Curiosidades

Buraco no gelo da Antártida se abre há 50 anos e só agora a ciência descobriu o verdadeiro motivo

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A Antártida ou Antártica é o mais meridional dos continentes e um dos maiores, com uma superfície de catorze milhões de quilômetros quadrados. Pelo fato de estar no polo Sul, a Antártida está quase sempre coberta de geleiras. Mas isso não impede que vários animais vivam por lá.

E mesmo ela sendo um continente de gelo, acontecem coisas curiosas e muitas vezes quase sem explicação nessa localidade. Um exemplo disso é o buraco que se abriu no gelo da Antártida há, pelo menos, 50 anos. Esse fenômeno é chamado de polínias (Polynyas) e particularmente isso sempre foi algo diferente. Agora a ciência entendeu o motivo de ele ter aparecido.

As polínias são aberturas nas camadas de gelo perto dos oceanos polares. Elas ocorrem, normalmente, na zona costeira, local onde os ventos empurram o gelo que cobre a água e cria uma lacuna onde o oceano emerge.

Origem do buraco

The national news

Contudo, no caso da Maud Rise polynya não era sabido como ela tinha se formado. Ao todo, ela tem uma extensão de aproximadamente 80 quilômetros quadrados e aconteceu por conta de vários fatores.

E por ela estar localizada à quilômetros da costa ficava a pergunta no ar: como ele aconteceu? Agora, com o segundo estudo publicado na Science, esse mistério foi finalmente resolvido e não restam mais dúvidas.

O local onde esse buraco na Antártida está localizado foi onde as correntes a redor do Mar de Weddell se intensificaram. Essas correntes levaram água mais quente e salina, vinda do fundo para a superfície e as misturaram com as águas superiores. Assim, o gelo que estava na superfície derreteu.

Como o gelo derretido é principalmente composto por água doce, ele deveria diminuir a salinidade e acabar com o processo. Contudo, por conta de um fenômeno chamado Transporte de Ekman, onde a água se move num ângulo de 90º na direção do vento de superfície, a  salinidade da água foi afetada e fez o buraco aparecer.

“A marca das polínias pode permanecer na água por vários anos após a formação. Elas podem mudar a forma como a água se move e como as correntes transportam o calor para o continente. As águas densas que se formam aqui podem se espalhar por todo o oceano global”, explicou Sarah Gille, coautora do estudo.

Antártida

Gizmodo

Além do mistério desse buraco, o continente de gelo tem mais alguns outros. Como, por exemplo, o Monte Erebus, que é o vulcão ativo mais ao sul do mundo, no coração da Antártida, que está lançando poeira de ouro.

Recentemente, cientistas da região revelaram esse fenômeno. Os pesquisadores descobriram que os gases desse vulcão têm minúsculos cristais de ouro metálico, tendo menos de 20 micrômetros de tamanho.

De acordo com a Universidade de Columbia, nos EUA, o estimado é que por dia o Monte Erebus jogue aproximadamente 80 gramas de ouro na atmosfera. Essa quantidade é cerca de seis mil dólares, ou 30 mil reais. Tais partículas de ouro que são expelidas pelo vulcão viajam através de uma longa distância. Tanto que os pesquisadores da Antártida já as encontraram no ar a aproximadamente mil quilômetros de distância do Monte Erebus.

O ouro do vulcão não pode ser minerado por conta da localização remota do Monte Erebus e também por causa de suas condições extremas. Contudo, ele traz dúvidas a respeito dos processos geológicos que podem concentrar metais preciosos em grandes quantidades. Por isso que o plano dos cientistas é continuar com o estudo desse fenômeno para entender melhor as forças que estão sob a superfície do nosso planeta.

vulcão está na ilha de Ross e é um dos mais ativos do mundo junto com o  Kilauea, no arquipélago do Havaí, no Oceano Pacífico; o Etna, na Itália; e o Piton de la Fournaise, em Reunião.

O Monte Erebus tem uma elevação de 3.794 metros e tem um lago de lava permanente em seu cume. Nele, todo dia são registradas erupções estrombolianas, ou explosivas.

Esse monte foi descoberto em 1841 pelo explorador polar sir James Clark Ross. Por conta disso, ele quem deu o nome ao vulcão, além do monte Terror, que também fica na Antártida. Esses nomes foram escolhidos porque eram os nomes dos navios que o explorador levou para os mares austrais.

Fonte: IGN, Gizmodo

Imagens: The national news, Gizmodo

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