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Como Rei Leão foi produzido?

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Logo que chegou aos cinemas, o remake de O Rei Leão dividiu opiniões. Todavia, existia um consenso, o filme era indubitavelmente um espetáculo visual. O engraçado é que, muito antes de sua estreia, já havia grande interesse em saber como Jon Favreau e sua equipe fariam para produzir algo próximo a um live-action sem usar leões de verdade. Assim como Mogli: O Menino Lobo, dirigido por Favreau, em 2016, era sabido que utilizariam tecnologia digital para criar os bichos. Entretanto, mesmo apresentando animais em suas narrativas, as duas produções são muito diferentes. Rei Leão é, até o momento, o longa mais caro da Disney. A maior parte do orçamento de 260 milhões de dólares foi gasta na pós-produção. O processo, longo e meticuloso, dos efeitos visuais apresentados combinou captura de movimento, realidade virtual e escala aumentada. Basicamente, novas tecnologias foram desenvolvidas para que esse projeto se tornasse possível.

O jornalista Germain Lussier, do Gizmodo, compartilhou sua experiência ao visitar o “set” de Rei Leão, em 2017. Lussier explica que a palavra set deve ser usada entre aspas pois, na verdade, não existem sets nesse caso. Todo o processo de desenvolvimento aconteceu dentro de um único edifício. História, design, etapas de edição, efeitos visuais e som, assim como noventa por cento do filme, foram realizados dentro de um prédio onde aproximadamente 150 pessoas trabalharam incansavelmente. Sem contar que outros estúdios de efeitos visuais também colaboraram no processo.

Embora seja fácil de imaginar as salas de conferência com fotos na parede, computadores gigantes para a edição e outros equipamentos comuns em estúdios, o processo de filmagem foi o que realmente chamou atenção.

O processo de filmagem

As gravações aconteciam em um enorme espaço vazio e industrial, com equipamentos tecnológicos espalhados por todos os lados. Monitores de 120 polegadas, câmeras customizadas, fios, cadeiras, computadores e, o mais importante, capacetes de realidade virtual montavam o set, que se encontrava em um mundo virtual. Para adentrar o ambiente digital, a equipe colocava os capacetes VR ou assistia pelos monitores.

Instantaneamente transportados para a savana africana, a terra de Simba, eles começavam a trabalhar na narrativa. Em termos leigos, isso só é possível devido a um software que basicamente elabora um videogame que te permite criar um filme. Pelo menos foi assim que Ben Grossman, o supervisor responsável pela produção virtual, descreveu o processo. O elemento mais intrigante no filme é que, tirando uma cena específica, nada foi filmado no mundo físico. Imerso virtualmente na fauna e flora do continente africano, Favreau criava detalhadamente seu longa. Assim como no photoshop, tudo era modificável.

Quando James Cameron aperfeiçoou a captura de movimento e o CGI em Avatar, foi uma revolução para a indústria cinematográfica. Muitos filmes, que conhecemos hoje em dia, não seriam possíveis sem a tecnologia da computadorização gráfica. Sendo assim, é garantido que, junto com o remake de Rei Leão, o cinema entra em uma nova era.

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