Curiosidades

Angela Maxwell: A mulher que deu a volta ao mundo andando

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A americana Angela Maxwell embarcou em 2013 em uma jornada desafiadora: ela decidiu dar a volta ao mundo andando. No entanto, uma caminhada sozinha desse tamanho não era o planejamento dela. Maxwell decidiu entrar nessa aventura nove meses após descobrir em seu curso de artes que um homem teria feito essa caminhada ao redor do globo.

Quando decidiu dar a volta ao mundo Angela tinha aproximadamente 30 anos, um negócio que considerava de sucesso e um relacionamento sério.

“Achava que estava feliz”, contou ela à BBC, “mas fazendo uma retrospectiva, percebi que estava à procura de algo mais… de uma conexão mais profunda com a natureza e as pessoas — vivendo com menos e me conectando com o mundo ao meu redor.”

Para ela, a melhor forma de descobrir foi caminhando.

Motivo para dar a volta ao mundo andando

Segredos do Mundo

O motivo para ter decidido dar a volta ao mundo andando é porque andar minimizaria a sua pegada de carbono. Com isso ela poderia conhecer a natureza, novas pessoas e culturas de uma forma única.

Durante a preparação, Angela conheceu a escrita e o jeito de viajar de Robyn Davidson, que atravessou a Austrália em um camelo. Assim como sobre Rosie Swale-Pope, que viajou de carona da Europa ao Nepal, além de dar a volta ao mundo calejando, cruzar o Chile a cavalo e dar a volta ao mundo correndo, aos 59 anos.

“Eu li os livros delas na esperança de encontrar incentivo — e encontrei —, ao aprender sobre seus desafios e dificuldades, assim como seus triunfos”, disse Maxwell em entrevista. 

Após decidir viajar, ela vendeu seus pertences e comprou o equipamento necessário. Com um carrinho de mão, ela estocou 50 quilos de equipamento para acampar, comida desidratada, filtro de água de padrão militar e roupas para as quatro estações do ano.

Em 2 de maio de 2014, Ângela deixou sua cidade natal, Vente, e foi para a maior aventura da sua vida.

A volta ao mundo

BBC

De acordo com Maxwell, logo ela conseguiu encontrar uma rotina. Ela consistia em acordar ao nascer do sol, beber duas xícaras de café instantâneo junto com uma tigela de mingau de aveia. Após isso, tinha que empacotar tudo, caminhar e armar o acampamento para passar a noite. No período noturno, comia macarrão instantâneo e deitava em seu saco de dormir.

Porém, apesar dos seus planejamentos, ela sempre seguiu sua intuição na hora de decidir qual caminho percorrer. Além disso, ela sofreu queimaduras de sol e insolação, pegou dengue, e aprendeu a dormir com o olho e ouvido aberto, para não estar vulnerável em um sono profundo.

Apesar das coisas ruins, Maxwell afirma que tinha mais medo de não seguir o coração do que de perder tudo que tinha e amava.

De acordo com a americana, ela estava caminhando para descobrir até que ponto seu corpo e mente poderiam ser fortes, e perceber, durante a jornada,  outras culturas.

Outras culturas

ABC News.

O ritmo lento de caminhada permitiu que ela criasse conexões significativas em todos os lugares que passava. Um exemplo é o vilarejo beira-mar na Itália, local onde aceitou os convites para conversar e provou vinhos.

Já no Vietnã, após chegar ao topo da montanha Hai Van Pass, ela foi parabenizada por uma idosa e foi convidada para descansar à noite em sua cabana.

Além disso, as amizades de Maxwell se tornaram bastante duradouras. Ela foi madrinha da filha de uma mulher que conheceu na Itália e a reencontrou depois de anos, na Suíça, uma amizade que fez na fronteira entre a Mongólia e a Rússia.

Para Maxwell, era importante ser uma boa ouvinte e aprender durante esses encontros.

“Andar me ensinou que tudo e todos têm uma história para compartilhar, só temos que estar dispostos a ouvir”, declarou em entrevista.

Durante as suas viagens, Angela aprendeu receitas tradicionais de uma família italiana, além de apicultura na Geórgia e como tratar camelôs na Magnólia. Outra habilidade desenvolvida foi a de contribuição, devido aos trabalhos de equipe que realizou.

Devido à sua longa trajetória, Maxwell foi convidada para falar em escolas e universidades, assim como no palco do TEDx, em Edimburgo, na Escócia. Isso com o objetivo de contar suas experiências para outras pessoas.

Depois de seis anos, em 16 de dezembro de 2020, a caminhada de Maxwell terminou no mesmo lugar em que foi iniciada, na casa de sua melhor amiga Elyse, em Bend. Porém, ela afirma que essa aventura pode ser retornada em qualquer momento. No momento ela está focada em seu livro e em viagens futuras.

Fonte: BBC

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