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Ao perder filho de 2 anos, pai cria dispositivo para ajudar outras crianças

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Quando estamos na escola, aprendemos que o caminho da vida é nascer, crescer, se reproduzir e morrer. Às vezes, o meio do caminho pode ser diferente, mas o começo e o final são o mesmo, independente de qual ser vivo seja. Contudo, nesse quesito pensamos que tem uma ordem cronológica, do tipo, o pai geralmente morre primeiro que o filho.

Justamente por isso que a perda de um filho mexe tanto com o pai e a mãe da criança, como também com qualquer pessoa que saiba do ocorrido. Até porque, é como se uma “ordem natural” estivesse se quebrando.

Ninguém consegue imaginar a dor que é para um pai ou uma mãe receber o diagnóstico de que seu filho está com câncer. Claramente, uma notícia dessas deixa qualquer um sem chão. No caso de Joel de Oliveira Júnior, essa foi a pior sensação do mudo.

Caso

Revista Crescer

Em 2013, o engenheiro de 50 anos perdeu seu filho, Lucas, de apenas dois anos para um neuroblastoma. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele é a terceira neoplasia maligna mais comum na infância e adolescência depois da leucemia.

Depois de seis anos da morte do seu filho, o pai descobriu que poderia construir uma ferramenta que ajuda a salvar a vida das crianças com câncer. O caso de seu filho o inspirou. Como resultado, o pai criou um dispositivo que consegue monitorar os sinais vitais dos pacientes que têm a doença.

Quem desenvolveu a tecnologia para o dispositivo criado por Joel foi a startup Luckie Tech. Coincidentemente, a empresa foi fundada no mesmo dia e mês em que o filho de Joel faleceu, no dia 28 de junho.

Segundo o pai, em uma entrevista dada para revista Crescer, seu filho teve um neuroblastoma localizado em cima do rim, e os primeiros sintomas começaram a aparecer em 2011.

“Ele tinha uma febrinha que sempre foi tratada como uma virose. Um dia, apertei a barriguinha dele e estava mais dura do que eu pensei que deveria”, contou o pai.

Perda

Revista Crescer

Depois disso, Joel levou seu filho a um pediatra que, logo em seguida pediu novos exames. Não demorou muito para a família descobrir o diagnóstico do pequeno. A notícia veio um dia antes do aniversário de um ano de Lucas.

“Nós cancelamos a festinha e começamos o tratamento sabendo que era muito grave”, relembrou o pai.

Nesse sentido, eles não sabiam em qual estágio o câncer do filho estava, mas sabiam que a massa já era bem grande. Durante todo o processo, foram feitos vários exames e sessões de quimioterapia. Porém, Lucas acabou não resistindo e faleceu em 2013.

Dispositivo

ABC do ABC

Por conta da experiência que viveu, o pai faz um alerta para que os pais sempre estejam atentos aos sintomas que seus filhos apresentarem. “O diagnóstico precoce poderia ter salvado meu filho”, afirmou.

Joel disse que um dos maiores desafios dos pais é ficarem de olho nos sinais vitais das crianças. “Temos que medir a temperatura delas a cada duas horas, porque a febre é o primeiro sinal de que tem uma inflamação”, explicou.

Contudo, quem é pai sabe que essa tarefa, muitas vezes, pode ser bem desgastante para as famílias. Então, pensando nisso, o engenheiro criou uma ideia para facilitar a vida dos pais.

Ele foi inspirado por um sonho e, com isso, decidiu criar um dispositivo que pode ser usado crianças de todas as faixas etárias. O dispositivo informa a temperatura das crianças e a sua localização. Mas a ideia do engenheiro é que ele ainda possa medir a oxigenação e os batimentos cardíacos.

Futuro

UOL

Esse dispositivo é equipado com sensores, bateria, antenas e circuitos e se parece com um curativo adesivo que deve ser colocado na axila da criança. Por ser integrado com uma plataforma digital e aplicativo, os pais conseguem receber os dados das crianças e os enviar para médicos e hospitais de forma online.

O objetivo do pai ao criar esse dispositivo é dar velocidade ao atendimento caso o paciente tenha alguma intercorrência. Por sua vez, isso pode diminuir os custos com internações de UTI, por exemplo.

Embora tenha sido desenvolvida pelo engenheiro, essa tecnologia ainda não está disponível. Isso porque ela precisa ser testada em um estudo clínico com 200 pacientes, sendo 100 crianças e 100 adultos. Além disso, a startup também está trabalhando na autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o dispositivo possa ser comercializado em hospitais e planos de saúde.

Fonte: Revista Crescer

Imagens: Revista Crescer, ABC do ABC, UOL

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