O nosso planeta é muito grande e rico em diversidade. Tanto na fauna, quanto na flora, temos uma grande variedade de espécies. No entanto, seja por seleção natural ou interferência do homem no meio ambiente, alguns animais desapareceram por completo sem deixar sequer um casal para conseguir voltar a viver entre nós.
Vários “monstros” já viveram na Terra nos mais variados habitats. O megalodon, historicamente, é considerado o maior tubarão que já viveu na Terra. Seu nome significa “grande e poderoso”.
E há milhões de anos, uma antiga baleia cachalote não teve um dia muito bom. Isso porque, ela foi atacada violentamente por um megalodon, ou seu ancestral Otodus chubutensis, onde atualmente é a Carolina do Norte.
Descoberta
De acordo com os pesquisadores, as marcas do ataque, que estão preservadas como goivas do dente do cachalote, são a primeira evidência no registro fóssil de que os megalodons lutaram com cachalotes.
“Parece que esses tubarões gigantes estavam caçando o que queriam e nenhum animal marinho estava a salvo dos ataques desses tubarões gigantes”, disse o pesquisador principal do estudo Stephen Godfrey, curador de paleontologia do Museu Marinho Calvert em Solomons, Maryland.
Esse dente é tudo o que resta do antigo cachalote. Quem o encontrou foi o co-pesquisador do estudo Norman Riker, colecionador amador de fósseis de Dowell, Maryland. Ele achou o dente no que atualmente se chama mina Nutrien Aurora Phosphate. Ela é uma grande mina de fosfato em Aurora, na Carolina do Norte, que era aberta para os coletores de fósseis na década de 1970 e 1980.
Animais
No entanto, os pesquisadores não tem certeza de quando essa briga entre os animais aconteceu. Já que para chegar nas camadas mais antigas e ricas em fosfato, os trabalhadores da mina tiravam baldes de rochas sedimentares sobrepostas e as despejavam ao redor. Assim, os coletores de fósseis poderiam ir na região e vasculhar.
Por conta disso, as diferentes camadas de rocha que se acumularam com o tempo e são usadas para datar os objetos se misturaram. Justamente por essa mistura que os pesquisadores não sabem se o dente vem das camadas sedimentares mais antigas da época do Mioceno, 14 milhões de anos atrás, ou das camadas de fósseis mais jovens, datadas do Piloceno, cerca de cinco milhões de anos atrás.
Independente disso, o dente data do período Neógeno, que aconteceu entre 23 e 2,5 milhões de anos atrás, como aponta Godfrey. Nesse período, o clima do planeta era mais quente do que hoje. Por isso, os polos tinham menos gelo e o nível do mar ela mais alto.
Passado
Por isso que “a costa da Carolina do Norte era coberta por um vasto braço raso do Oceano Atlântico. Essas águas marinhas fervilhavam de vida marinha abundante”, disse Godfrey.
O tamanho e o formato do dente curvo de 11,6 centímetros de comprimento mostram que ele pertencia a uma espécie extinta de cachalote. Então, os pesquisadores usaram uma equação que compara o tamanho dos dentes do cachalote extinto com o tamanho do corpo e estimaram que essa baleia em específico era pequena. Ela media aproximadamente quatro metros de comprimento.
E com base no tamanho e no espaçamento das marcas de mordida, o único culpado possível é o tubarão megalodon. “Nenhum dos outros tubarões fósseis conhecidos da mina de fosfato tem dentes grandes o suficiente e serrilhados o suficiente para deixar rastros de mordida no dente do cachalote. Até agora, vestígios de mordidas desses tubarões gigantes, com um corpo de megalodon com mais de 18 metros, foram encontrados em outros ossos de baleias e golfinhos extintos, mas nunca na cabeça ou outros ossos de um espermatozóide baleia”, concluiu Godfrey.
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