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7 vilões da Disney que funcionaram melhor em live-action

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No decorrer de nossa existência desenvolvemos uma relação de amor e ódio com vilões. Alguns deles são completamente detestáveis, outros tem motivações plausíveis por trás de seus feitos com os quais acabamos nos identificando. Isso torna difícil definir um sentimento específico capaz de generalizar todos os antagonistas. Falando em vilões, a Disney é uma grande formadora de opiniões nesse tópico. Afinal, a companhia vem influenciando gerações de forma efetiva desde a década de 30. Entre Branca de Neve e os Sete Anões (1937) e Tarzan (1999), tivemos o melhor período para a consolidação dos clássicos vilões da Disney.

Agora, após a virada do século e reinvenção das tecnologias hollywoodianas, vemos várias narrativas serem recontadas sob uma perspectiva mais moderna. Os remakes da Disney tem dado o que falar e apesar de tudo, uma vez ou outra eles acabam acertando. Pensando nisso, selecionamos 7 vezes em que os vilões da Disney funcionaram surpreendentemente melhor em sua versão live-action.

7 – Efalante

Ao contrário de outros nomes dessa lista, o Efalante não teve uma participação ativa no longa. Portanto, essa é praticamente uma menção honrosa. Todavia, não deixa de ser significativa. Enquanto a versão animada do Efalante foi apenas uma desculpa para a Disney investir no experimentalismo psicodélico, a representação do antagonista em Christopher Robin (2018) foi um tanto mais intimidadora. Para aqueles que estão meio perdidos, Efalantes e Dinonhas são misteriosas criaturas que assombram o imaginário dos habitantes do Bosque dos Cem Acres. O Ursinho Pooh vive com medo de que esses seres roubem seu mel.

Assim como as principais características dos personagens dessa narrativa, esse é só um eufemismo utilizado para transmitir o real significado por trás da ameaça. Se por um lado, a adoração de Pooh por mel corresponde a compulsão alimentar, os Efalantes simbolizam o medo de fracasso. Quando o uso de pelúcia retorna ao Bosque com Christopher Robin é construída uma atmosfera assustadora. Em seguida o Efalante tenta afogar Pooh e mesmo se tratando de uma fantasia, obteve sucesso em deixar o público angustiado.

6 – Iago

Assim como já falamos por aqui, os remakes da Disney se tratam basicamente de atualizações. Pensando nisso, embora não tenha sido um sucesso perante as críticas, um dos maiores acertos de Aladdin (2019) foi Iago. O papagaio dublado por Alan Turdyk foi levado de pet à lacaio. O pássaro em sua versão animada era apenas um ajudante atrapalhado, totalmente o contrário do Iago no live-action. Vimos o tagarela ganhar mais destaque e se tornar extremamente ameaçador após ser encantado por Jafar. Nesse caso, o papagaio da Disney realmente merece todos os biscoitos.

5 – Lady Tremaine

Lady Tremaine é mais conhecida como A Madrasta Malvada. Essa personagem é a principal antagonista da Cinderela. O grande diferencial dessa vilã é, ao contrário dos outros, procurar destruir a protagonista de forma subjetiva, utilizando jogos psicológicos. Tremaine é frequentemente considerada a mais detestável entre o ranking de vilões da Disney. Isso porque sua característica fria, calculista e cruel são totalmente apontadas para a enteada sem nenhum motivo aparente, além da inveja.

No live-action de Cinderela (2015), Madame Tremaine foi interpretada por Cate Blanchett de forma magistral. A atriz foi altamente elogiada por adicionar níveis de profundidade à personagem. Blanchett afirmou que seu objetivo era explorar o que torna alguém cruel. De acordo com a atriz ninguém é puramente má, todos tem uma motivação. Dessa forma, a antagonista desenvolvida por Blanchett ganhou uma releitura onde seu nível de perversidade ganhou um contexto, ampliando nossa perspectiva sobre Tremaine.

