A Fatos Desconhecidos resolveu trazer um assunto muito sério para os nossos leitores hoje. Vocês já ouviram falar em ‘ponto do marido’? Imaginem uma mãe que acabou de dar a luz por parto normal e escuta o médico dizendo algo como: “vou dar mais um ponto do marido para ficar mais apertado”. Dar ponto depois do parto é normal, porém, esse tal ‘ponto do marido’ não.
A ginecologista e obstetra Flávia Maciel Aguiar, coordenadora do grupo Geração Mãe, de Ribeirão Preto, explica que “o ponto do marido é um ponto que se faz ao término da sutura de uma episiotomia, onde se ‘aperta’ a entrada da vagina, com o intuito de torná-la mais estreita, teoricamente aumentando a satisfação sexual do marido.”
Bom, a gente explica para vocês por que essa prática é tão polêmica.
O polêmico ‘ponto do marido’
Durante um parto normal, existe um procedimento muito realizado em hospitais que se chama episiotomia. Esse procedimento consiste em um corte no períneo, o que muitos médicos dizem que facilita na saída do bebê, mas isso nunca foi provado.
Depois é preciso fechar a episiotomia, certo? E é aí que chega a hora do ‘ponto do marido’. Em muitos casos, além de fechar o corte, as equipes médicas dão um ponto a mais, mas sem necessidade. O nome ‘ponto do marido’ faz referência ao fato de que muitos médicos se acham no direito de fazer um ponto a mais no períneo da mulher para deixar a entrada do canal vaginal mais apertado. O objetivo? Fazer com que o homem sinta mais prazer a hora das relações sexuais.
O que pouca gente sabe é que isso é ilegal e configura como uma grave tipo de violência obstétrica. Esse procedimento pode comprometer a autonomia da mulher sobre seu própria corpo. Essa prática faz o bem estar de uma mulher correr risco (já que a prática resulta em dores no pós operatório e dores durante as relações sexuais) tudo em nome da satisfação masculina. O mais absurdo é que em muitos casos essa prática é feita sem a autorização da mulher.
Muitas mulheres já relataram ter perdido para sempre o prazer sexual, outras se posicionam favoravelmente à prática. Mas e você, qual a sua opinião sobre o assunto? Não esqueça de comentar aqui embaixo.
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