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7 vilões da História que nunca pagaram na justiça por seus crimes

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Em um determinado momento da História, Martin Luther King Jr. proclamou a famosa frase: “O arco do universo moral é longo, mas inclina-se para a justiça”. A sentença de Luther King Jr. pode ser breve, mas transcreve claramente o fato de que tiranos, ditadores e criminosos, geralmente, não são punidos por seus crimes.

Sim, infelizmente, essa é uma das frustrantes realidades que temos que aceitar. Para mostrar que Luther King Jr. não estava errado, e que ainda temos que seguir digerindo certas situações, que são impostas pela vida, selecionamos, aqui, as 7 figuras mais notórias da história, que nunca enfrentaram a justiça cara a cara. Confira.

1 – Michele Bennett

Juntamente com o marido, o implacável ditador haitiano, Jean-Claude Duvalier, Bennett teve uma vida de luxo. A cerimônia de casamento do casal, por exemplo, foi paga com o dinheiro dos haitianos. Além do matrimônio, outras regalias também eram bancadas pelos próprios cidadãos. Cansados de pagarem impostos exorbitantes, e cansados de observarem os tributos sendo utilizados para manter a luxuosa vida do casal, a população se rebelou. O casal, então, teve que pedir exílio aos Estados Unidos, em 1986.

O casal se divorciou em 1993. O ditador retornou ao Haiti, em 2011, onde foi imediatamente preso. O julgamento de Jean-Claude Duvalier, no entanto, nunca ocorreu. Foi adiado até o dia de sua morte, em outubro de 2014. Atualmente, Bennett reside no sul da França. Acredita-se que Bennett nunca será processada, mesmo com evidências de que o dinheiro tenha sido extorquido. Justiça, oi?

2 – Ieng Sary e Ieng Thirith

Após a queda do Khmer Vermelho, inúmeros oficiais cambojanos de alto escalão se esconderam em enclaves remotos, em meio à selva. Ali, os oficiais eram protegidos por guerrilheiros leais. O cenário mudou em 2007, quando a justiça condenou os oficiais cambojanos, por crimes contra a humanidade.

Entre as importante figuras, estavam Ieng Sary, que fora ministro das Relações Exteriores de Pol Pot, ditador cambojano, e sua esposa, Ieng Thirith, ministra de assuntos sociais do regime. Infelizmente, Ieng Sary, de 87 anos, morreu durante seu julgamento. Como estava com Alzheimer avançado, Ieng Thirith nem participou de seu julgamento.

3 – Alvaro Saravia

O padre Oscar Romero, arcebispo de San Salvador, foi morto em março de 1980. Enquanto presidia a missa, foi baleado por um agente do governo. Em seu velório, esquadrões da morte do governo assassinaram 42 pessoas. Quem mandou matar Romero foi Roberto D’Aubuisson, um político e ex-oficial do exército, que comandava os esquadrões da morte. Devido a uma cláusula de anistia, incluída em um acordo de paz, D’Aubuisson se livrou das acusações.

D’Aubuisson, entretanto, não organizou a morte do padre sozinho. O político e ex-oficial do exército recebeu a ajuda de Alvaro Saravia, que mudou-se para os Estados Unidos, para não ser julgado. Viveu na Califórnia entregando pizzas. Em 2003, um juiz californiano ordenou que Saravia pagasse US$ 10 milhões, aos parentes de Romero. Como resposta, Saravia fugiu, pela segunda vez, e seu paradeiro ainda permanece desconhecido.

4 – Hannibal Kadafi

Hannibal Kadafi cometeu diversos crimes durante o governo de seu pai, Muammar Gaddafi, que, até então, era o ditador da Líbia. A única vez em que ele recebeu uma punição por seu comportamento foi em 2008, quando ele e sua esposa foram detidos na Suíça, por terem agredido funcionários próximos.

Quando forças revolucionárias finalmente derrubaram o regime de Gaddafi, Hannibal Kadafi fugiu, junto com outros membros de sua família para a Argélia. Kadafi e sua esposa, atualmente, moram em Omã, onde receberam asilo político. E, por viverem ali, não precisarão enfrentar a justiça tão cedo.

5 – Dick Cheney

Durante o governo George W. Bush, Cheney foi o principal defensor do programa de interrogatório, aprimorado da CIA. Embora Cheney não tenha aderido ao termo “tortura” em suas técnicas de interrogatório, outros políticos americanos, desde o presidente Barack Obama ao senador republicano John McCain, foram mais sinceros.

O debate sobre o tema se acalmou com a eleição de Obama, pois o mesmo encerrou o programa quando assumiu o cargo, em 2009. No entanto, a controvérsia foi brevemente reacendida, em dezembro de 2014, quando o Senado dos EUA publicou seu relatório, sobre as práticas da CIA durante a era Bush. Segundo o relatório, “as técnicas eram brutais”.

Atualmente, acredita-se que Cheney, ou qualquer outra pessoa envolvida no programa de tortura, jamais irá a julgamento. E a gente achando que a justiça falha só no Brasil, hein?

6 – Anwar Congo

Sob o governo brutal de Suharto, Congo liderou um grupo paramilitar, que massacrou milhares de pessoas que faziam parte de um expurgo anticomunista. Acredita-se que Congo foi responsável pela morte de pelo menos 500.000 pessoas, em todo o país. Suharto renunciou ao cargo em 1998 e morreu 10 anos depois. Ainda hoje, Congo anda pelas ruas.

7 – Zine El Abidine Ben Ali

O presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, é um dos ditadores mais famosos do mundo. Durante seu governo, a Tunísia foi rotineiramente classificada como um dos piores países, em relação aos direitos humanos e à liberdade de imprensa. Em dezembro de 2010, devido às atitudes do presidente, protestos explodiram em todo país.

Em janeiro de 2011, Ben Ali declarou estado de emergência. Na esperança de acalmar a situação, o ditador informou que uma eleição seria realizada dentro de seis meses. Mas já era tarde demais. Percebendo que seus dias no poder estavam contados, Ben Ali fugiu. Sua presença foi recusada pela França. O ditador, então, foi para a Arábia Saudita, onde reside até hoje.

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