4 – Shere Khan

Sem dúvidas a versão original do terrível tigre responsável por perseguir o garoto órfão foi incrível. Todavia, isso não quer dizer que não pudesse ser melhorada. Foi exatamente isso que aconteceu quando Idris Elba deu voz à Shere Khan em Mogli: O Menino Lobo (2016). Enquanto George Sanders descreveu o personagem como calmo e dono de um sangue frio, Elba adicionou à ele uma maldade selvagem, tanto no sentido figurado quanto no literal. A versão posterior do tigre possuía um caráter mais profunda que seu antecessor animado. Assim como Tremaine acima, suas ações ganharam um propósito e assim seu ódio pelo homem se tornou compreensível.

3 – Cruella de Vil

Na D23 fomos agraciados com uma imagem inédita de Emma Stone caracterizada como a vilanesca Cruella Cruel. Contudo, o filme da vilã só chegará aos cinemas em maio de 2021. Felizmente isso não é um problema já que temos uma excelente representante da Senhorita De Vil nessa lista, Gleen Close. A personagem interpretada por Close em 101 Dálmatas (1996) nos deu tudo que o que poeríamos pedir de um vilão da Disney. Por isso essa é uma referência perfeita do que esperamos de uma adaptação live-action.

Além de ser escandalosamente divertida, Cruella foi retratada de forma impecavelmente desequilibrada e assustadora. Na adaptação moderna, a vilã se tornou uma excêntrica estilista, tornando sua obsessão por peles ainda mais crível. Assim como Blanchett, Close obviamente se inspirou na versão original de Cruella, porém não se limitou a isso, se sentindo confortável para adicionar quantas características fossem necessárias para que o público pudesse ver o melhor pior lado possível de De Vil.

2 -Rainha Vermelha

Quando falamos de Alice no País das Maravilhas é impossível não imaginar na ambientação mais excêntrica da Disney. A animação contava com um cenário totalmente alucinante, e ninguém além de Tim Burton conseguiria fazer jus à isso. Graças a perspectiva única do diretor o live-action de 2010 foi um sucesso. Foi a partir dele que a Casa do Mickey Mouse resolveu investir mais nos remakes de seus clássicos. Então se hoje estamos aqui, assistindo um Rei Leão de ultima geração, é graças à obra de Burton.

Obviamente o mérito não é exclusivamente dele. Nada disso seria possível se não fosse pela equipe técnica e pelo elenco. Diante dos nomes dos atores, um se destacou suficientemente bem para aparecer por aqui: Helena Bonham Carter. A atriz conseguiu absorver toda a peculiaridade da Rainha de Copas do desenho e transmiti-la em sua Rainha Vermelha, com uma pitada a mais de sadismo. Em conjunto com o desempenho de Bonham Carter existe o impecável figurino e escolhas de design, que tornaram a vilã adoravelmente insuportável.

1 – Malévola

Ora ora, levando em consideração que Malévola (2014), foi o primeiro live-action da Disney a contar a narrativa diretamente da perspectiva da vilã, não é surpresa ver esse título aqui. Esse filme foi responsável por proporcionar ao público o que sempre buscamos em uma narrativa, identificação. Ao contrário da maioria das obras onde existe um notável conflito entre o bem e o mal, Malévola distorce totalmente qualquer conceito maniqueísta previsível. Apesar de ser a vítima da história, a fada sombria não é retratada assim, o que conquista ainda mais a admiração da audiência.

Após ser enganada, traída, violada e condenada, a personagem interpretada de forma sublime por Angelina Jolie subverteu todas as nossas expectativas ao se mostrar passível de bondade. Isso é totalmente oposto ao que vemos na animação, onde Malévola é representada como a encarnação do mais puro mal. Sem dúvidas esse foi o melhor trabalho de adaptação da Disney. Pois ao invés de simplesmente recontar a história de uma forma mais moderna, o estúdio conseguiu apresentar algo totalmente inesperado e incrivelmente encantador.

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