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Pipoca de micro-ondas pode causar Alzheimer?

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As doenças que afetam o cérebro são vistas como algumas das mais preocupantes que as pessoas podem ter. Dentre esses problemas, está o mal de Alzheimer, uma enfermidade incurável, que vai ficando mais grave com o tempo.

Quem é acometido por este mal sofre com demência ou perda de algumas funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem. Isso porque as células do cérebro começam a morrer. O diagnóstico do Alzheimer, em seus primeiros estágios, pode ajudar a retardar o avanço da condição, mas nem sempre isso é possível.

Até porque, ainda não se sabe muito bem o que causa o Alzheimer. No entanto, de acordo com um novo estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP), consumir pipoca de micro-ondas de forma excessiva pode ser um causador do mal de Alzheimer.

Estudo

VIX

No estudo, os cientistas identificaram moléculas relacionadas com a doença no cérebro dos ratos que tinham sido alimentados com diacetil, um composto orgânico responsável por proporcionar o aroma e o sabor da pipoca de micro-ondas.

Segundo os pesquisadores, o diacetil tem uma tendência para causar danos ao cérebro. Tanto é que, das 48 proteínas cerebrais que foram avaliadas depois dos animais terem sido expostos ao produto, 46 delas tiveram algum tipo de desregulação ou modificação em sua estrutura. Isso foi visto justamente por conta do consumo prolongado.

“Durante as análises, identificamos o aumento da concentração de proteínas beta-amiloides, que normalmente são encontradas em pacientes com Alzheimer. Além disso, outras alterações proteicas verificadas no cérebro dos ratos também podem estar relacionadas ao surgimento de demência e câncer”, disseram os pesquisadores.

Para que fosse possível fazer essa análise, os pesquisadores usaram um espectrômetro de massas, que consegue fazer uma leitura e gerar mapas de calor dos órgãos, formando uma impressão digital dos cérebros, além de um cromatógrafo, que mostra se essas proteínas sofreram alterações.

Alzheimer

Meio norte

No estudo foram usados 12 ratos, divididos em dois grupos. O primeiro foi exposto ao diacetil e o segundo não. asim, não é somente na pipoca que o diacetil pode ser encontrado. Esse composto também é visto nos cafés, cervejas, chocolates, leites e iogurtes.

Além disso, não é apenas o mal de Alzheimer que se relaciona com ele. Estudos anteriores o relacionaram com riscos de problemas pulmonares, como por exemplo, a bronquite.

O próximo passo dos pesquisadores é aumentar o número de animais a serem analisados. Eles também irão alertar os funcionários das fábricas de pipoca de micro-ondas para o risco de Alzheimer, já que eles têm um contato ainda maior com o diacetil do que quem apenas consome o produto.

Risco

Medicina SA

Como o Alzheimer é uma doença bastante preocupante, conseguir identificá-la o mais cedo possível seria o ideal. Justamente por isso que cientistas da Suécia conseguiram desenvolver uma ferramenta simples e confiável que pode diagnosticar a doença de Alzheimer logo em seus estágios iniciais. O protótipo feito por eles analisa os resultados de um único exame de sangue e três exames cognitivos. Isso leva 10 minutos para ser feito.

Somente com essas informações, o novo algoritmo conseguiu prever com 90% de certeza quais os pacientes que tinham um comportamento cognitivo leve e desenvolveriam Alzheimer em quatro anos.

Se comparado com os diagnósticos médicos atuais, essa nova forma é uma grande melhoria. Nos primeiros testes do protótipo, os especialistas, que usam o histórico médico da pessoa e varreduras cerebrais para conseguirem fazer o seu diagnóstico, tiveram um desempenho bem pior do que a nova ferramenta.

Examinando 340 pacientes, na Suécia, e 543, na América do Norte, que tinham problemas leves de memória, os especialistas estavam certos em seus diagnósticos em 72% das vezes. Enquanto isso, o novo algoritmo foi 83% preciso na previsão do começo do Alzheimer.

“O algoritmo nos permitirá recrutar pessoas com Alzheimer em um estágio inicial, que é quando novos medicamentos têm uma chance melhor de retardar o curso da doença. Atualmente, ele só foi testado em pacientes que foram examinados em clínicas de memória. Nossa esperança é que ele também seja validado para uso na atenção primária à saúde, bem como em países em desenvolvimento com recursos limitados”, concluiu o autor principal do estudo Sebastian Palmqvist, da Lund University.

Fonte: Canaltech, Science Alert

Imagens: VIX, Meio norte, Medicina SA

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