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Aluna da rede pública cearense passa em duas universidades dos EUA

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Um sonho virou real em uma residência de Passaré, bairro de Fortaleza. Na capital cearense, a estudante de 19 anos, Aisha Paz, conseguiu a tão sonhada aprovação em duas universidades dos Estados Unidos. Com isso, a aluna da rede pública do Ceará seguirá com seus estudos sobre saúde feminina.

A partir de setembro, ela vai morar fora do Brasil. Durante essa mudança, a aluna vai precisar arcar com altos custos para começar a viver em solo estadunidense. Por isso, Aisha está usando a internet para pedir doações que lhe permitam iniciar essa nova jornada.

Fonte: Arquivo pessoal

Uma dor de cabeça boa…

Basicamente, a cearense precisou fazer uma escolha muito difícil: Dartmouth College ou Wellesley College. Isso porque ambas as instituições querem que ela estude nelas. No entanto, a aluna escolheu a segunda opção.

As razões para a decisão passam por vários aspectos, mas um dos principais é o fato da Wellesley College ser um centro de ensino com foco em capacitar mulheres. Ao G1, ela explicou bem essa situação: “Por vir de uma família de mulheres fortes, escolhi estudar em Wellesley College, uma universidade feminina que fica no estado de Massachussets”. A propósito, vale destacar que esse centro de formação hospedou a graduação da ex-senadora Hillary Clinton. 

Além disso, a aluna destaca que na opção escolhida terá acesso aos melhores laboratórios do mundo, junto com professores de renome mundial. “Espero que com os recursos da faculdade eu possa continuar transformando realidades”, projeta ela.

Fonte: Governo do Ceará / Divulgação

Essas mudanças positivas prometem surgir conforme a cearense aprofunda seus estudos em Ciências Biológicas. De acordo com a aluna, seu foco é desenvolver soluções para a saúde da mulher, em especial no que se refere à endocrinologia reprodutiva feminina.

“Pretendo desenvolver soluções de baixo custo para diagnóstico e tratamento precoce de doenças como a endometriose, para que possamos alcançar as comunidades mais carentes. Quero me tornar uma especialista em saúde pública feminina e poder propor políticas públicas efetivas para as meninas e mulheres do Brasil”.

Ponte Passaré-Wellesley

Desde criança, a jovem do bairro de Passaré entende que os estudos são capazes de dar novos rumos à sua vida. Além disso, ela sempre teve consigo que o saber é uma forte arma para mudar a realidade de outras mulheres. Afinal, a aluna foi criada em uma casa em que morava ela, sua mãe, sua avó e sua tia.

Quando tinha apenas cinco anos, a cearense se lançou em estudos adicionais àqueles exigidos pela sua escola da rede pública. Para isso, ela tinha o auxílio de sua tia, que era professora e levava livros para dentro da casa da família. Sendo assim, ela teve a chance de entrar em contato com a língua inglesa e, de forma gradual, aprender o idioma. “Como eu ficava bastante tempo sozinha eu brincava de ler”, relata Aisha.

Conforme a cearense adentrava no Ensino Médio, seus estudos se aprofundavam ainda mais, passando a ter também uma vazão social a eles. Logo, ela foi peça importante em uma série de projetos sociais com origens dentro do ambiente escolar.

Fonte: Pixabay

Nesse sentido, uma das iniciativas de destaque foi a campanha “Cadê o Modes”. Em resumo, esse projeto buscava ajudar na criação de políticas públicas para que mulheres tivessem acesso a absorventes.

Como resultado dessas lutas da aluna, em 2020 ela recebeu uma notícia muito boa. O Estado do Ceará havia lhe escolhido para participar do Programa Jovens Embaixadores, uma empreitada do Departamento de Estado dos EUA que recruta estudantes para ficarem três semanas em solo estadunidense.

“Foi uma experiência transformadora, visitei as faculdades, descobri sobre as bolsas. Eram coisas diferentes, que valorizavam o aluno pelo que ele é e não só por notas. Voltei de lá com essa necessidade de ajudar as pessoas”, conta Aisha sobre esse período de sua vida.

Uma campanha pela educação! 

A partir desse contato, a estudante teve ainda mais certeza de que queria fazer sua graduação fora do país. Agora, ela atingiu esse objetivo e ainda por cima terá uma bolsa integral para se aprimorar sem pensar em mensalidades.

No entanto, há alguns custos que a Wellesley College não cobre: passagens aéreas, testes de Covid-19, taxas dos vistos entre outras despesas típicas de uma mudança para outro país.

Por isso, a aluna deixou um PIX disponível para quem quiser ajudá-la nesse processo tão importante em sua vida. A chave é de e-mail: [email protected].

Fonte: G1

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