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A verdadeira história de João e Maria é bem mais macabra do que você imagina

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Entre os vários contos infantis, alguns sempre são mais lembrados do que outros. João e Maria , com certeza, é um deles. Publicada pela primeira vez em 1812, de autoria dos Irmãos Grimm, a história dos dois irmãos ultrapassa gerações. Todo mundo conhece essa história, onde um menino e uma menina são abandonados na floresta pelo próprio pai e a madrasta porque eles não tinham condições de sustentar a todos. Enquanto procuravam o caminho de volta, as crianças acabam sendo capturadas por uma bruxa que queria “assá-los”.

Felizmente, os dois conseguem escapar da bruxa má, e reencontram o seu pai, que havia se separado da mulher. Então, eles voltam para casa felizes e com o dinheiro encontrado na casa da bruxa. Essa é a história mais popular do conto, que é destinado ao público infantil. Mas a versão original dessa história é muito mais sombria e macabra, e definitivamente, não era destinada a crianças.

História original

Para começar, o conto original não tinha o nome de “João e Maria”, esse título também foi uma adaptação, e o nome real era “As Crianças Perdidas”. A história se passa na Idade Média, e bem longe de ser um conto infantil, é uma representação real das dificuldades enfrentadas naquela época devido à falta de comida. Naquele tempo, era muito comum que pais matassem os próprios filhos ou os abandonassem, por não terem condições de sustentar a todos.

Nem João e nem Maria, na verdade, os nomes dos irmãos eram Jean e Jeanette, e assim como o conto infantil, os dois foram largados na floresta, pelos pais. Como forma de encontrar o caminho de volta, os dois subiram em uma árvore e avistam dois telhados, um branco e outro vermelho.

Então, Jean e Jeanette decidem ir rumo a casa de telhado vermelho. Chegando lá, eles encontram uma doce e gentil senhora que afirmava ser a dona da casa e ofereceu abrigo as crianças. Mas ela tinha uma condição: que os dois não fizessem barulho, porque o seu marido os atacaria, caso descobrissem a presença deles.

Mas a verdade é que o tal marido era um demônio, e logo, sentiu o cheiro dos novos hóspedes. Ele então acabou aprisionando os irmãos, para que fossem devorados. Jean seria o primeiro, e por estar muito magro, recebia mais comida para que se tornasse apetitoso ao demônio.

Final feliz

Dias depois, o demônio fez alguns testes para ver se o garoto já estava pronto. Então Jeanette conseguiu ajudar o irmão a enganá-lo. Os dois usaram um rabo de rato, para disfarçar como o dedo do menino, dando a entender que estava muito magro ainda. E eles conseguiram isso duas vezes, até serem descobertos. Sabendo que tinha sido enganado, o demônio decidiu que faria uma guilhotina para cortar a cabeça do menino.

Após saber disso, as crianças chamaram a gentil senhora, que os havia recepcionado, e a enganaram. As duas crianças cortaram a cabeça da idosa, e fugiram com a carroça do demônio cheia de ouro e prata. A figura demoníaca ficou enfurecida ao saber da fuga dos irmãos e foi atrás deles.

Uma lavadeira, que morava na região, percebeu a situação e decidiu ajudar os irmãos. Ela conseguiu enganar o demônio, fingindo ajudá-lo a passar pelo rio, mas acabou puxando a ponte improvisada fazendo com que ele caísse no rio e morresse. Depois disso, Jean e Jeanette conseguiram encontrar o caminho de volta para casa. E com toda a fortuna roubada do demônio, eles viveram felizes para sempre.

As duas histórias tiveram um final feliz, mas o desenrolar da original, com certeza, foi bem mais sombrio e macabro.

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