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7 provas que The Hobbit poderia ter sido muito melhor com Del Toro

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O que Peter Jackson fez com a adaptação cinematográfica da trilogia O Senhor dos Anéis é algo estudado até hoje. O cineasta realizou um trabalho memorável com pouco orçamento. Sua obra conseguiu tanto reconhecimento que foi bastante premiada pela Academia de Artes e Ciência Cinematográficas, com um total de 17 Oscars. Prêmios que vieram quando o evento não olhava tanto para filmes de fantasia. Dessa forma, foi apenas uma questão de tempo até o estúdio começar a pensar na adaptação de O Hobbit.

Por volta de 2008 foi anunciado a produção de dois filmes baseados na obra de J. R. R. Tolkien. No entanto, desta vez Jackson ficaria apenas na parte de produção executiva. O projeto, agora, seria comandado por Guillermo del Toro, um cineasta excêntrico que já tinha experiência de sobra no gênero. Entretanto, dois anos mais tarde del Toro comunicou sua saída do projeto alegando demora no início da produção. No final das contas, foi Peter Jackson que voltou a assumir o comando da Terra-Média. Entre controvérsias, O Hobbit veio e fez o que foi planejado: muito dinheiro. Mesmo assim, vários elementos foram alterados de um projeto ao outro. Listamos algumas dessas diferenças a seguir.

1 – Locações reais e efeitos práticos seriam mais usados

Senhor dos Anéis foi gravado no início dos anos 2000. Difícil imaginar mas, na época, os efeitos especiais não eram tão bons como hoje. Por isso, Peter Jackson trabalhou arduamente para oferecer o melhor a sua obra. Tanto que foi a partir desse trabalho que a WETA Digital foi criada. O problema é que, entre As Duas Torres e O Retorno do Rei, o diretor se deixou levar bastante pela computação gráfica. De qualquer forma, quando foi para gravar O Hobbit, a tecnologia já havia se desenvolvido bastante. Praticamente todo o filme foi gravado em fundo verde e contou com poucos cenários reais. Uma parte que, de acordo com os planos iniciais de del Toro, seria diferente. Ele queria filmar em locações reais e construir boa parte das criaturas do filme, em vez de usar CGI.

2 – O foco nos anões seria maior

Embora Bilbo e Thorin tenham recebido alguma interação ao longo da trilogia, não houve construção o suficiente para servir um épico de quase nove horas de duração. A ideia de Guillermo del Toro era realmente desenvolver o relacionamento desses personagens. O diretor pretendia também dar mais personalidade aos treze anões, fazendo com que o espectador não tivesse dificuldade de distinguir cada um deles. Até porque a participação de todos seria de grande relevância para a história.

3 – Nada de 3D

Originalmente, O Hobbit não foi projetado para rodar em 3D. Mas no meio do caminho tivemos Avatar e tudo mudou. O filme de James Cameron inovou o mercado da terceira dimensão usando novos tipos de tecnologia. Mas Cameron realmente pensou em tudo antes de seguir com sua obra. Por outro lado, Jackson e sua ambição não conseguiram deixar passar a oportunidade de (tentar) fazer algo diferente. Dessa forma, ele não apenas aderiu ao 3D como também rodou o filme a 48fps (48 quadros por segundo, sendo o dobro do padrão). O único resultado que ele alcançou foi o preço de ingressos mais caros para o público.

4 – Guillermo del Toro se preparou dois anos para assumir o filme

Guillermo del Toro mergulhou de corpo e alma no projeto. O cineasta passou dois anos imergido em cada detalhe da Terra-Média. Ele consumiu o material base e diversas outras obras tolkienianas. Assim como desenvolveu planos, roteiros e montou várias estratégias. Foram dois anos de pré-produção com cada detalhe elaborado com muita atenção e carinho. Infelizmente, todo o esforço acabou dando em nada.

5 – Todo o elenco original reapareceria

De fato, Peter Jackson levou com ele alguns personagens-chave de Senhor dos Anéis para O Hobbit. Saruman, Galadriel e Legolas não aparecem no livro, mas estão no filme. Foi uma decisão feita mais para agradar aos fãs. Deu certo, porém del Toro iria ainda mais longe. O diretor tinha planos para todo o elenco original aparecer novamente no filme. Ele confirmou isso em entrevista e chegou a comentar que só reconsideraria caso a disposição ou a saúde de algum deles fosse um obstáculo.

6 – O tom seria bem diferente

Embora ambas as história se passem no mesmo cenário, a Terra-Média, O Senhor dos Anéis e O Hobbit (os livros) são duas obras bem diferentes uma da outra. Enquanto a primeira possui uma atmosfera ameaçadora, de perigo constante e, por vezes, inquietante, a segunda é mais leve. O Hobbit possui um tom mais infantil, uma aventura com aspectos quase familiares. Como Jackson tinha vindo de três filmes mais pesados, ele manteve os mesmos elementos em O Hobbit. Como del Toro havia feito a lição de casa, sua ideia era contar a jornada de Bilbo mais próxima a um conto de fadas. Uma aventura de descobertas e amadurecimento. E como bem sabemos, não há ninguém melhor para tal tarefa que o mexicano.

7 – A Batalha dos Cinco Exércitos seria mais parecida com os livros

Uma das grandes birras dos fãs dos livros de Tolkien foi o prolongamento desnecessário dos filmes. A história de O Hobbit é curta, simples e rápida, de modo que um filme só daria conta do recado. No entanto, Peter Jackson quis transformá-la na mesma jornada épica que Senhor dos Anéis foi. Algo totalmente dispensável. Os planos de Guillermo del Toro se aproximavam mais do livro. Nele, a grandiosa batalha que vemos em tela por mais de uma hora dura cerca de três páginas. A verdade é que não há grande lutas. A aventura de Bilbo é muito diferente da missão de Frodo. Assim como os tempos na Terra-Média também eram outros.

Peter Jackson é um dos maiores fãs de Tolkien e Senhor dos Anéis é uma prova disso. Entretanto, ele precisava tirar férias maiores da Terra-Média antes de voltar para ela. Seja como for, para o estúdio o objetivo foi cumprido. O que acha das ideias de Guillermo del Toro? Acredita que os filmes ficariam melhores com ele? Ou estão bons desse jeito mesmo? Compartilhe sua opinião com a gente.

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