortal, a anemia falciforme. Contudo é possível driblar a doença sem necessariamente ter os sintomas da anemia falciforme. Para que isso se concretize é necessário que somente o pai ou a mãe tenha a anemia, de modo que o filho porte as células anormais, o que dificulta o vírus da malária se fixar nelas. Esse traço de células falciformes é maior nas regiões do mundo onde a doença é difundida. No Brasil é mais comum na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
2 – Sem frio
Os inuits e outros povos que vivem em regiões frias se adaptam melhor às temperaturas mais frias. E isso não é somente por se acostumarem a vida toda com o frio. Povos de lugares frios possuem uma maior taxa metabólica e conseguem conservar mais o calor do corpo. Essas pessoas possuem mais glândulas sudoríparas no corpo, aquelas que nos fazem suar, com maior concentração no rosto. Os inuits podem manter a temperatura do seu corpo mais alta do que qualquer outro grupo identificado na pesquisa. Assim como a Elza de Frozen, para eles “o frio não vai mesmo incomodar”.
3 – Quase sem ar
Assim como os inuits que desenvolveram “super poderes” contra o frio, os tibetanos desenvolveram para a raridade do ar. Como eles vivem em um altitude maior que 4 mil metros eles estão acostumados com o ar 40% menor do que o nível do mar. Com o tempo a compensação veio com maiores peitorais que faz com que suas caixas pulmonares armazem mais ar a cada respiração.
4 – Cabeça boa
O povo Fore de Papua na Nova Guiné sofreu por volta do século XX a epidemia de Kuru. Ela era resultado do canibalismo praticado por esse povo em rituais antropofágicos. Nos rituais eles comiam seus ancestrais que tinham passado dessa para a melhor, e principalmente o cérebro. Mas depois de várias gerações perdidas por conta do Kuru aqueles do povo Fore que sobreviveram tiveram uma variação no gene chamado G127V que os fez imune à doenças cerebrais. Então hoje o gene é difundido entre a população.
5 – Olhar de sereia
Que alguns animais enxergam melhor dentro da água do que fora é obvio para todos nós. E nós, humanos, tendemos a enxergar melhor fora d’água. Mas isso não acontece com um povo chamado de Moken. Eles tem a capacidade de ver claramente dentro da água em até 22 metros de profundidade. É como se fossem quase sereios. Esse povo vive em barcos e palafitas durante oito meses do ano,e vivem praticamente do que o mar os oferece. Sem nenhum equipamento sofisticado, as crianças moken mergulham para pegar mariscos, pepinos do mar e outros alimentos. Com a tarefa repetitiva seus olhos podem mudar de forma para que a luz se refrata de maneira melhor dentro da água.
6 – Ossos densos
Conforme vamos envelhecendo nossos ossos vão ficando mais finos e mais suscetíveis à doenças. Mas isso não acontece com todos. Os afrikaner, sul africanos com origem holandesa, tem um gene que faz exatamente o inverso, o gene SOST. Ao invés de perder massa óssea eles ganham ao longo da vida, deixando seus ossos mais densos para toda vida.
7 – Batata frita todo dia
Ouvimos dizer sempre pra cuidarmos do nosso colesterol. Para não comer tanta fritura, para ter cuidado para não entupirmos nossas veias. Bom, nem todos precisam desse cuidado. Existem pessoas que nasceram com uma mutação genética e não tem cópias funcionais do gene conhecido como PCSK9. Ou seja, essas pessoas tem 90% menos chances de desenvolver doenças cardíacas. O gene foi encontrado em alguns afro-americanos.