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Casal de namorados é diagnosticado com o mesmo câncer

Synddy e Rodrigo - câncer
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A última sexta-feira (4) foi o Dia Mundial do Combate ao Câncer e, com as discussões sobre o assunto, a história dos jovens Rodrigo Costa e Synddy Ferreira foi relembrada. O relato é surpreendente, marcado por afeto e superação e tudo começou em 2017.

Nesse ano, Synndy Ferreira, que tinha apenas 17 anos, foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, que é um tipo de câncer que tem origem no sistema linfático. Essa é a mesma condição médica que o comentarista Caio Ribeiro enfrentou.

Como acontece com muitos pacientes, Synddy precisou se mudar de Capanema, no nordeste do Pará, por conta da gravidade da doença e da necessidade de tratamento. Assim, mudou-se para Belém e iniciou o tratamento no Hospital Oncológico Infantil Acotávio Lobo.

Surpreendentemente, em uma das visitas à namorada, em Belém, Rodrigo fez um exame e identificou um nódulo. Em seguida, passou por uma biópsia e também foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin, assim como sua namorada.

Lutando juntos

Como ambos estavam passando pelos mesmos tratamentos, enfrentaram os problemas juntos. “O meu namorado passou por tudo junto comigo e normalmente a gente fazia as sessões juntos, no mesmo quarto”, relembra Synndy. “Na maioria das vezes em que eu estava passando mal, ele também estava. Quando eu estava triste, ele também chorava, mas a gente sempre sorria juntos”.

Como esse período da vida geralmente é dedicado aos estudos, os estudantes não desistiram dos sonhos, apesar dos diagnósticos. Durante o tratamento contra o câncer, ainda internados, ambos conseguiram passar no vestibular.

Ainda enfrentando outras lutas juntos, os jovens também foram aprovados juntos em um concurso público em dezembro do ano passado, logo depois de terem concluído as graduações.

O início do namoro

Synddy e Rodrigo

Acervo Pessoal

Synndy e Rodrigo se conheceram muito antes de qualquer diagnóstico, mas só começaram a namorar pouco tempo antes da primeira notícia. A moça é natural de Capanema e o moço de Salinópolis, tendo se conhecido no auge da adolescência. “Eu conhecia ele desde o primeiro ano do ensino médio. Nessa época, eu nem falava com ele, mas já o via de longe. No segundo ano, a gente começou a estudar juntos e ficamos amigos.”

No entanto, o relacionamento demorou a virar algo a mais. Até então, só eram amigos e nada mais. Ao finalizar o Ensino Médio, as coisas mudaram.

“Foi no terceiro que a gente começou a se gostar. Na época, nós já estávamos doentes, só não sabíamos que era câncer, e do mesmo tipo”, relembrou. O primeiro ano do casal foi completamente normal, vivendo as experiências como qualquer outro casal de adolescentes. Mas, pouco tempo antes de completar o marco de um ano de namoro, receberam o diagnóstico e já começaram os tratamentos.

Dificuldades

Como era necessário se tratar na capital do Pará, o casal sofreu com as constantes viagens, tendo que percorrer uma distância constante de 160 quilômetros. Assim, como não tinham as melhores condições financeiras, enfrentaram esse problema.

Além disso, sofriam com os efeitos decorrentes do tratamento, como fadiga e náuseas intensas. Para Synddy, o momento mais difícil foi quando o tratamento de quimioterapia resultou na queda de seu cabelo. Outro sintoma que a afetou foi o inchaço de seu corpo. “Foi aí que eu me senti muito frustrada, fora as crises de vômito que eram frequentes, eu já não tinha forças”.

Como estavam passando pelo mesmo tratamento, pela mesma doença, o casal pôde compartilhar os avanços e as preocupações que tinham. Segundo a jovem, eles sempre arrumavam um jeito para encontrar o lado positivo das situações que enfrentavam.

“Foram poucos os momentos em que eu me vi lamentando. Eu colocava turbantes nele, brincava com a careca dele, e ele, claro, não deixou de elogiar o meu cabelo crescendo, sempre dizendo que eu estava linda. E dessa forma a gente se apoiou e se ajuda até hoje”, comentou Synddy.

Ainda em 2017, nos primeiros dias de internação de Synddy, o casal descobriu que ela havia passado no vestibular. Rodrigo conseguiu uma vaga na Universidade Federal do Pará (UFPA) para cursar história. Synddy, por sua vez, foi aprovada em física na Universidade do Estado do Pará (UEPA) e em língua inglesa na UFPA, onde decidiu cursar.

Recuperação

Synddy e Rodrigo - câncer

Divulgação / Comunicação Pró Saúde

O casal, depois de enfrentar o câncer juntos, receberam a notícia de que estavam melhorando. Desde então, estão realizando consultas semestrais, no caso de Rodrigo, e esporádicas, no caso de Synddy, para finalmente receberem a sonhada alta.

Fonte: G1

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