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Aluna de escola de BH vai à Justiça para ter direito de jogar futebol

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A maioria das crianças sonha, ou já sonhou, em ser jogador de futebol. Isso porque, além do futebol ser considerado o esporte mais famoso do planeta, a ideia de fazer fama e ganhar fortuna fazendo o que gosta é muito tentadora. Fora que, hoje em dia, os jogadores figuram entres as celebridades.

Outro fato é que, entre todos os esportes praticados no mundo, o futebol com certeza se destaca entre os mais adorados pelas pessoas. No entanto, a paixão pelo esporte não parece ser o bastante para poder jogar.

Pelo menos, esse foi o caso de Emanuelle Oliveira, de 10 anos. A menina teve que entrar na justiça para poder disputar o campeonato de futebol do Colégio Santa Rita de Cássia, no Barreiro, em Belo Horizonte. Essa competição começa nesse sábado e, felizmente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu uma liminar para que a menina possa jogar.

Caso

G1

A mãe da menina, Daniele Alves de Oliveira Martins, acionou a Justiça depois de tentar várias vezes para que sua filha fosse incluída nos times de futebol. Todas as vezes a escola dizia que não tinha condições de formar uma equipe feminina, e que por isso que Emanuelle não participaria.

“A escola chegou a dizer que tinha que perguntar aos meninos se concordariam sair do time para uma menina jogar”, contou a mãe.

Por conta disso, a mãe organizou um ato na festa junina da escola para mostrar toda sua insatisfação com a decisão tomada pela escola. Durante o evento, Daniele teve o apoio de outras mães que a ajudaram levantando cartazes dizendo que as meninas também gostam de jogar futebol.

No entanto, mesmo com esse protesto, o colégio insistiu em impedir que Emanuelle entrasse para o time. Por conta disso a mãe da menina resolveu ir na Justiça para resolver o caso.

Decisão

G1

O juiz Rodrigo Ribeiro Lorezon destacou em sua decisão a “importância do incentivo ao esporte e à cultura”, além de também ressaltar que o “simples fato de não ter uma equipe feminina” não poderia ser motivo suficiente para que a menina não pudesse jogar no campeonato.

Depois da decisão dada, caso a escola não a cumpra ela poderá ser multada em 20 mil reais.

Segundo Daniele, sua filha treina junto com os meninos desde que tinha cinco anos de idade e que um time misto não seria problema. “Ela quer jogar futebol, eu apoio ela porque é uma atividade física. Sempre jogou com os meninos e nunca teve problemas”, pontuou a mãe.

Podendo participar do campeonato, Emanuelle está se preparando para a sua estreia. A menina ganhou chuteiras novas para combinar com o uniforme. E essa vitória não foi só de Emanuelle. A mãe da menina sente que foi uma vitória para todas as garotas.

“Fiquei muito feliz. Ganhar essa causa é o primeiro passo para as meninas que virão. É muito importante ter essa luta com gostinho de vitória”, disse ela.

Jogar

futebol

Foot hub

Mesmo com a decisão do juiz Rodrigo Ribeiro Lorezon, a escola onde Emanuelle estuda informou em nota que “não tem ciência de qualquer determinação judicial sobre o assunto”.

“A competição do colégio é organizada, para os esportes de quadra, em equipes femininas e masculinas e as categorias de competição entram de acordo com o desenvolvimento de habilidades físicas e domínio dos fundamentos respectivos do esporte”, disse a instituição.

Mesmo com todos os percalços, é esperado que Emanuelle possa jogar e mostrar todo seu amor pelo esporte, além de mostrar que meninas jogam futebol. E dentro do futebol brasileiro, não faltam exemplos de personalidades notáveis no esporte feminino, como por exemplo, a jogadora Marta, que tem vários recordes na modalidade, além de ter sido eleita como a melhor jogadora do planeta em seis ocasiões diferentes.

Fonte: G1

Imagens: G1, Foot hub

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